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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

OS PÁSSAROS DA LUZ


Era uma vez uma aldeia completamente gelada, as casas, e tudo o que estava fora delas. A neve era tanta que até congelou os fios de electricidade dentro dos postes de luz e ficou tudo às escuras.
            Enquanto os flocos de neve caiam sem parar, voavam baixinho, várias famílias de pássaros com penas de todas as cores. Precisavam mesmo de se aquecer, e para isso, pensaram que o poste de electricidade seria um bom sítio.
E seria, se não estivesse congelado. Mesmo assim, eles pousaram lá, bem juntinhos, com as penas enganchadas umas nas outras, e os pequeninos debaixo de si, e descansam um pouco.
O calor das suas penas juntas, e da sua amizade, aqueceram os passarinhos, e derreteram o gelo dos fios de electricidade que estavam no poste. Com esse calor, a luz voltou às casas, mas os bondosos passarinhos ficaram congelados durante a noite.
Os habitantes das casas ficam com pena dos passarinhos, e põem-nos à beira da lareira. O calor da lareira derrete a neve dos passarinhos e acordam bem quentinhos.
As pessoas dão-lhes de comer e de beber, para agradecerem o regresso da luz. Depois, todos abrem as portas dos seus jardins interiores, e os passarinhos fazem lindos ninhos, com toda a rapidez e cuidado. Levam nos bicos palhinha seca, tufinhos de ervas e folhas secas. Assentam com as patinhas e instalam-se confortavelmente.
As pessoas gostaram tanto dos passarinhos, ficaram tão felizes com o regresso da luz às suas casas, pelo calor das penas, que deixaram os passarinhos viver felizes e em paz nos seus jardins interiores. Nesses jardins eles podiam entrar e sair quando quisessem. Chamaram-lhes os pássaros da luz.
Os passarinhos sentiam-se tão bem naqueles jardins que todos os dias chilreavam alegremente, cantavam em coro e individualmente, tão bem que os senhores acordavam mais contentes.
A neve parou, e todos foram brincar com os passarinhos que gostaram tanto desse sítio, e de lá não saíram mais.


                                                     FIM 
                                                     Lálá  
                                      (1/Outubro/2014) 

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