Número total de visualizações de páginas

domingo, 12 de outubro de 2014

O BRILHO DO MAR


         Era uma vez umas fadinhas pequeninas que viviam nas rochas de uma praia. Saem de casa com o dia a clarear, algumas ainda cheias de sono e de olhos quase fechados, a bocejar e a espreguiçar-se, outras, já de olhos bem abertos e cheias de energia tinham por hábito tomar uma bela banhoca no mar para acordarem e fazerem a sua higiene matinal.
         A hora do banho era sempre de grande festa. As pequeninas tiravam os pijaminhas, sentavam-se em conchas que flutuavam na água ao sabor das ondas carneirinhas, e muito transparentes. Diziam bom dia umas às outras e boa noite às estrelas que iam dormir.
         Esperavam pelos primeiros raios de sol que apareciam no céu e começava a festa! Já bem acordadas, saltavam para a água, gritavam e fechavam-se nas conchas. A primeira entrada custava sempre muito. Voltavam a sair das conchas e já conseguiam mergulhar, porque a água geralmente estava muito agradável.
         De mãos dadas saltavam dentro da água e mergulhavam felizes, dançavam livremente na água, sozinhas e em roda, conviviam e falavam umas com as outras, davam muitas gargalhadas e saltos, rodopiavam e brincavam, até o sol se tornar mais quente.
         Depois de tanta brincadeira, lavam as suas delicadas peles e enormes cabelos com sabonetes feitos de muitas algas variadas e perfumadas. Penteiam-se com os pentes em forma de estrelas-do-mar e dentes de búzios, e já de manhã, cada uma saía da água, aquecia-se nas conchas, vestia as suas belas roupinhas: vestidos finos, leves e brilhantes.
Juntavam-se todas de mãos dadas em círculo e em silêncio, sobre o mar para receberem a energia, força, calma, paz e frescura do mar, o calor, a energia e a luz do sol, agradeciam, gritavam bom dia e rezavam baixinho.
Rezavam para que o seu dia corresse bem, e para que estivessem atentas para ajudar quem precisasse. Rezavam para ter boa saúde, rezavam pelas famílias delas e das crianças do mundo, pelas próprias crianças e pela paz.
Também nunca se esqueciam de agradecer tudo o que tinham de bom, todas as coisas maravilhosas da natureza. Enquanto rezavam havia pessoas que viam o mar muito brilhante ao longe e não sabiam o que era!
Pensavam que era o sol a bater na água! Bom…era…mas o que tornava o brilho mais forte e mais bonito, era a presença das pequeninas fadinhas aquáticas que recolhiam e desapareciam para os seus trabalhos, noutros sítios.
Agora…meninos e adultos: quando virem o mar a brilhar, lembrem-se que são as belas princesinhas mágicas com asinhas finas, que estão a rezar por todos, e pelo mundo em círculo de mãos dadas por cima da água.
É por isso que gostamos tanto de ver essa imagem, e sentimos a sua força…a luz delas é tão pura e tão boa que quase não conseguimos olhar para ela!
Não se esqueçam de agradecer. Elas gostam de ser vistas, mas são livres é por isso que elas desaparecem.

FIM
Lálá 

 (6/Outubro/2014) 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Muito obrigada pela visita, e leitura! Voltem sempre, e votem na (s) vossa (s) história (s) preferida (s). Boas leituras