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segunda-feira, 23 de julho de 2012

As luzinhas do jardim


         Era uma vez uma pequena aldeia que ficava entre o campo e a praia. Era uma vez quatro meninas: Sofia, Raquel, Mara e Nara que viviam com os pais numa pequena vivenda de campo, onde havia um grande jardim a toda a volta da casa, cheio de árvores de fruto, flores e legumes. Além disso havia também um laguinho, e animais como quatro cães, quatro gatos, periquitos e tartarugas.
         As meninas viviam felizes neste sítio, porque podiam brincar no campo, ao ar livre, e sempre que queriam também iam para a praia, quase à porta da sua casa. Aliás, o mar e a praia viam-se do terraço de casa delas.
         Numa certa noite de Verão, estava tanto calor que todos tinham dificuldade em dormir…mesmo com tudo aberto. Os animais estavam molengos, sonolentos, sossegados, mas com certeza sempre atentos porque davam sinal, ao mais pequeno ruido.
         Porque não conseguia dormir, Mara vai para o terraço, amuado, levando consigo a sua amiga inseparável…a boneca bolota, a almofada e um lençol. Estendeu-a na cadeira de praia, que até era confortável e deitou-se. Deu voltas e mais voltas à procura de posição e não havia maneira de dormir…coitadinha! Onde andaria o João Pestana?! Ela chamou-o tantas vezes e ele não apareceu! Que chatice!
         De repente, ela ouve os cães a passar rapidamente para o jardim. Fica assustada e espreita para ver o que teria acontecido, mas não viu nada. Diz à boneca:
- Estes cães são malucos! Passaram a correr…e agora não fazem barulho! Se calhar foi só algum gato que passou.
         A pequenita ainda não viu, mas os cães estão de volta das flores, a farejar! Porquê? Aparentemente está tudo sossegado, não há barulho…! Pois não! Não há nada de mau…mas…os cães estão a farejar é porque sentiram qualquer coisa de diferente! E não é que têm razão?! É que estas flores têm uma coisa muito especial…xxxiiiiiiiuuuuu…não contem a ninguém meninos…para já! Prometem? É um segredo! Estas flores…dão luz! A sério! Não acreditam? Querem ver…? Continuem a ler.
         Os cães e os gatos finalmente dão sinal…ladram e miam. A menina levanta-se assustada e espreita…vê os cães e os gatosa cheirar as flores e de repente…vê umas pintinhas a brilhar nas flores. Sim…de cima parecem pintinhas a brilhar, mas esperem até ela chegar mais perto…!
Mara não quer acreditar no que está a ver…e solta uma grande exclamação:
- Áááááhhh…o que é aquilo? As flores têm pintinhas brilhantes! (p.c) Será que…caíram ali estrelinhas?! (p.c) Eu…nunca vi flores com pintinhas brilhantes…! (p.c) Mas…se são estrelinhas como é que elas caíram?! (Olha para o céu e pergunta) Ei…meninas aí em cima…caíram algumas estrelinhas?! (p.c) Vejam se não faltam aí algumas…se faltarem…elas estão aqui no meu jardim, está bem? (p.c) Vou chamar a Mamã para ir comigo lá abaixo ver as pintinhas nas flores!
         Ela vai ao quarto dos pais, silenciosa e chega ao pé da mãe, abraça-a e diz baixinho:
- Mamã…!
         A mãe está acordada e responde baixinho:
- Estás acordada, Mara? Tiveste um sonho mau foi?
         O pai resmunga:
- Mara, vai dormir e deixa-nos dormir.
         Ela tenta a sua sorte e partilha com o pai o que quer mostrar à mãe, mas o pai não quer saber do que ela tem para mostrar e resmunga:
- Papá…tens que vir ali ao jardim ver uma coisa!
- O quê? Achas que eu não tenho mais nada que fazer…? Não vou nada ao jardim…a esta hora não há nada para se ver no jardim, está tudo escuro! (p.c) Vai para a tua cama, dormir…e deixa-nos dormir também.
         Mara responde triste, e o pai grita-lhe:
- Óóóóhhh…não consigo!
- É problema teu! Vai brincar ou contar carneirinhos…e deixa-nos dormir.
- Mamã…
- Daqui a pouco levas uma sapatada!
         A mãe levanta-se, dá a mão à filha, e o pai resmunga, a mãe responde-lhe:
- Onde é que vais?
- Vou com a nossa filha…! Dorme!
- O quê? Vais onde?
- Não interessa onde vou. Cala-te e dorme. Nós as duas cá nos entendemos.
- Para que é que vais com ela?
- Ela tem uma coisa para me mostrar! Vou ver o que é!
- Não vês que ela está a fazer isto só para te chatear…?!
- Tu não vais, mas vou eu.
- É tudo da imaginação dela…para que é que vais com ela perder horas de sono e de descanso?!
- Não consigo dormir e não…vou ver o que há!
- És pior que ela! (p.c) Nem parece de uma adulta.
         A mãe sorri e ignora, mas responde:
- Cala-te e dorme…deixa o resto comigo!
         Mara está triste, e as duas vão de mão dada ao jardim. Pelo caminho, Mara e a mãe falam uma com a outra:
- Mamã…o papá ficou zangado connosco não foi?
- Não ligues filha…deixa-o lá!
- Mas ele estava a ralhar contigo e comigo!
- Não te preocupes, querida! O pai estava com sono…vou-te contar um segredo…(diz baixinho) o teu pai, com sono é pior que as crianças! Fica insuportável.
         As duas riem baixinho. Mara pergunta, e a mãe responde:
- Acordei-te, Mamã…?
- Não, filha…eu estava acordada!
- Não consigo dormir!
-Nós também não estamos a conseguir dormir…!
- Não sei onde foi parar o João Pestana! Eu…chamei-o…tantas vezes…mas ele não apareceu! (p.c) E também não apareceu para te dar o pozinho do soninho…será que ficou doente?!
- Olha…não sei…não tinha pensado nisso, mas pode ter acontecido!
- Mas ele nunca fica doente pois não…? É um doende…
- É um doende mas também fica doente como nós.
- Óóóóhhh…coitadinho…! Podia ter mandado um amigo!
- Pois…mas se calhar os amigos também estavam muito ocupados e ainda não puderam chegar aqui…! Sabes como é…tanta gente…!
- Espero que fique bom rápido.
- Sim, eu também.
- Sabes Mamã…eu tenho uma coisa muito bonita para te mostrar…lá fora, no jardim.
- Ai sim…?! (p.c) O que é que pode haver de tão bonito no jardim…à noite?
- Vi umas pintinhas brilhantes nas flores…e os cães e os gatos estavam lá a farejar.
- Flores…com pintinhas brilhantes?
- Sim! Nunca tinha visto antes! Já viste algumas flores assim?
- Não…! Mas…que pintinhas eram essas…?
- Não sei! É isso que te quero mostrar para ver se sabes o que é! (p.c) Pensei que pudessem ser estrelinhas que caíram lá de cima…e até disse às que estão lá em cima, se dessem por falta de estrelinhas elas estavam aqui! (p.c) Mas quero vê-las de perto para ver se são mesmo estrelinhas!
- Vamos lá ver então…!
         Mãe e filha aproximam-se e as luzes agora estão mais fortes. Que lindas que estão as flores…com aquelas luzinhas. Umas estão fora, e andam à volta das flores, outras estão mesmo dentro das flores, de um lado para o outro, iluminando cada pétala por onde passam…e outras flores estão fechadas, com uma luz muito bonita por dentro delas…parece que estão ligadas à tomada eléctrica.
Mãe e filha estão maravilhadas e boquiabertas, nunca viram tal coisa. Que lindo…todas asflores com luz…parece uma aldeia de fadas. As duas sorriem deliciadas e soltam grandes exclamações:
- Áááááhhh…!!!
- Que lindo!
- Que lindo, mesmo!
- Já alguma vez tinhas visto isto, mamã?
- Não…! Pelo menos…que me lembre…acho que não!
- Vês…?! São flores que dão luz!
- Sim…e uma luz muito bonita…mesmo estas mais pequeninas são encantadoras!
- O que achas que são estas luzinhas, mamã? (p.c) Eu pensava que eram estrelinhas, mas aqui ao pé, não são estrelinhas...pois não?
- Não…não são estrelinhas porque elas não costumam cair assim! Podem ser…pirilampos…?! Mas cada pirilampo não tem assim uma luz tão forte…só se forem vários pirilampos na mesma flor!
- Pois é! (p.c) Olha…as luzinhas têm asinhas!
- Áááááhhh…pois têm! Muito fininhas!
- Já sei…então são fadinhas, mamã.
- Áááááááhhhh…(sorri) Acho que tens razão!
- Sim…olha para elas…! Tu disseste que as fadinhas dão luz e têm asinhas.
- Sim! (sorri) São mesmo!
- Uaaaauuuu…! (p.c) Pensei que só existiam nas histórias, como diz o papá!
- O papá nunca as viu…por isso diz que não existem nas histórias…mas não lhe ligues! (p.c) Tu estás a vê-las, e eu também…por isso…elas existem!
- Tu já as tinhas visto antes, mamã?
- Sim, aqui…nesta casa, não…mas na casa dos teus avós…da tua idade vi muitas!
- (sorri) São mesmo bonitas como tu dizias mamã!
- (sorri) Pois são…as que eu vi também eram lindíssimas.
- As manas estão a dormir…não sabem o que estão a perder!
- (sorri) Pois não…! (p.c) Vêem noutro dia.
         As luzinhas andam à volta das cabeças da Mara e da Mãe, as duas sorriem e dançam com as luzinhas. Outras flores com luz abrem e fecham as pétalas, e as luzes saem…são muitas…todas juntas a sair e a entrar nas flores brancas e de outras cores. Mãe e filha estão felizes e encantadas com as luzes, e com os seus movimentos. As luzes passam das flores para as árvores, dão as mãozinhas e enrolam-se nos troncos das árvores ao som de umas doces melodias que cantam, suaves, e dançam. Mãe e filha aplaudem as luzinhas e dançam também com elas.
         O pai aprecia da janela, e murmura:
- Que ridícula, mulher! (p.c) Está a ir na onda da criança…(p.c) É tudo imaginação da pequena, e ela está a ir atrás! (p.c) Pareces uma troglodita! (p.c) Nem parece coisa de uma mulher adulta…mãe de quatro filhas…!
         O pai não vê as luzinhas…só vê mãe e filha a dançar e a rir, e a tocar nas flores e nas árvores. As outras filhas acordam e vão ter com o pai de mãos dadas. Sofia pergunta:
- Papá…estás á janela?
- Sim! E vocês o que estão a fazer de pé?!
         Respondem em coro:
- Não conseguimos dormir!
O pai resmunga:
- Eu também não…! (p.c) Este calor…!
Raquel pergunta:
- Onde está a mamã?
         O pai responde brusco:
- Está ali fora…a fazer figuras tristes!
         Nara pergunta intrigada:
- E a esta hora…lá fora…?!
         O pai responde indignado:
- Sim…está com a vossa irmã Mara lá fora a fazer cenas ridículas!
         Raquel pergunta, o pai volta a responder:
- A fazer o quê?
- Figuras tristes…cenas ridículas…parece uma troglodita!
         Sofia ralha, e o pai resmunga:
- Não chames coisas feias à mamã! (p.c) Ela está só a brincar com a Mara!
- Olhem para aquilo…parecem duas anormais…!
         Sofia não gostou do que ouviu, e leva as irmãs de mão dada, para o jardim, para a beira da mãe. As meninas também vêem as luzinhas, ficam muito surpresas e maravilhadas. A mãe sorri-lhes e diz:
- Óh, filhas…estão de pé?
         Respondem em coro, e Raquel acrescenta:
- Sim!
- Não conseguimos dormir!
         Nara pergunta. A mãe responde:
- Que luzinhas são essas?
- São fadinhas!
         Todas soltam uma grande exclamação, maravilhadas:
- Áááááhhh…Que lindas!
         Nara acrescenta:
- Como é que elas apareceram aqui?
         Mãe e filha respondem em coro. Mara convida as irmãs:
- Não sei!
- Venham brincar com elas e connosco!
         Mãe e filhas divertem-se muito com as luzinhas, e assistem encantadas aos seus movimentos e danças, e com as luzes nas flores fechadas. O pai nem quer acreditar no que está a ver…está irritadíssimo. Já madrugada avançada, a mãe e as pequenas vão deitar-se, e finalmente conseguem dormir. O pai e a mãe ainda discutem baixinho:
- Que ridícula, mulher!
- Estás acordado?
- Não…estou a dormir…!
- Se estivesses a dormir não dizias tanto disparate, com certeza! (p.c) O que é que tu queres? (p.c) Ainda não resmungaste tudo? (p.c) Que chato. (p.c) Não gostei da maneira como falaste com a nossa filha!
- Estás a estraga-las com tanto mimo e tanta atenção.
- Tanto mimo…? Eu…(p.c) A estraga-las…?! Francamente…! Tu é que estás a estraga-las com tanta coisa má que lhes transmites!
- O quê?
- Ainda perguntas…? Que atenção e que carinho é que lhes dás…? Elas precisam! E ficam muito tristes por não lhes ligares.
- Tinhas alguma coisa que ir atrás da catraia?
- Catraia que é igualmente tua filha…como minha. (p.c) Fui atrás dela, claro…e tu também podias ter ido atrás dela…ela ficaria muito contente! Mas não…soubeste apenas resmungar.
- Tinhas alguma coisa que ir com ela, só porque não conseguia dormir…?
- E depois…? Quantas vezes é que eu fiz isso…e noites inteiras…e depois…? Morri por causa disso? Tu a dormir como um porco, e eu é que ia sempre. 
- Iria adormecer sozinha…se não se habitua desde já, em adulta também não se vai habituar.
- Essa agora…! O que é que tem o rabo a ver com as calças…?!
- Andaste-te a cansar só porque ela imaginou qualquer palermice que te foi mostrar…deves ter visto uma grande coisa, deves…!
- Estás preocupado…?! Eu não me preocupei minimamente! Até gostei muito…e não foi invenção dela! (p.c) EU vi o que ela tinha para me mostrar, e foi muito bonito.
- Ui…deve ter sido mesmo lindo. (p.c) Fizeste umas cenas tão ridículas!
- (ri) E eu preocupada com as cenas que fiz. (p.c) Só não foste para lá também porque não quiseste.
- Parecias uma troglodita.
- Sempre é melhor parecer do que ser…!
- Estás a ofender-me…
- Ui, que pena que eu tenho de ti!
- Tu andaste a beber às escondidas foi?
- (ri) É…bebi luz…mas pelo menos não fiquei com uma tromba daqui até à praia como certas pessoas.
- Bebeste o quê?
- Eu nem vou perder tempo a discutir essas coisas contigo.
- E não achas que tinha razões para ficar de tromba comprida?
- Ai, tu é que sabes…! É problema teu…não tenho nada a ver com isso.
- Eu vi-te a fazer uma coisa parecida com dançar…!
- Eu estava mesmo a dançar, não foi uma coisa parecida com dançar.
- (ri) E onde estava a música?
- Eu ouvi-a! ~
- Não sejas ridícula. (p.c) Ainda és mais criança que elas!
- Não quero saber o que tu pensas sobre isso. Sou mãe das tuas filhas, quer tu queiras quer não…tivemos meninas…! Se queres meninos tenta com outra.
- Pois…se fossem meninos não queriam saber dessas palermices.
- Entendes mesmo de crianças…realmente…! (p.c) Só sabes fazê-los…o resto…passa-te ao lado!
- Que raio é que tu viste?
- Umas luzinhas muito especiais…!
- Ááááhhh…tu não estás bem, mulher!
- Eu…? Estou maravilhosamente bem…! Nunca estive tão bem!
- Luzinhas…francamente! Que luzinhas…? Estás a delirar com certeza! Eu não vi luzinhas nenhumas…
- Não admira meu filho…não vês as pessoas que te amam e que estão à tua volta, quanto mais umas luzinhas lá fora! É por isso que estás cheio de rugas!
- Estás a chamar-me velho?
- Caduco! (p.c) Já te esqueceste de que também foste criança…!
- Eu não era nada dessas paneleirices. Era rapaz. (p.c) Tu estás é louca! Deve ser o calor…ou então avariaste de vez! Devias estar atenta a isso…que isso tem tratamento!
- Eu até te dizia quem…e que tratamento é que alguém precisava!
- Não estou a acreditar que te deixaste levar pela imaginação da pequena!
- E se eu me tivesse deixado levar pela criança…qual era o problema? Isso mata alguém?
- Não és nenhuma criança pequena. As pequenas têm de se habituar que a realidade é muito diferente do floreado mundo delas!
- É por isso que elas são tão felizes, e é por isso que eu fico tão ou mais felizes quanto elas, quando brinco com elas. (p.c) Vão ter muito tempo para isso…deixa-as sonhar e imaginar! (p.c) Eu não imaginei como as pequenas…eu vi a mesma coisa que elas…e foi muito bonito…fiquei muito feliz…já não me sentia assim tão feliz como hoje, há muito tempo! (p.c) Ganhei anos de vida! E desapareceram umas quantas rugas provocadas de te aturar…!
- O quê? (p.c) Ficaste contagiada…! Na tua idade…devias ter vergonha.
- (a rir) Olha…vergonha devias ter tu de seres assim…tão…quadradão…com a mania que és muito macho, tão macho que não pode brincar com as filhas pequenas…vejam lá!
- Que tristeza…! Nunca mais cresce!
         O dia desperta rápido, e as meninas passam o dia felizes como a mãe. Nas noites seguintes, a mãe e as filhas vão sempre para de volta das flores que dão luz, passar momentos divertidíssimos e felizes com as luzinhas. Mara faz um pedido muito especial à mãe em nome de todas as irmãs:
- Mamã…eu e as manas temos medo do escuro!
         A mãe sorri e responde:
- Sim, filha…eu sei, mas também já vos expliquei que o escuro não tem nada…! Eu mando sempre as fadinhas do João Pestana tomar conta de vocês, proteger-vos…por isso, não têm que ter medo do escuro!
Mara insiste:
- Eu sei, mamã…e elas andam pelo quarto mas logo a seguir vão embora! E o quarto fica mais escuro. (p.c) Eu e as manas…gostávamos era de ter uma flor daquelas…cheias de luzinhas, e com luz por dentro! (p.c) Podes por lá uma no nosso quarto, mamã…?! (p.c) Assim as luzinhas, fadinhas vão para essas flores e assim…já não temos medo do escuro! Pode ser mamã?
         A mãe sorri e não resiste ao pedido tão doce, e responde:
- Eu vi logo…! (p.c) Está bem, eu apanho uma flor daquelas para cada um dos quartos.
         A menina abraça a mãe, contente, beija-a e diz-lhe:
- Óh! Obrigada, Mamã…obrigada, obrigada, obrigada…és a melhor mamã do mundo…! Adoramos-te…!
         Trocam sorrisos e carinhos. A mãe vai apanhar uma flor de luz para cada filha e coloca nos respectivos quartos. A partir desse dia, uma luzinha passa a viver dentro de cada uma dessas flores, e às vezes a flor parecia um verdadeiro candeeiro, quando se fechava. Com estas luzinhas no seu quarto, as meninas nunca mais tiveram medo do escuro. O pai era contra isto, mas a mãe não lhe dava troco, e ela própria tinha uma flor que dava luz, na sua janela e na sua mesinha de cabeceira.
         Quem não gostava de ter umas flores que dessem luz?!

FIM
Lálá
18/Abril/2012  


        

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