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domingo, 10 de agosto de 2014

A CASA DOS BALÕES





            





desenho e pintura de Lara Rocha 


            Era uma vez uma grande vivenda no cimo de uma montanha muito alta, que estava abandonada e muito destruída. Não tinha móveis, e os vidros tinham partido todos. Mesmo assim, como ainda tinha paredes, esta vivenda servia de abrigo a muitos balões que fugiam das mãos das crianças nas cidades mais próximas.
            As crianças ficavam a chorar, porque o balão ia pelos ares, mas, a casa ganhava todos os dias, novos habitantes! Já lá estavam muitos balões, uns pequeninos, outros grandes, uns às cores, outros de uma cor só, e outros com bonecos e formas. Todos eram amigos, os que já lá estavam sabiam receber bem os novos que chegavam. Faziam muitas festas dentro da casa, e brincavam e dançavam juntos.
            Na montanha, já se sabe que o tempo é muito instável…umas vezes um frio que parece que atravessa a pele, outras vezes um gelo de neve, outras vezes sol e calor…nevoeiro…e de tudo um pouco.
            Quando estava frio, os balões juntavam-se muito, debaixo dos telhados, protegidos por grandes folhas de eras e aqueciam-se como podiam. Talvez o calor da sua amizade e do carinho aquecessem tanto ou mais como os aquecedores ou lareiras.
            Um dia formou-se uma terrível tempestade, como nunca antes vista, com ventos ciclónicos, que levavam tudo pelo ar, chuva torrencial, trovões assustadores. Os balões estavam muito assustados, juntaram-se o mais que puderam, e entrelaçaram os fios uns nos outros, para se segurarem.
            Às vezes parecia que o vento era mais forte que eles, mas todos lutavam e faziam muita força para não voarem. Quando um parecia voar, todos se agarravam ainda mais. Com esta tempestade, algumas das paredes da casa ficaram destruídas, mas felizmente, a parte onde estavam os balões aguentou e eles também.
            Depois da tempestade passar, todos festejaram felizes por terem resistido e por estarem todos juntos. E o que sobrou da casa, continuou a ser a casa dos balões onde todos os que voavam das mãos das crianças se abrigavam.
            Os balões começaram a ser tantos, que se conseguiam ver da cidade, quando eles saiam da casa, e davam os seus passeios. Mas entre eles, nunca deixou de haver amizade e união!
FIM

Lálá (4/Agosto/2014)

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