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segunda-feira, 23 de julho de 2012

A surpresa da bailarininha Sofia





Era uma vez uma menina pequenina que se chamava Sofia. Era linda, simpática, doce, meiga, educada, elegante, que adorava dançar e tinha muito jeito.
Sofia vivia com a Mãe, que sempre a elogiou e incentivou. Em tudo o que a menina fazia, a Mãe encontrava sempre algum aspecto positivo para referir. Recompensava sempre com sorrisos ou beijos, e palavras meigas, mesmo quando as coisas não estavam na perfeição total, a Mãe dava valor, ao contrário do pai que só criticava o que ela fazia, e ralhava. Nunca estava orgulhoso da filha, nem valorizava o que ela fazia. Foi por isto que os seus pais se separaram há muito tempo.
A menina vivia feliz com a Mãe.
Certo dia foram ver um espectáculo de balé de uma prima da idade da Sofia. A sala estava cheia de familiares entusiasmados, orgulhosos dos pequenos, e com sorrisos abertos.
Mãe e filha sentam-se, na primeira fila. A professora Jú dá as boas vindas a todas as pessoas, e anuncia que o espectáculo vai começar. Faz-se silêncio. Abrem-se as cortinas…começa a música…acendem-se luzes diferentes, e os meninos vão entrando, dançando graciosamente, tão bem e tão bonito que todos ficam deliciados, com os olhos brilhantes e sorridentes.
Sofia parece que está hipnotizada, e de repente, levanta-se…e começa a dançar como as crianças do palco, de um lado para o outro, a rodopiar, em biquinhos de pés, e repete as coreografias. A mãe nem quer acreditar no que os seus olhos estão a ver.
Os olhos da professora que estavam pregados no palco, ao ver Sofia a passar por ela e a dançar tão bem, volta a sua atenção para a menina. A professora está totalmente rendida aos encantos da pequenita Sofia. Jú vai ter com ela e fala baixinho:
JÚ – Querida…vai para o palco dançar!

SOFIA (baixinho) – Eu…? Para o palco? Para a beira dos meninos…? Mas…eu não sei dançar.

JÚ – Sabes, sim…estás é com vergonha não é? (p.c, Sofia sorri) Mas não tens de ter vergonha…estás a dançar tão bem!

SOFIA – Eu sou prima da Márcia, não ando no balé…só vim ver a minha prima!

JÚ – Onde está a tua mamã?

SOFIA – Aqui…

JÚ – Então, no fim dos meninos dançarem, diz à tua mamã que eu quero falar com ela, está bem?

SOFIA (sorri) – Está bem!

        A menina continua a dançar maravilhosamente bem, como os meninos.
A música acaba, todos batem palmas de pé, encantados. A professora Jú lembra-se que falta uma menina no grupo a seguir. Ela vai ter com a mãe e diz para a acompanhar atrás do palco. Há um grupo que faz animação no intervalo, enquanto preparam a dança seguinte.
        Atrás do palco, Jú apresenta-se e faz um pedido à mãe de Sofia:

JÚ – Olhe…eu tive oportunidade de apreciar a sua filha...que delicia vê-la dançar…ela faz parte de algum grupo?

MÃE – Não! Mas eu também fiquei muito surpresa…eu sabia, e sei que ela gosta muito de dançar, mas nunca a tinha visto a dançar balé.

JÚ (sorridente) – Ela é maravilhosa. Não se importa que ela participe no número a seguir…? É que falta uma menina.

MÃE – Mas…ela nunca teve aulas, acho que sabe dançar só por ver…

JÚ (sorri) – Sim. Mas por favor, deixe-a participar. Ela merece esta oportunidade…!

MÃE – Mas…ela não conhece os passos, nem as danças…não acha arriscado?

JÚ (sorri) - É uma menina muito especial, eu sinto que ela se vai sair muito bem…confie em mim, e pode confiar na sua filha também.

MÃE (sorri) – Bem, eu…por mim…ela pode participar, mas não sei se quer…se ela quiser participar, quem sou eu para a impedir. (p.c) Ela está feliz. (p.c) Mas acha que ela não vai estragar o espectáculo?

JÚ (sorri) – Tenho a certeza que não vai estragar nada! Vai ser um sucesso, acredite…eu não a conheço, mas sei que ela tem muito talento e vai correr tudo bem. (chama Sofia) Querida princesinha…!

MÃE (sorri) – Sofia…

        A menina vai ter com elas.

JÚ (sorridente) – Olá fofinha, olha…tu gostas de dançar?

SOFIA (sorri) – Sim, adoro dançar.

JÚ (sorridente) – E de balé, como a Márcia? Isto que dançaste há bocadinho tão bem?

SOFIA (sorridente) – Sim, adoro. Mas não sei dançar como a minha prima.

JÚ (sorridente) – Queres dançar com estes meninos?

SOFIA (sorridente) – Quero…mas…agora?

JÚ (sorridente) – Sim. Vestida como eles.

SOFIA – Mas…eu não tenho estas roupas.

JÚ (sorridente) – Eu tenho para ti.

SOFIA – Mas…eu acho que não sei dançar isto.

JÚ (sorridente) – Claro que sabes dançar princesinha…vamos vestir então?

SOFIA (sorri) – Deixas, Mamã?

MÃE (sorridente) – Sim, filha, vai!

JÚ (sorridente) – Até já, Mãe.


MÃE (sorri) – Quer ajuda?

JÚ (sorri) – Não, muito obrigada. (p.c) Nós já aparecemos. (p.c) Vai ver que não se vai arrepender.

MÃE (sorri) – Está bem…até já.

        A Mãe volta para a plateia. Ela está nervosa e preocupada, mas ao mesmo tempo acredita que a filha se vai sair muito bem. Jú veste a menina e maquilha-a. Todos os meninos põe-se de volta da Sofia, incluindo a prima que está feliz. Jú está orgulhosa de todos os meninos. Sofia sente-se um pouco perdida. Jú recomenda:

JÚ (sorridente) – Olha linda, só tens que dançar, como estavas a fazer há bocadinho lá em baixo, está bem?

PRIMA (contente) – Vais dançar connosco?

SOFIA (sorridente) – Sim!

PRIMA (contente) – Boa!

JÚ (sorridente) – Vocês estão todos lindos…e são excelentes bailarinas e bailarinos…vai correr tudo bem….tenho muito orgulho em vocês, meus amores. (p.c) Vamos…vamos…

PRIMA (baixinho) – Olha para nós, e faz o que nós fizermos.

SOFIA (sorri, diz baixinho) – Está bem.

        As primas vão de mãozinha dada. Sofia está muito vaidosa, sorridente e feliz. A professora anuncia o novo espectáculo, a música começa, e a mãe de Sofia vê a filha, sorridente e orgulhosa. Começam todos a dançar lindamente, Sofia segue todos os movimentos e todos os meninos com um grande à-vontade, feliz, parecia que já dançava balé há muito tempo. Todos os meninos integram-na no grupo, e discretamente dão-lhe indicações para ela os seguir. Estão todos maravilhosos, dançam com elegância, e sorridentes, toda a plateia fica encantada. A Mãe da Sofia e a professora, vêem o espectáculo muito orgulhosas, surpresas, com os olhos brilhantes e sorridentes.
A Jú, que está sentada à beira da mãe, murmura:

JÚ – Muitos parabéns pela filha que tem.

MÃE (feliz e orgulhosa) – Muito obrigada.

JÚ (sorridente) – Que bem que ela dança! Parece uma grande profissional. Tão linda… (p.c) Eu sabia que ela ia sair-se muito bem. Que maravilha…! (p.c) Foi delicioso vê-la.

MÃE (sorridente) – Sim, dançou mesmo muito bem. Eu não conhecia esta faceta da minha filha.

JÚ – Por favor, Mãe…deixe-a frequentar aulas de balé. (p.c) Esta boneca tem muito para dar. Vai dar gente com certeza! (p.c) Não a prenda…deixa-a crescer no balé.

MÃE (sorri) – Se ela quiser…quem sou eu para a impedir. Ela está muito feliz e muito vaidosa.

JÚ (sorridente) – Sim, é normal, e é excelente! Até nós as duas estamos vaidosas por ela. Ela é maravilhosa!

MÃE (sorri) – Sim, sem dúvida. Vai ser a professora dela?

JÚ (sorri) – Sim. Por favor…trate-me por «tu» …por Jú.

MÃE (sorri) – Como quiseres…muito obrigada por teres descoberto o talento da minha filhota.

JÚ (sorri) – Era impossível ninguém reparar no talento dela…e era impossível eu deixá-la fugir…na…na..nan…

        As duas sorriem e aplaudem de pé. A música acaba e seguem-se mais algumas músicas. Estão todas orgulhosas de ver dançar. No fim do espectáculo, a Mãe abraça a filha orgulhosa, sorridente, beija-a e diz feliz:

MÃE (sorridente) – Muitos parabéns querida! Dançaste muito bem…estou muito orgulhosa de ti!

JÚ (feliz) – Muito bem, princesinha! Muitos parabéns…viste como sabes dançar?! (p.c) Estou muito orgulhosa de vocês todos, e de ti também! (p.c) Gostaste de dançar?

SOFIA (feliz e sorridente) – Sim, adorei dançar!

JÚ (sorridente) – Queres continuar a dançar aqui connosco?

SOFIA (sorri, feliz e vaidosa) – Sim, quero continuar a dançar. (p.c) Eu posso, Mamã?

MÃE (sorri) – Claro que sim, meu amor!

SOFIA (sorri) – Boa Mamã…! Obrigada! És a melhor…Adoro-te…és a melhor Mamã do Mundo todo.

        Riem, as duas abraçam-se e beijam-se carinhosamente. Os pais dos outros meninos entram nos camarins, dão os parabéns uns aos outros. A partir deste dia, a Sofia que era uma pequenina bailarina, passou a frequentar aulas de balé, sempre muito aplicada, empenhada, dedicada e empenhada, cresceu cada vez mais, aprendeu novos estilos, sempre com muito sucesso, e tornou-se uma grande bailarina, reconhecida, e de quem toda a gente tinha muito orgulho.



FIM.
Lalá
(31/Dezembro/2011)






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