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sexta-feira, 25 de março de 2016

Loucas ou cobertas de razão (Adolescentes e adultos)

PERSONAGENS PRINCIPAIS:
Lara
Luciana
Natasha
Patrícia

PERSONAGENS SECUNDÁRIAS:
4 Senhoras
6 Enfermeiros
Psiquiatra
Secretária
Narradora

As quatro raparigas não se conhecem. São metidas numa sala do manicómio, batem nos enfermeiros, gritam, insultam-nos, … estão muito nervosas.
Os enfermeiros riem, fecham a porta da sala e elas ainda estão a disparatar. Atrás deles entraram quatro senhoras que assistiram a tudo. 
SECRETÁRIA - Boa tarde…as senhoras tem consulta agora?
SENHORA 1 - Por favor…não façam isso…!
SECRETÁRIA - Desculpe…?!
SENHORA 2 - Elas salvaram as moças…
SECRETÁRIA - Quem? Os enfermeiros…?! (p.c) Se calhar estão a delirar…
SENHORA 3 - Não, não estamos a delirar…a menina é que está a ser ignorante. E deve achar que somos umas analfabetas ou umas parolas quaisqueres… eles é que deviam estar enjaulados, esses bandidos.
SECRETÁRIA - Quem? Os enfermeiros…maltrataram-nas?
SENHORA 4 - Elas deviam ser premiadas!
SECRETÁRIA - Não estou a perceber nada…devem ser doentes…
SENHORA 2 - Cale-se menina…doente é você!
         A secretária controla-se. 
SECRETÁRIA - Desculpe…?! (p.c) O que é que se passa? Eu vou chamar o segurança…!
SENHORA 2 - Chame! Assim leva já estes de bata branca...pela tamanha injustiça que aqui estão a cometer!
SENHORA 1 - A bata realmente encobre muita miséria…só é pena não usarem uma também na cabeça, onde não têm nada.
ENFERMEIRO 5 (gozo fininho e a rir) - São mais quatro para a gaiola? Coitadas…vieram para o sítio certo…
SECRETÁRIA - Mas alguém me pode explicar o que está a acontecer?! (p.c) Isto parece uma casa de loucos…!
SENHORA 3 - Louca está a menina…! Já nem sabe onde trabalha…isto é o quê? Um café, um supermercado ou um restaurante…?
A secretária tapa a boca envergonhada. 
ENFERMEIRO 3 (a rir) - Calou-te…!
SENHORA 1 (zangada) - Julga que está a falar com doentes? Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai…! (p.c) Nós estamos no perfeito juízo, graças a Deus.
SECRETÁRIA - Mas…então o que é que estão aqui a fazer?
ENFERMEIRO 2 - Aqui não é a igreja…nem a farmácia, nem o café…!
Os enfermeiros riem, as senhoras não acham piada, e respondem em coro:
SENHORAS - Que engraçadinho…vês? 
SENHORA 4 (ralha) - Se voltas a abrir a boca bato-te!
SENHORA 3 - Não ligues…é canalha mal-educada.
SENHORA 2 - Com certeza devem-lhe fazer as vontadinhas todas…tem mimo a mais.
SECRETÁRIA - Eu volto a perguntar: o que é que as senhoras vieram aqui fazer?
         A Senhora 2 prepara-se para responder, mas é interrompida pelas outras que respondem em coro, e outra senhora (1) acrescenta:  
SENHORA 2 E 3 - Nós viemos…
SENHORA 1 - Em defesa daquelas moças…
SENHORA 4 - É. Aquelas que entraram agora ali.
SECRETÁRIA - Mas as senhoras conhecem-nas?
TODAS - Não!
SENHORA 3 - Mas assistimos a tudo!
TODAS - Pois foi!
SENHORA 2 - Elas salvaram umas moças…
SENHORA 4 - Deram umas boas sovas a uns bandidos.
SENHORA 3 - Ai foi tão emocionante…!
SENHORA 1 - Ainda estou arrepiada!
Benzem-se. E a secretária parece que começa a entender as coisas:
SECRETÁRIA - Então…mas foi por alguma coisa que vieram para aqui! (p.c) Os enfermeiros não iam buscar quem não precisa da nossa ajuda. Além disso…não se pode andar por aí a bater no primeiro que aparece…!
         Um dos enfermeiros (2) provoca a senhora (1), mas ela não se cala:  
ENFERMEIRO 2 - O que é que estas velhas estão aqui a fazer?
SENHORA 1 - Olha, meu filho…velha é a tua avozinha!
ENFERMEIRO 2 - (a rir) Como é que sabe que é velha? Conhece-a?
SENHORA 1 - Conheço! (p.c) Coitada! Tem vergonha do neto que tem.
- (a rir) Claro…é velha e louca…já não sabe o que diz…coitada.
SENHORA 3 - Que grande mal-educado!
SENHORA 4 - Não serás muito melhor quando para lá fores…se lá chegares.
SENHORA 2 - Ai, se fosses meu filho ou meu neto levavas-me semelhante tareia…
SENHORA 1 - Ai pois levavas…e olha que ainda estás em boa idade de levar umas chineladas nesse cu…
ENFERMEIRO 3 - Essa é boa…Uuuiiii…que medo…velhota…a minha mãe e a minha avó nunca me bateram, e vai ser agora você…que nem me conhece!
ENFERMEIRO 2 - (a rir) Óh avozinhas…ide rezar o tercinho, ide…!
SECRETÁRIA - Óóóhhhh…então…? Isso é maneira de falar com as senhoras?
ENFERMEIRO 1 - Olha-me esta, metida a educada…
ENFERMEIRO 2 - Essa é qualquer coisa menos santinha…
Riem, a Senhora (4) elogia a atitude da secretária:
SENHORA 4 - Ao menos é mais educada do que vocês todos, seus grossos.
         A secretária tenta acabar com o assunto, mas o enfermeiro (4) não tem a mesma intenção:
SECRETÁRIA - Bom, bom, bom…a conversa já está a cheirar mal…
ENFERMEIRO 4 - Que eu saiba ninguém se ca…quer dizer…largou…
Gargalhadas dos enfermeiros. A secretária condena a atitude dos enfermeiros:
SECRETÁRIA - São mesmo ordinários. Mas, minha senhoras, em que posso ajudá-las?
         As senhoras gritam em coro:  
SENHORAS - Tirem as raparigas dali!
SECRETÁRIA - Desculpe, mas isso não posso!
         A senhora (2) tenta convencer a secretária, mas esta despacha as senhoras:
SENHORA 2 - Óh menina…pense…se estivesse em apuros, nas garras de autênticos animais…ou piores do que isso…e se uma daquelas meninas a salvasse, acha que são loucas e que merecem estar ali?
SECRETÁRIA - Bem…eu…não sei! Não tenho nada a ver com isso. Quero é que…olhem, esperem um bocadinho, por favor, vou chamar um Doutor.
         Todas respondem em coro, e depois as senhoras (1, 3, 2) acrescentam indignadas:
SENHORA 1 - Chame…
SENHORA 3 - É por estas que eles andam à vontade…claro…ninguém tem nada a ver com o assunto…
SENHORA 2 - É. E é por isso que as que não ficam indiferentes são loucas.
SENHORA 1 - Elas fizeram um favor à sociedade, à polícia e àquelas mulheres.
TODAS - Pois foi…!
SENHORA 5 - Deviam ir todos para estas salas, para aprenderem.
SECRETÁRIA - Podem entrar senhoras…o Doutor vai atendê-las.
TODAS - Obrigada.
NARRADORA - As senhoras seguem a secretária. Os enfermeiros estão às gargalhadas.
ENFERMEIRO 1 (a rir) - Coitadas…
ENFERMEIRO 2 (a rir) - Estão mesmo mal.
ENFERMEIRO 3 (a rir) - Daqui a pouco estão às cabeçadas.
(gargalhadas).
ENFERMEIRO 4 (a rir) - Olhem para elas…estão para ali a ladrar…
ENFERMEIRO 2 (a rir) - As paredes que as aturem…!
ENFERMEIRO 5 (a rir) - Parecem galinhas engalfinhadas.
ENFERMEIRO 6 (a rir) - Estão mesmo melhor aqui!
ENFERMEIRO 1 - Claro, senão desgraçados de quem as apanhasse pela frente neste estado.
ENFERMEIRO 3 - Elas até são bonitas…é pena estarem tolinhas! Coitadinhas…
ENFERMEIRO 5 - Vamos mas é embora.
ENFERMEIRO 2 (a rir) - Eu estou a gostar do espectáculo.
ENFERMEIRO 6 - Elas hão-de acalmar!
ENFERMEIRO 4 - No fundo…tenho pena delas.
(Riem e saem)
NARRADORA - Que cromos…eu queria vê-los lá…vocês mereciam todos era cadeia. Os doentes ainda ficam piores com o vosso trato. Parecem carniceiros. Acho que elas concordam…
LARA (grita, nervosa) - Que estúpidos…
NATASHA (nervosa) - Eu se os apanho outra vez, até lhes arranco o couro…
PATRÍCIA (nervosa) - Eu se apanho aqueles idiotas outra vez, faço logo molho de tomate, quando lhes apertar aqueles entre folhos…aiiii…que nojo…estrangulo-os…se é que os têm…só devem servir para enfeitar…
LARA (fula) - hummmm…são todos iguais…!
LUCIANA (saltita de nervos) - Que ódio…! Quando eu sair daqui, é melhor fugirem.
NATASHA (a ferver) - Bestas…!
LARA (nervosa) - Enfiava-os todos aqui…! Não escapava um…
NATASHA (nervosa) - Como é que é possível, aquelas ficarem na mesma, a apanhar daqueles monstrengos…calhaus…
PATRÍCIA (nervosa) - Pois…tudo a olhar, e ninguém foi capaz de resolver a questão…!
LUCIANA (nervosa) - Uma pessoa abre os olhos às outras…e ainda passa por louca…
LARA (nervosa) - Como é que eu podia ficar indiferente…! Saltou-me logo a tampa, mas bati pouco! Eu devia ter desfeito aquele anormal.
NATASHA (nervosa) - Para que é que me seguraram…?! Já que os superiores não fazem nada…ao menos o povo devia fazer, com as próprias mãos…com certeza se autorizassem isso, não havia tanta pouca vergonha.
PATRÍCIA (chateada) - Grande idiota…como é que eu fui tão pata em acreditar…aaaaaaaaaaiiiiiii… que otária…
NATASHA (nervosa) - A raça homem ainda tem muito que aprender!
LUCIANA (nervosa) - Não…já não aprendem. Há coisas que já nasce com eles...desde a pré-história. Pararam no tempo.
LARA (nervosa) - Incógnitos...
PATRÍCIA (nervosa) - Atrasados…
NATASHA - Imbecis…
LUCIANA - Palhaços.
LARA - Que raça tão ridícula…!
LUCIANA - Não têm nada nas cabeças…
(Olham umas para as outras fixamente)
PATRÍCIA - Espera aí…eu não estou sozinha…?!
LUCIANA - Não! Estamos aqui 4…!
NATASHA - Aqueles anormais é que deviam estar aqui.
TODAS - Claro que sim…!
PATRÍCIA - Aahhh…chamo-me Patrícia…e vocês?
LARA - Eu chamo-me Lara…
(Dois beijinhos)
PATRÍCIA - Muito gosto…
LARA - Igualmente.
NATASHA - Eu sou a Natasha…
PATRÍCIA E LARA - Olá!
NATASHA - Olá…Patrícia…e…Lara…!
(dois beijinhos)
LARA - Gosto do teu nome…Natasha…
NATASHA (sorri) - Obrigada! Lara também soa bem…e Patrícia também é fixe. E tu?
LUCIANA - Olá, Patrícia, …Lara…e…Natasha…chamo-me Luciana!
TODAS (sorriem) - Que nome giro!
PATRÍCIA (sorri) - Condiz contigo…!
LUCIANA (sorri) - Obrigada.
PATRÍCIA - Bem…já que nos enfiaram aqui…é melhor…sentarmo-nos!
TODAS - Sim.
NATASHA - Esta corte não tem sofás, nem nada…
TODAS - Realmente…
LUCIANA - Que nojo de sítio.
TODAS - Podes crer.
LUCIANA – Isto é para malucos não é?
TODAS - Aparentemente…sim.
LARA - Não entendo como é que num sítio destes, os doentes melhoram…ou ficam curados…!
PATRÍCIA - Eu tenho muitas dúvidas que tal aconteça.
LUCIANA - Eu acho que aqui enfiados, ainda ficam piores.
(Elas sentam-se em roda, no chão, olham-se).
NATASHA - Ainda por cima com aqueles enfermeiros ridículos…parvalhões, ordinários…grossos…com risinhos de trogloditas…!
LUCIANA - Pois é.
LARA - Dá vontade de lhes pregar um chapadão!
TODAS - É mesmo.
LUCIANA - Será que as mães deles sabem das peças que deram à luz?
TODAS - Hummmm,..
PATRÍCIA - Acho que não…
NATASHA - Até devem ter vergonha deles…!
LUCIANA - Se elas soubessem o que lhes ia sair…depois do que devem ter sofrido…coitadas…estavam melhor quietinhas, a dormir um sono.
(gargalhadas).
LARA - Era de fazer queixa deles…
TODAS - Pois…!
PATRÍCIA - Mas a quem…?
LARA - Não sei…ao director do hospital ou assim…
TODAS - Sim, talvez.
PATRÍCIA - Mas olhem, porque é que vieram aqui parar?
LARA (zangada e indignada) - Olha, eu vim, porque dei tanta porrada numa besta quadrada que estava a bater numa rapariga. Ai, eu fiquei podre! Não podia deixar passar… (p.c) libertei nesse a minha raiva toda contra os homens…principalmente os que me magoaram…cabrões…aquele porco, badalhoco, é que tinha de estar aqui. (p.c) Eu defendi a rapariga e ainda venho aqui parar… (p.c) bati-lhe com a carteira nas trombas, dei-lhe chutos nos guizos, nas canelas, e socos no estômago, chapadas…tudo. (p.c) O anormal caiu logo, e o térinho do guarda estava a ver aquele espectáculo triste e nem se aproximou. Só quando ouviu a rapariga aos gritos, e eu em cima dele, é que veio para me segurar e achou que eu estava louca… (p.c) que estúpido…! Ouviu tantas…
TODAS (a rir) - Muito bem!
NATASHA - Eu também não me segurava…
PATRÍCIA (a rir) - Eu também não. E o bestoina do guarda também apanhava.
LUCIANA - Foi o melhor que fizeste! Eu também estou aqui por bater num palerma ia gamar uma velhinha.
LARA - Bati-lhe tão pouco…
LUCIANA - Eu também! Agarram-me, em vez de acabar com a raça do cabrão que estava a gamar.
TODAS - Daaaaahhhh,,,,
LUCIANA - Mas eu não o larguei. Também foi para jaula. (p.c) Passei por louca…mas não quero saber! Só tive pena de não lhe ter dado mais. Ao menos o polícia agradeceu-me, e a velhinha também, mas disse que era melhor eu vir para aqui acalmar um bocadinho…disse-lhe tantas…! O cromo só se ria na minha cara.
PATRÍCIA - Mas recuperaram a carteira da senhora?
LUCIANA - Sim! Ele não saiu do sítio!
TODAS (a rir) - Bem feita!
PATRÍCIA (nervosa) - Eu vim, porque bati no meu ex…e na nova gaja que ele arranjou! Que filha da…hum…inventou que ia trabalhar para fora e que era melhor acabar. (p.c) É claro que eu não queria…achava que o nosso amor ia ser mais forte…mas pronto…lá lhe fiz a vontade, também não dei parte de fraca…o pior foi depois…! (p.c) Quando fui ao sítio onde nos costumávamos encontrar, dou de caras com ele, a comer a outra porca, cadela vádia…que estúpido…atrasado…podia ter dito logo que tinha outra. Ela não vale um corno…é feia, feia, feia…lhec…eu posso não ser grande coisa, mas ela passa-me a perna de longe! Está a precisar de óculos.
(gargalhadas).
NATASHA - É da caca que eles gostam. Pode não valer um corno, mas se lhes dão uma certa coisa…que nós sabemos…já serve e já é boa. Melhor do que aquelas que os amam de verdade, mas que nem sempre lhes fazem as vontades todas.
LUCIANA - Podes crer…as presas fáceis. Os homens não prestam mesmo!
TODAS - Podes crer!
PATRÍCIA - Pararam na idade da pedra em muitas coisas.
TODAS - É isso mesmo!
LARA - Isso eu já tinha dito há muito.
PATRÍCIA - São tão limitados…!
LARA - São mesmo! A única evolução foi andarem direitos, e a cabeça ter crescido em volume.
NATASHA - Estás coberta de razão. Foi mesmo só o volume, porque conteúdo não tem absolutamente nada. Continuam com velhos hábitos da idade da pré-história.
(gargalhadas)
PATRÍCIA - E tu, Natasha porque é que vieste para aqui?
NATASHA - Olha, foi por uma razão muito parecida que a Lara…vi um casal a discutir. Ele a bater-lhe e a insultá-la de tudo, e ela a deixar, mas cheia de medo…não me segurei. Ainda por cima ela estava grávida e até na barriga o anormal lhe estava a dar pontapés…! (p.c) Ai…saltou-me a tampa…ele não ficou muito melhor, depois da tareia que levou. Também foi para o hospital. E deixei os meus dados com a polícia, para depois ir prestar declarações.
LARA, LUCIANA E PATRÍCIA - Eu também.
LUCIANA - A sociedade está mesmo louca.
PATRÍCIA - Tens toda a razão. Mais concretamente os homens…
TODAS - Pois!
NATASHA - Realmente…já repararam que tudo o que acontece de mau…esses crimes e outros mais nojentos…que se fala todos os dias…são feitos por homens…?!
TODAS (pensativas) - Realmente! É verdade…!
PATRÍCIA - Aí está outra prova da fraqueza dessa raça.
LUCIANA - Se não fossemos nós mulheres, coitados deles…!
TODAS - Pois é.
LARA - E mesmo assim, esses grandessíssimos cabeçudos ainda gozam connosco…
PATRÍCIA - É mesmo…usam-nos e deitam fora…só querem é gajas…umas atrás das outras…
NATASHA - Isto quando não são duas ou três ao mesmo tempo…
LUCIANA - Pois…e maltratam-nos…!
LARA - São muito mal agradecidos…
TODAS - Ingratos!
LARA - Sim, é isso.
NATASHA - Nós preocupamo-nos com eles, somos carinhosas…ganhamos logo o titulo de possessivas, chatas, que somos como as mães deles… (p.c) que estúpidos. Eles não pensam em praticamente nada. Só tem um canal de cada vez, nós temos meia dúzia ao mesmo tempo se for preciso…! O nosso pensamento é muito mais diversificado.
TODAS - É mesmo.
PATRÍCIA - Nós aguentamos todo o tipo de sofrimento…eles…com uma simples constipação já ninguém os atura!
LARA - Eles haviam de ser mulheres por um dia…
LUCIANA - Ui, ao fim de poucos minutos desistiam.
(gargalhadas)
LARA - Também tenho essa impressão.
PATRÍCIA - E estás coberta de razão. Eu também gostava de os ver um dia como mulheres…ia ser lindo (gargalhadas).
NATASHA - Suicidavam-se.
TODAS (a rir) - De certeza!
PATRÍCIA - Não valem nada, mesmo.
TODAS - Pois não.
LUCIANA - Tem coisas que são todos iguais. Só muda a fronha, de resto…é tudo a mesma porcaria.
TODAS - Sim.
NATASHA - Só têm tamanho e muita estupidez!
TODAS - É isso mesmo!
LUCIANA - A tola deles tem um buraco maior que a camada de ozono.
(gargalhadas)
NATASHA (a rir) - Adorei essa.
LARA (a rir) - Excelente comparação...
PATRÍCIA - Já vi que nenhuma de nós tem namorado…
TODAS - Não.
LARA - Não sei onde andam homens românticos, que olhem para o nosso interior…que nos respeitem, que sejam meigos e sinceros…que nos dêem apoio…
TODAS - Eu também não sei deles…
PATRÍCIA - Talvez já não existam.
LUCIANA - Eu, ainda tenho esperança que exista algum diferente…
LARA - Eu também, embora muito reduzida...
NATASHA - Eu, já não tenho esperança nenhuma! Vou ficar para tia o resto da vida.
(riem)
LARA - Eu faço-te companhia…
LUCIANA E PATRÍCIA - Eu também.
PATRÍCIA - Mas se é para ter uma porcaria de um homem, estamos melhor sozinhas.
TODAS - Podes crer.
NATASHA - Eu nunca aceitaria um homem que me maltratasse fisicamente. Ai podia-me levantar a mão uma vez, mas não voltava a baixá-la nesse dia, e não me voltava a ver!
PATRÍCIA - Claro. Passamos muito bem sem homem, ao contrário deles…que não passam sem uma mulher.
TODAS - Claro!
LUCIANA - Há mulheres que também não têm nada nas cabeças, ao juntar-se com certo tipo de homens…aquelas que se juntam por dinheiro, ou que apanham e dizem que o amam…francamente...
NATASHA - Nós somos superiores a eles. Podemos ser independentes, só precisamos de ter auto-estima…gostar de nós como somos.
PATRÍCIA - Sim, claro! E estarmos bem connosco, apreciarmo-nos, aceitarmo-nos como somos, e não fazer coisas só para agradarmos aos homens. Não vale a pena sacrificarmo-nos por eles, nem sofrer muito.
LARA - Podes crer. Esses são uns eternos insatisfeitos. Por mais bonitas que sejamos, aparece uma melhor…deixamos de ser…as mais bonitas podem não ter nada…mas o pacote é atraente já é bom…
NATASHA - Estão cobertas de razão. Eu não mudo nada em mim para atrair esses cabeçudos. Gosto de mim assim, e eles também ou gostam de mim com tudo o que tenho, ou não gostam e que vão para o raio que os partam.
(riem)
TODAS - Eu igual.
PATRÍCIA - Mas infelizmente há mulheres que têm essas ideias fixas, e que vivem na ilusão de que os vão cativar se tiverem coisas…falsas!
LUCIANA - Essas são sol de pouca dura. Eles iludem-se também com o fogo-de-vista, mas chega à hora, e o mais importante elas não dão. Bem-feita para eles.
NATASHA - Merecem todos sofrer muito…!
LARA - Ainda têm muito que aprender sobre as mulheres. São tão ignorantes…que tristeza.
TODAS - Estás coberta de razão.
PATRÍCIA - Ai, querida, acho que nunca vão aprender, mais de metade…!
NATASHA - Concordo.
NARRADORA - Elas continuam a cortar na casaca dos homens, falam sobre outras coisas, riem muito umas com as outras, um enfermeiro espreita e está surpreso. Elas olham para a porta, reviram os olhos, fazem-lhe cornos com os dedos, e caras feias. O enfermeiro ri-se.
TODAS (gritam, nervosas) - O que é que tu queres óh anormal…?
NATASHA - Parece uma varejeira ali assapada…!
(gargalhadas).
LUCIANA (a rir) - Tem nariz de porco… (gargalhadas)
PATRÍCIA (a rir) - E focinho de sapo… (gargalhadas)
LARA (a rir) - Daqui a pouco temos aqui o jardim zoológico.
(gargalhadas)
NATASHA - Daqui a pouco atiro-lhe com as botas aos cornos.
(Riem).
LARA (a rir) - Podes juntar as minhas.
NATASHA - E não sai dali…que estúpido… (rosna, e grunhe)
NARRADORA - Pega num sapato e atira para a porta.
NATASHA (grita) - Vai catar piolhos para o esgoto…! Porco!
NARRADORA - Todas fazem cornos e caretas, o enfermeiro afasta-se, elas riem).
PATRÍCIA - Ai, quando eu sair daqui e apanhar aquele sapo...
LARA - E podes contar comigo.
NATASHA - Eu também alinho.
LUCIANA - Eu igual.
PATRÍCIA - Ainda vai demorar muito a sairmos daqui?
TODAS - Espero que não.
NATASHA - Havíamos de mandar para o jornal. 
LUCIANA - Será que ninguém vai telefonar para nos virem buscar?!
LARA - Ainda não vieram aqui perguntar nada!
NARRADORA - Abrem a janelinha da porta com um tabuleiro com medicamentos.
ENFERMEIRO - Meninas…tomem isto!
NARRADORA - Elas levantam-se nervosas, com caras de más.
NATASHA - O que é isso?
TODAS - Boa coisa não é!
ENFERMEIRO (com ar de gozo) - São uns rebuçados…para assentar a vossa histeria…
NARRADORA - Patrícia pega no tabuleiro, Natasha agarra nos cabelos do enfermeiro e grita.
NATASHA - Sabes onde é que eu te vou enfiar estas coisas?
ENFERMEIRO - Tenham calma, meninas…vá…eu só estou a cumprir ordens…!
LUCIANA - Ordens de quem?
ENFERMEIRO - Dos psiquiatras.
PATRÍCIA - Mas alguém veio falar connosco sequer? Porque é que os psiquiatras não vêm cá…?! Têm medo é?
TODAS - De certeza.
ENFERMEIRO - Não…não…não…mas eles viram como vocês entraram perturbadas…e os outros enfermeiros contaram…
NATASHA - O que é que tem a haver o cu com as calças?
ENFERMEIRO - Assim, nesse estado ninguém consegue falar convosco!
LARA - Imagino o que devem ter contado…! (p.c) Que diagnóstico bem feito, realmente… (p.c) através do que os outros contam…! Francamente!
NATASHA - Realmente…que incompetência! Olha, diz lá a quem tu quiseres para vir aqui imediatamente. (p.c) Antes que façamos de ti carne picada…
NARRADORA - Natasha pega no tabuleiro, dá com ele na cabeça do enfermeiro, Luciana e Lara apertam-lhe o pescoço e Patrícia dá-lhe uma chapada. Ele geme, e grita, elas largam-no.
NATASHA - Isto é só uma amostra insignificante do que te podemos fazer…
ENFERMEIRO (assustado) - Loucas…não vão sair daqui tão cedo!
TODAS - Isso é o que nós vamos ver…
PATRÍCIA - Chama mas é lá o raio do psiquiatra. Tens 2 minutos…se não aparecer, tu é que vais pagar.
TODAS: (gritam) - Despacha-te.
LUCIANA - Estropício.
NARRADORA - Ele fecha a janelinha, desatam às gargalhadas e chocam as mãos umas com as outras. Aparece o psiquiatra, ainda novo. Elas olham.
PATRÍCIA - É este o psiquiatra, ou é mais um estafermo de um enfermeiro?
TODAS - Deve ser o psiquiatra.
(Ele entra, elas olham-no).
PSIQUIATRA (sorri) - Boa tarde, passarinhas…
NARRADORA - Olham – se, olham em volta e voltam a olhar umas para as outras.
PSIQUIATRA (sorri) - Boa tarde…!
NATASHA - Ai está a falar connosco…?! Pensamos que estava a falar para aqueles lá fora, com penas, em cima das árvores.
PATRÍCIA - Por essa descrição só podia ser para esses…
LUCIANA - É assim que você trata os seus doentes…?
PSIQUIATRA (sorri) - Estava só a pôr-vos à vontade…calma…! Não precisam de ficar tão chateadas.
NATASHA - Você deve ser uma ave…e rara…!
PSIQUIATRA - Ave rara, eu? (p.c) Eu sou um homem…
TODAS - Já reparamos…
PSIQUIATRA - Vim falar convosco…mas primeiro tomem aqueles rebuçados que vos enviei…!
PATRÍCIA - Ainda se fossem flores…
NATASHA - Ou chocolates…
LARA - Nem isso…
TODAS - Pois…
NATASHA - Realmente…vindo de si…qualquer coisa é de desconfiar. Não seja ridículo… (p.c) rebuçados…e nós nascemos ontem…
PATRÍCIA - Coma-os você!
LUCIANA - Não precisamos de porcaria nenhuma! (p.c) Aliás, você e esses insectos…é que deviam estar na jaula.
PSIQUIATRA - Que insectos…? Que jaula?
NATASHA - Ai, santa ignorância.
TODAS - Daaaaahhhh…
PSIQUIATRA - Estão muito nervosinhas…tomem aquilo! Vai fazer-vos bem.
LUCIANA - Quer que façamos um desenho?
LARA - Já dissemos que não tomamos nada.
PSIQUIATRA - Pronto…daqui a pouco tomam à força.
(gargalhadas)
PATRÍCIA - Essa tem piada…à força…você vai ver, quem é que faz o quê…à força…!
PSIQUIATRA - Bom, controlem-se, por favor. Porque é que estão aqui?
LARA - Pelos vistos os loucos…os doentes…os tarados…são os que fazem o bem pelos outros…não?
TODAS - É.
NATASHA - E os homens da idade da pedra andam à solta a dar cabo das mulheres…
PSIQUIATRA - Desculpem, não estou a perceber.
(Olham-se)
TODAS - Que novidade…!
PATRÍCIA - Os homens nunca percebem nada…é uma coisa…!
NATASHA - É preciso fazer um desenho?
LUCIANA - Que limitação.
PSIQUIATRA - Não, não precisam de fazer um desenho…basta falarem sobre o assunto.
LARA - Viemos para aqui porque salvamos pessoas.
PSIQUIATRA - Mas, não pode ser…
NARRADORA - Cada uma reconta o que fez. O psiquiatra está incrédulo. Um enfermeiro bate à porta.
ENFERMEIRO - Desculpe, senhor doutor…estão lá fora umas senhoras que querem entrar, porque dizem que viram tudo o que aconteceu, e estão a dizer que essas…têm toda a razão. Elas querem ver essas galinhas chocas.
TODAS (admiradas) - Que parvalhão. Que senhoras…?
PSIQUIATRA - Pode mandar entrar.
(As senhoras entram).
SENHORA 1 - Sim, Dr., eram esta menina…!
SENHORA 2 - Eu também confirmo.
(As outras dizem que sim).
SENHORA 4 (sorridente) - Esta menina foi um anjo!
SENHORAS (sorriem) - Também digo!
SENHORA 2 - Esta menina deu uma boa sova àquele bandido, monstro, maldito…demónio…que estava a bater na mulher.
SENHORA 1- E com certeza ainda lhe bateu pouco!
SENHORA 3 - Foram muito corajosas!
SENHORA 1 - Até mereciam um prémio…
(Elas estão boquiabertas).
PATRÍCIA - As senhoras viram…?
SENHORAS - Sim, meninas!
PSIQUIATRA - Mas…as senhoras não acham que elas se excederam? (p.c) Não se pode andar por aí a bater assim…
SENHORAS - De maneira nenhuma.
SENHORA 1 - Eles até mereciam muito mais!
SENHORA 4 - Imagine que era doutor que estava a apanhar ou a ser assaltado…se fossem em sua defesa…mandava internar?
PSIQUIATRA - Hum…bem…se fosse eu…se alguém me defendesse…agradecia muito!
SENHORA 2 - Mas com certeza não mandava internar…
PSIQUIATRA - Bom, talvez não…
SENHORA 3 - Tenho a certeza de que as outras moças também vão agradecer.
SENHORA 4 - O Dr., ficava na mesma…não fazia nada se visse um homem a bater numa mulher?
PSIQUIATRA - Na…não…se visse um homem a bater numa mulher…separava-os e batia-lhe eu…ao homem, claro!
TODAS - Áááááááhhh…está a ver…?!
SENHORA 1 - Mas foi exactamente o que elas fizeram.
SENHORA 2 - Não percebo porque é que vieram aqui parar.
SENHORAS - Parabéns, meninas!
(elas sorriem)
TODAS (a sorrir) - Muito obrigada.
PSIQUIATRA - Aahhh…não se importam de se retirar um bocadinho, por favor?! (p.c) preciso de falar com as meninas e já falo convosco a seguir.
SENHORA 4 - Certo. Mas elas têm que sair!
SENHORA 2 - É uma vergonha se elas ficarem aqui.
SENHORA 1 - Pois…ainda por cima, depois de terem feito bem!
(sorriem)
PSIQUIATRA - Sim, não se preocupem. Elas já saem.
(elas saem, e esperam à porta).
PSIQUIATRA - Bem…apanharam-me um bocado de surpresa…de facto…o que vocês fizeram não era motivo para estarem aqui, mas sim…uma obra de caridade.
TODAS - Ááááhhh…que descoberta, vê…?
LUCIANA - Estou impressionada com a sua rapidez…
PSIQUIATRA - Mas…vocês não estão loucas…só que exageraram um bocadinho…! Admitam.
TODAS - Batemos pouco, isso sim.
NARRADORA - O psiquiatra faz mais algumas perguntas.
PSIQUIATRA - Bem, vejo que vos posso dar alta. Mas prometam-me que se vão portar bem.
TODAS - Sim.
NATASHA - Nós portamo-nos sempre muito bem!
PSIQUIATRA - Por favor…acalmem-se, descansem…precisam de alguma coisa?
TODAS - Não!
PSIQUIATRA - Tomem alguma coisa para vos ajudar a relaxar, faz-vos mal estarem nesse estado de nervos.
TODAS - Não tomamos nada.
PSIQUIATRA - É só para vos ajudar.
PATRÍCIA - Saindo daqui já ficamos boas!
PSIQUIATRA - Pronto…! (p.c) Saiam lá…com juízo.
NARRADORA - Elas saem.
PSIQUIATRA - Vão ali buscar as vossas coisas.
NARRADORA - Elas vão à secretária, e ela dá-lhes as carteiras e os casacos.
PSIQUIATRA - Qualquer coisa estamos aqui.
NARRADORA - Elas não respondem. Viram costas e saem. Respiram fundo. Olham – se contentes. Aparecem as senhoras, abraçam-nas, fazem-lhes festinhas, dão-lhes beijos, elas sorriem contentes.
RAPARIGAS (sorridentes) - Muito obrigada.
LARA (a rir) - As senhoras foram maravilhosas!
(As senhoras riem).
SENHORA 1 (sorri) - Ora essa! Vocês é que foram.
SENHORA 2 (sorri) - Não era correcto o que eles estavam a fazer!
SENHORA 4 - Pois não! Vocês até fizeram um favor, um acto bondoso…!
SENHORA 3 - Os homens não prestam!
SENHORA 2 - Haviam de ir todos presos…
SENHORA 1 - E com os lombos quentes de porrada.
(As raparigas riem).
SENHORA 4 - Eu até tenho pena das mãezinhas deles.
SENHORA 2 - Não tiveram educação…não devem ter levado assim uns bufardos, e umas chineladas nos cus…
(As raparigas riem).
SENHORAS - Bandidões…estafermos…!
(Elas abanam a cabeça a dizer que sim, e riem)
SENHORA 2 - Andam todos com o demo!
(As raparigas riem).
RAPARIGAS (a rir) - Tem toda a razão!
(As senhoras dão-lhes mais beijinhos).
SENHORA 1 - Vou rezar por vocês.
AS OUTRAS - Eu também.
SENHORA 3 - E eu vou acender umas velinhas…para estarem sempre acompanhadas e protegidas…e terem muita saudinha!
(As raparigas sorriem)
TODAS - Muito obrigada!
LARA (sorridente) - Desejamos o mesmo para as senhoras!
SENHORAS - Obrigada, filhas.
SENHORA 2 - Olhem, eu vou-me embora…! Mas não me vou esquecer do que fizeram…
(sorriem)
LUCIANA (sorri) - Tudo de bom para a senhora…! E vêmo-nos por aí!
SENHORA 2 - Ai, sim filha…nunca se sabe quando não vou precisar também de vocês!
TODAS (sorriem) - Esperamos que não.
NATASHA (sorri) - Mas pode ter a certeza que se precisar estamos do seu lado e vamos ajudá-la.
SENHORA 2 - Obrigada, queridas.
(Dá 2 beijinhos a cada uma, elas sorriem)
SENHORA 1 - Eu também tenho de ir.
SENHORA 3 E 4 - Eu também!
SENHORA 3 - Continuem assim.
SENHORA 4 - Sim. A sociedade precisa de gente como vocês!
(Sorriem, mais 2 beijinhos e as senhoras lá vão à vida delas. As raparigas riem e estão felizes).
LARA (sorri) - Ao menos alguém reconhece e dá valor.
TODAS (sorriem) - Yá!
LUCIANA (a rir) - Só por isto já valeu a pena.
NATASHA (a rir) - Aquelas senhoras foram maravilhosas!
TODAS (sorriem) - Podes crer.
PATRÍCIA - Meninas…estamos cá fora…! Onde é que vocês moram?
NARRADORA - Cada uma explica onde mora. Descobrem que moram muito perto umas das outras.
NATASHA - Eu…gostei tanto de estar ali convosco e de vos conhecer…não queria perder o contacto convosco…podem dar-me o vosso número de telemóvel…?
TODAS - Claro…
NARRADORA - Trocam números de telemóvel, e-mails, moradas, sorriem.
LUCIANA (sorri) - Que fixe! Eu também adorei conhecer-vos e estar convosco.
LARA (sorri) - Eu também.
PATRÍCIA - Agora temos de nos encontrar mais vezes…
TODAS (sorridentes) - Claro que sim!
LARA (sorri) - Com todo o gosto!
NATASHA (feliz) - Vamos lanchar juntas a qualquer lado, hoje?
TODAS (a rir) - Sim…vamos.
PATRÍCIA (sorri) - Onde…? Eu vou para qualquer sítio.
TODAS - Eu também.
NATASHA - Venham comigo! Eu conheço um sítio fixe.
NARRADORA - E lá vão elas todas contentes, a rir e a falar umas com as outras, até um café. No lanche descobrem que têm muitas coisas em comum. No fim, antes de irem para casa, abraçam-se umas às outras felizes e sorridentes, dão 2 beijinhos na cara. Depois desse dia passam a encontrar-se todos os dias, a andar sempre juntas, e tornam-se verdadeiras e grandes amigas. (p.c) Pois é…às vezes, nos sítios mais estranhos, e nos momentos mais inesperados, nasce uma linda e eterna amizade! (p.c) Elas não eram loucas…estavam cobertas de razão…!
FIM!      
Lálá     
 (28/Janeiro/2010).



























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