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quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Envelhecemos! - monólogo sobre envelhecimento ativo

 


Somos um corpo desde que nascemos, perfeito, com os seus defeitos,

maravilhosamente construído no encontro, no amor ou na ocasião.

Todo o nosso corpo é música, em que idade? Enquanto bebés?

Qual idade? Desde que somos concebidos. Não, não somos corpos 

perfeitos, só em bebés. Somos instrumentos musicais! A nosso boca é um 

trombone, quando dizemos coisas desagradáveis, magoamos alguém

com palavras que nos saem sem querer, quando gritamos, discutimos,

quando nos irritamos. Umas vezes somos trompetes, saxofones,

conforme a intensidade do que dizemos. Outras vezes…somos flautas,

clarinetes, violinos, violoncelos, ferrinhos, sininhos, quando dizemos 

coisas mais agradáveis, quando somos doces, meigos, simpáticos,

quando elogiamos, dizemos sentimentos bonitos, encantamos com 

palavras. O nosso coração, umas vezes é um tambor, outras vezes uma 

orquestra de tambores ao despique quando bate mais forte, de paixão, de 

alegria, nervos, emoção, medo, desejo, ou impaciência. Qual idade? Em 

qualquer idade, desde que nascemos. Outras vezes, o coração é um piano,

com vários tons, quando está sereno. Todos os nossos sentidos, têm a sua 

música própria. Em qualquer idade! Todos os nossos sentimentos, são 

música, e são instrumentos musicais, que tocam, em todo o corpo, e nos 

outros. Somos sonhos, esperanças, forças e fraquezas.  Fraquezas, que 

desagradável...mas envelhecemos! Envelhecemos...Sim, todos! Mais cedo 

ou mais tarde. Desde o dia em que nascemos. Mas nem por isso deixamos 

de ser, e de envelhecer. Que bom! É sinal que somos e vivemos, desde que 

nascemos: amizades, namoricos, festas, doenças, medos, risos, lágrimas, 

dores, alegrias, tristezas, aventuras, brincadeiras, coisas sérias.

Mas como somos principalmente pessoas, vamos mudando em tudo!

As rugas assustam, porquê? Envergonham, porquê? Estas devem ser 

aceites, acolhidas, motivo de felicidade, orgulho, experiência e sabedoria,

batalhas enfrentadas, vitórias, derrotas, conquistas, ilusões, desilusões,

amores correspondidos, e não correspondidos. Porque se escondem as 

rugas? Para quê? O espírito não tem idade, nem rugas, nem fim...Por isso, 

envelhecemos só por fora. Envelhecemos...Quando reparamos demasiado 

nas rugas, em vez de repararmos no que há de bonito à nossa volta, no que 

podemos e queremos dar, fazer, aprender. Ainda há tanto para fazer... 

Ainda há tanto para ensinar e aprender...Tanto amor e carinho para 

espalhar...Deixem as rugas em paz...Até o sorriso com rugas, é especial 

para quem o vê, e ainda mais para quem o expressa...Dá luz, se vier do 

coração, da serenidade, da felicidade pela maravilha que é estar vivo,

com mais ou menos limitações! Envelhecer é aproveitar o que temos,

quem somos e quem temos. Envelhecemos quando deixamos de nos rir,

deixamos de nos divertir, deixamos de brincar com, e como as crianças...

Envelhecemos quando deixamos de tentar, envelhecemos quando 

deixamos de conviver. Envelhecemos quando deixamos de apreciar a 

natureza e em vez disso, pensamos na solidão...Envelhecemos, quando 

sentimos demasiado os números, envelhecemos quando nos entregamos à 

tristeza, e ao pensamento de que não servimos para nada, ou que é o fim.

Grande mentira...Se tivermos vontade e alegria de viver...Se o espírito for 

eternamente jovem, não são as rugas, ou os passos mais lentos, nem as 

dores...Que nos impedirão de sermos livres, e eternamente crianças!

Envelhecer é um prémio. Aproveitem-no, mesmo com rugas. Deixem as 

rugas em paz, e sejam mas é felizes. Porque a felicidade não tem rugas

e faz bem à saúde, mais do que mil comprimidos.


Lara Rocha

desenhos – Lara Rocha  

monólogo sobre envelhecimento ativo; positividade; valorização do corpo mesmo com rugas,



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