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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

O SININHO DE PRATA E O SININHO DE OURO


   
         Era uma vez uma aldeia onde todos eram muito pobres. As casas: umas eram de pedra, outras de palha, outras de tijolo. As famílias tinham muitos filhos, e dormiam no chão, em cima de roupas e cobertores que algumas pessoas generosas da cidade davam.
         Tinham água, e luz, mas acima de tudo, não faltava amor, carinho e respeito. Nunca exigiam nada, e agradeciam tudo o que tinha: era muito pouco, mas tinham e era valioso para eles.
Numa noite gelada, no mês de Dezembro, umas crianças receberam a visita de um duende do pai natal. Eles não acreditavam no que estavam a ver. Enquanto o duende falou com elas, os outros duendes foram visitar a terra e as casas, em forma de luzinhas.
Ficaram tão tristes, com tanta pobreza, que não seguram as lágrimas, e puseram logo pés ao caminho. Foram falar com o Pai Natal e contaram-lhe tudo o que viram. O próprio Pai Natal ficou emocionado e triste. Chegou o outro duende também complemente destroçado e contou a conversa que tinha tido com os meninos.
Então, o bondoso barrigudinho limpou as lágrimas e teve uma ideia. Pegou num sininho de prata, rendilhado, e outro sininho de ouro, deu-lhes uma série de instruções e os dois sininhos foram a essa aldeia.
Quando lá chegaram…o sininho de prata sacudiu-se e encheu todo o espaço de neve. Plantou um pinheiro grande, cheio de lindos enfeites, muitas luzes a piscar de todas as cores. Os dois sininhos dançaram, brincaram e deram cambalhotas, juntos, e o que era uma aldeia escura, ficou cheia de luz, e cor por todo o lado, com os candeeiros que espalharam.
Os dois sininhos em conjunto reconstruíram as casas, tornando-as uns verdadeiros palacetes, com todo o conforto, mobiliário como camas, cadeiras, mesas, prateleiras, roupas e tudo o que fazia falta. Até lareira.
Encheram os frigoríficos de comida e bebida, puseram animais num curral, legumes e frutas nas hortas, flores diferentes, e muitas outras coisas. Os sininhos deixaram tudo maravilhoso.
Na manhã seguinte…que grande surpresa! Todos acordaram num espaço completamente diferente daquele onde viviam, mas continuam a viver como antes…numa grande paz, e união. Agora muito mais felizes.
Nunca souberam que foram os sininhos que fizeram essa transformação, porque eles não gostam de se mostrar…gostam de fazer o bem, e ficar no seu canto…só por fazerem o bem já ficam felizes.
         Mas nós também podemos ser um sininho de prata ou de ouro para alguém, dando alguma coisa, nem que seja…um abraço, um sorriso, uma mão amiga…algo que já não precisamos, mas muita gente ainda precisa.

FIM
Lara Rocha 
(21/Novembro/2014)


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