O sorriso
Vemos sorrisos todos os dias…
De crianças,
De adultos,
De idosos,
De animais…
Mas será que todos esses sorrisos são sinceros?
Sinceros...que vêm das profundezas da alma?
Será que são daqueles sorrisos
Que se mostram sem medos?
Ou será que são sorrisos mascarados?
Umas vezes sincero
Outras vezes forçado,
Sorrisos mascarados
São aqueles que,
se levantássemos as máscaras
Veríamos lágrimas
A brilhar ao sol,
Ou estrelas que viajam dos olhos
Pela pele, até á almofada,
À noite.
Ou param num animal…
Ou que caem no chão,
Em cima da mesa,
No chá, no prato, no copo…
à noite.
Quando já cada um está no seu canto
Muitos sorrisos mascarados
Deixam de o ser
As máscaras também precisam de descansar
Mas...e o que vem no lugar do sorriso mascarado?
A explosão…
A lava que transporta consigo toda a essência
A verdade
Os sentimentos puros
Quando as máscaras do sorriso caem…
A alma fica nua!
E nem sempre é fácil encontrarmo-nos com ela
Às vezes lutamos…
Porque queremos ser mais forte,
Mas ela sabe bem
Que na verdade somos fracos
Não porque choramos,
Mas porque somos de carne e osso...sangue…
Tudo mexe dentro de nós!
À noite
Perdemos a vergonha, o poder…
A força da máscara do sorriso
Enfraquece…
Deixa-se vencer pelo cansaço
De tanto uso falso!
Quantos sorrisos mascarados…
Se cruzam no nosso caminho todos os dias
Para quê?
Mais cedo ou mais tarde,
A máscara do sorriso
Cansa e cede!
Não porque é fraca,
Mas porque não aguenta mais.
É o que acontece connosco!
O único sorriso sem máscaras,
O único rosto sem máscaras,
É o das crianças
Lara Rocha
17/Março/2014