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sábado, 18 de novembro de 2023

O pesadelo com a cascata que não tinha água



   Era uma vez uma cascata perdida num vale, onde não vivia ninguém, mas era muito visitada para ver a sua beleza de paisagem! 
     Ficava próximo da cidade, e muitas pessoas deslocavam-se para lá todos os dias, a pé, para fazer exercício físico, para apreciar a paisagem, respirar ar puro, descansar, e relaxar. 

    Tudo à volta era muito verde, com montanhas gigantescas cheias de neve, que não derretia, neblinas, ventos fortes, pareciam que iam engolir o mundo inteiro.  Chuva e sol. 

    Viam-se crateras de vulcões que despertavam sem ninguém estar à espera, jatos de lava a explodir e a saltar das fendas, umas vezes a escorrer pela montanha abaixo, mas estava longe, não havia perigo. 

    Existia um museu que se podia visitar para conhecer os usos e costumes dos habitantes que viveram há muitos, muitos anos. 

    Ouviam-se lobos a uivar ao longe que vinham ter com as pessoas, estas davam-lhes de comer, e eles regressavam às suas tocas, depois de levar uma dose de mimos dos visitantes. 

    Para agradecer, os lobos rebolavam, punham-se de barriga para cima, para receber mais mimos, e lambiam as mãos de quem os alimentava, e acariciava. 

      Faziam as delícias dos visitantes, ninguém tinha medo deles. Depois de satisfeitos seguiam o seu caminho. 

    Além de toda esta beleza, havia uma cascata seca, sem água, mas sobre ela voavam milhares de borboletas, de todas as cores e tamanhos, felizes. 

    Juntas, faziam o efeito de água a cair., que era o desejo de todos os visitantes, até o tinham escrito. Tão bonito de ver! Eram fotografadas centenas de vezes, por milhares de pessoas. 

    Um dia, sem que ninguém estivesse à espera, em vez de borboletas, apareceu misteriosamente água na cascata, que caía com tanta força, fazia tanto barulho que mais parecia uma tromba de água no Inverno. 

    De onde teria vindo? Perguntavam todas as pessoas. Aquela água parecia pura, transparente, fumegava. quando puseram a mão, era quente. 

- Já sei. Esta água veio debaixo das montanhas. Do lado dos vulcões! - disse um investigador 

- Corremos perigo! - disse uma visitante alarmada

- Sim, é melhor não entrarem nessa água, para já. Alguma coisa pode estar a acontecer debaixo da terra naquele sítio. - disse o investigador 

- Realmente, é estranho como é que ainda ontem estava seca, só com as borboletas, e hoje não se veem borboletas nem pássaros. - repara um visitante 

- Boa dica! pois é! é mais um sinal preocupante, mas claro, como a água é quente…! - diz o investigador 

- Os lobos pareciam já estar a pressentir qualquer coisa! - diz outra senhora 

- Porquê? - pergunta o investigador 

- Porque estavam inquietos, à nossa volta, uivavam, davam com as patas nas nossa pernas. - conta um senhor 

    De repente, todos sentem um violento tremor de terra. começam todos aos gritos, a tentar fugir, o investigador chama reforços e tenta acalmar-se mas todos estão assustados. 

    Pouco depois, sentiram mais abalos, e todos gritaram, chegaram os reforços que o investigador chamou. 

- Vamos embora daqui. O ar está horrível. - alerta um profissional da proteção civil 

    Começam todos a fugir, assustados, uns a chorar, outros a correr sem olhar para trás, o mais rápido que podiam, e depois foram investigar. 

    A cidade estava um caos, todos ansiosos por chegar a casa, ver se estava tudo bem com as suas casas, e respiraram de alívio quando viram tudo na rua, muito assustados, a gritar, a chorar, abraçados uns aos outros, alguns estragos nas casas. 

    Abraçaram-se no reencontro, e falaram do que tinham visto na montanha. A água misteriosa da cascata vinha mesmo de várias fendas que se abriram na terra à volta da cascata. 

    Era um estrago de um vulcão que tinha entrado em erupção. O fumo via-se da cidade, o cheiro era horrível, e a lava bem incandescente, a saltar com jatos assustadores. 

    Uma menina que estudava no ciclo, acorda aos gritos, muito assustada, e vai a correr para a cama dos pais. 

- O que foi, rapariga? - pergunta o pai assustado 

- Socorro! Não sentiram? - pergunta ela quase a gritar e a tremer

- Não sentimos o quê? - pergunta a mãe

- O terramoto! - diz a rapariga muito assustada e ofegante 

- Qual terramoto? - perguntam os pais 

- A cascata das borboletas, que não tinha água, de repente ficou com água que caía com tanta força que mais parecia uma tromba de água no inverno. E os investigadores disseram que foram estragos de um vulcão em erupção na montanha, abriu umas fendas `<a volta da cascata e a água era quente. Até se deve ver daqui...está tudo na rua! 

    Os pais desatam às gargalhadas. 

- Tiveste um pesadelo! - diz a mãe ainda a rir 

- Foi real! - Insiste a rapariga 

- Abre a janela e vê. 

    Ela abriu a persiana e a janela do quarto dos pais, estava tudo silencioso, não se via uma única pessoa na rua, nem se ouvia barulho. 

    Olhou para o monte, e estava tudo calmo, não se via sinais de vulcões, nem lavas, nem fumos, muito menos lobos a uivar. 

    Estava tudo normal, tudo calmo. Voltou a fechar a persiana 

- Vês? Foi um pesadelo, como estás a estudar isso na escola, tens medo, todos temos, acabaste por sonhar com isso. - diz a mãe 

- Acham que foi mesmo um pesadelo? 

- Foi. - dizem os dois 

- Vai dormir descansada! - diz o pai 

- A fonte está no sítio dela, amanhã vamos lá ver, de certeza que continua sem água, só com as borboletas. Os montes com vulcões estão muito longe do nosso, se houver terramotos, estamos em segurança. 

    A rapariga suspira de alívio. 

- Acho que não vou conseguir dormir outra vez. Tenho o coração aos saltos, parecia um filme de terror, verdadeiro! Que medo! 

- Ficaste com medo, do que tens falado na escola, sobre vulcões e terramotos, não foi? - pergunta a mãe 

- Acho que foi! - diz a rapariga ainda aflita 

- Essas coisas acontecem, não são para meter medo, são para saberes que existem, e que não estamos livres que aconteça. São reais, como há pequeninos tremores de terra todos os dias, aqui em Portugal, nem os sentimos. Noutros países acontecem de vez em quando, aqueles mais fortes, mas não precisas de pensar que isso vai acontecer! Não sabemos. Não podemos prever, mas se houver perigo, somos avisados. - explica o pai 

- Vai dormir descansada. Deita-te, e pensa na cascata das borboletas ou noutras coisas bonitas. - sugere a mãe 

- Vou tentar. Desculpem acordar-vos! boa noite! - diz a rapariga

- Não faz mal. boa noite! - dizem os pais 

    A rapariga volta a deitar-se, e faz o que os pais lhe disseram, pensa na beleza da cascata das borboletas que pareciam água. 

- Que nojo de pesadelo! Para que é que eu estive a estudar sobre sismos...e vulcões, tremores de terra, lava, montanhas, águas sulfúricas. Acho que sim, tenho medo disso. E os meus pais também. Dormir para ter pesadelos...francamente! Ainda estou a tremer, e o meu coração acho que vai saltar pela boca. Esta parte da matéria não devia ser dada. Será que os meus colegas e amigos também têm medo e pesadelos? - murmura consigo mesma chateada 

    pensa na paisagem. Esfrega-se na cama para ter a certeza que estava em segurança, cobre-se, ainda a tremer.

    Lembra-se de outras coisas bonitas, e adormece. no dia seguinte, os pais levam-na à montanha e veem que cascata das borboletas estava mesmo sem água, só com as lindas e gigantes borboletas, pássaros a voar, os lobos que foram cumprimentá-los e receber mimos, e comida que os pais tinham levado para eles.

    Ela pergunta aos amigos, e colegas se já tiveram pesadelos com essa parte da matéria, e eles disseram que sim. 

    Partilharam com a professora, e esta transmite-lhes uma mensagem de segurança, parecida com a que os pais da rapariga passaram. 

    e disse que também teve pesadelos quando estudou essa parte, mas esses pesadelos ajudaram-na a memorizar a matéria, que é normal. 

    Respiraram de alívio e sorriram, cada um contou pesadelos que teve. Todos riram uns dos outros, porque todos os pesadelos eram um exagero, mas mostravam o medo que sentiam desses fenómenos.  

    Utiliza vídeos explicativos, incentiva os alunos a pesquisaram onde quisessem, e mostra imagens incríveis que eles nunca pensaram ver. 

    Depois, ensina o que fazer quando acontece um tremor de terra violento, ou um terramoto.  


                                                  FIM 

                                            Lara Rocha 

                                            18/11/2023 


E vocês já sonharam ou tiveram pesadelos com partes de matérias como estas, que estudaram na escola? 

Qual ou quais foram os mais terríveis? 

Como acordaram? 

Voltaram a dormir? 

Imaginem um pesadelo sobre este tema, ou com outros de que sentem medo. 

Podem deixar nos comentários. 

Há pesadelos que não nos deixam voltar a dormir nessas noites.     


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