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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

No campo da Lua




 foto de Lara Rocha 

         Era uma vez uma menina que foi passear até à Lua. Na Lua, encontrou-se com as estrelas que a levaram até um sítio nunca antes descoberto. Nesse sítio que era enorme…parecia vários campos de futebol juntos, o chão era feito de pedaços de rocha de vulcões adormecidos há muitos milhões de anos, por isso, eram de cor escura.
Espalhadas por todo o lado, estavam umas grutas, e rochas de vulcão com crateras onde repousavam unicórnios pequeninos, póneis, cavalos e outros animais que não existem na terra. Alguns animais eram muito estranhos, mas todos mereciam ser vistos e acarinhados. Eram meigos.
A menina brinca com uma espécie de animal, que parecia um cão, mas tinha rabo de porco, e pelo branco, olhos de lobo, orelhas de coelho e focinho de gato, com uns cornos. Apesar de ser…não muito bonito, era simpático e muito educado, brincalhão e saltitão, traquina.
Logo aparece outro muito ciumento, que tinha corpo de vaca, patas de pato, pelo de ovelha e orelhas de cão, que a levou a conhecer as suas crias…parecidas com dálmatas.
Pelo caminho cruza-se com unicórnios grandes e cavalos altos, de pelo brilhante, patas elegantes…lindos! Montou numa linda unicórnio, azul, e cavalgaram para um jardim cheio de flores lindas, umas grandes, outras pequenas, umas estavam com as pétalas abertas, outras tinham as pétalas fechadas.
Porque estavam elas fechadas? A unicórnio respondeu à menina que umas estavam fechadas porque estavam a dormir, outras estavam fechadas porque eram envergonhadas, outras, porque guardavam segredos e tristezas, desabafos das pessoas da terra, e outras para proteger borboletas.
Ainda encontrou flores que voavam em cima de pipocas. Quer dizer…para a menina eram pipocas, mas na verdade, eram os carros das flores, feitos de estrelas que se desfizeram há muito tempo. Outras flores, voavam pelo espaço sem pressa, sem rumo, só para…descansar, meditar, e relaxar, porque eram flores reformadas., algumas já velhinhas, e outras quase sem cor.
Além das flores, e dos animais estranhos que viviam lá, também havia umas lindas casas, feitas de estilhaços de planetas que explodiam, pedaços de estrelas e pedras da lua. Nessas casas viviam umas fadas, centenas delas, e duendes, elfos, bruxas e até feiticeiros que tinham ficado desempregados na terra.
Depois, a menina dá um mergulho com as fadas num lago com água cor-de-rosa, quente. Todas saltitaram e brincaram na água, com golfinhos que faziam habilidades.
Foi-se secar à praia de areia branca, com sol, e uma temperatura muito agradável. Refrescou-se à sombra de uns anéis de metades de planetas, que de vez em quando soltavam pequenos salpicos de água morna para a menina, que bem que sabia. Um belo sereio serve-lhe uma água com limão. Huummm…que fresco…que bom que estava.
De repente…o céu fica escuro, e forma-se uma violenta tempestade. A menina regressa à Terra e grita.
- O que foi, filha? – Pergunta a mãe da menina.
- O que foi isto?
- Está a começar uma tempestade lá fora…!
- Mas…eu não estou na Lua?
- Na Lua? Não…estás na terra, na tua casa!
- Óhhh…eu não saí daqui?
- Não…onde querias ir?
- Eu ainda agora estava lá em cima...a apanhar sol, mas de repente…o céu ficou muito escuro, e formou-se uma tempestade.
- Lá em cima, onde?
- Na praia da Lua.
- Onde é isso?
- É no Universo…lá em cima, onde moram as estrelas, e a Lua.
- Áh! (sorri) Já percebi. Estavas a sonhar!
- Estava a sonhar?
- Sim. Tu adormeceste.
- Óh…mas…eu até andei numa unicórnio azul… (a menina descreve tudo à mãe) Óh. Foi só um sonho?
- Sim, claro, filha…foi só um sonho! Mas foi um sonho muito bonito! A tempestade é que te fez acordar.
- Pois foi! Óóóhhh…parecia tão real. Eu gostava muito que tivesse sido real.
Não faltava nada, naquele cantinho do Universo…havia piscinas, campos de animais e de cultivo, jardins, igrejas, escolas, consultórios e hospitais, restaurantes, supermercados, lojas, centros comerciais…tudo! Mas que grande agitação…parecia quase uma grande cidade do planeta terra, cheias de trânsito, em hora de ponta, a todo o minuto. Ou…um batalhão de formigas que procuravam alimento desesperadas. A única diferença é que aqui não havia buzinas de carros, nem maus cheiros, nem fumos, nem gritaria. Não havia Guerra, porque todos os seus habitantes sorriam uns aos outros, quando se cruzavam, abraçavam-se e beijavam-se, davam apertos de mãos e diziam bom dia! E tudo não passou de um sonho!       

                                                                                        FIM
                            Lálá
                    (18/Dezembro/2013)

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