Número total de visualizações de páginas

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

A PRAIA DA PRINCESA LUA

foto de Lara Rocha 


NARRADORA - Era uma vez uma praia deserta, pequena, que pertencia ao terreno de um pequeno castelo. O mar era muito transparente e sereno, e tudo pertencia a uma família de reis, rainhas, príncipes e princesas. A praia era maravilhosa, e por isso, também muito visitada pelas pessoas. Toda a gente gostava de ir lá passear, tirar fotografias, meditar e apanhar um pouco de sol, e de mar. Numa bela tarde, uns jovens pescadores decidiram ir pescar para essa praia. A princesa Lua, que estava a brincar na areia assustou-se quando ouviu um barulho de motores, pois nunca tinha visto nada daquilo por ali. Estava habituada ao sossego.
PRINCESA LUA (aos gritos) – Ááááááááhhhhhh….Socorro…! (corre para o seu pai) Papá…que barulho é este?
REI – Qual barulho?
PRINCESA LUA (assustada) – Este…ouve.
(O Rei vê o barco)
REI – É um barco.
PRINCESA LUA – Um barco? (p.c) Mas ele não pode andar aqui.
REI – Não devia, mas pode, filha.
PRINCESA LUA – Nem pensar. Eles vão poluir a água.
REI – Não…se for só desta vez não faz mal.
PRINCESA LUA (zangada) – Mas não pode ser, nem só desta vez…nem de vez mais nenhuma. (p.c) Vou mandá-los embora.
REI – Não vais nada. Ficas aqui quietinha.
NARRADORA - A princesa obedece, mas fica amuada. Os jovens pescadores saem, e ela murmura muito zangada:
PRINCESA LUA – Se aqueles voltam…eu…viro-lhes o barco. Não tem nada que vir para aqui poluir a praia. Querem poluir vão para outra praia.
NARRADORA – Os pescadores foram embora, e a Princesa Lua voltou a brincar descansada e alegre. Mas nesse mesmo dia, à noite, um grande grupo de jovens decidiu fazer uma enorme festa na praia. Levaram música, comidas, bebidas, e divertiram-se como se não houvesse amanhã. A Princesa Lua, ouviu barulho da música, mas não ligou, e conseguiu dormir na mesma, pois a música estava longe. Até aqui, não há problema, mas o pior…foi quando…aos primeiros raios de sol, eles foram embora…mas deixaram a praia e o mar uma porcaria. Papéis por todo o lado, sacos de plástico com restos de comida, copos de plástico partidos, e com restos de bebidas, guardanapos imundos, ossos de carne espalhados pela areia toda, garrafas partidas encostadas aos troncos das árvores, cigarros queimados na areia, comida por todo o lado…metia nojo! É o que vocês vêem nas praias no Verão não é…? Uma porcaria. Quando a princesa Lua acordou e foi à janela, ver a paisagem como fazia sempre, nem queria acreditar no que estava a ver. Desata aos gritos, completamente fora dela, de tão zangada.
PRINCESA LUA (histérica) – Ááááááááhhhhhh… (p.c) Mas o que é isto…? (p.c) Não acredito…! (p.c) Isto é um pesadelo não é…? (p.c) Eu…não estou a ver isto, pois não…? (p.c) O que é que aconteceu aqui…?
NARRADORA - Desata a correr pelo castelo fora, vai dizer aos reis e a todos, e todos vão ver de perto o que aconteceu naquela praia. Todos ficam em estado de choque.
RAINHA (enojada) – Ai…acho que estou mal disposta.
PRINCESA LUA (a chorar) – Ááááááhhhh…mamã…papá…e toda a família…e agora…? O que fizeram à nossa praia.
REI – Houve uma festa, mas esqueceram-se de limpar.
PRINCESA LUA (a chorar) – E agooooorrraaaa…?
REI (zangado) – Pára de chorar, rapariga…!
RAINHA – Óh homem, ela tem razões para estar assim, eu também me apetece fazer o mesmo…mas o nojo é maior que a minha vontade de chorar.
REI (indignado) – Que duas.
PRINCESA FLOR – Agora temos de limpar esta porcaria toda.
TROVADOR – Peço desculpa…os respectivos…porcos…com todo o respeito por esses animais…é que deveriam limpar.
EMPREGADA – Pois claro. Os porcos…com todo o respeito…animais…são mais limpos do que esses…de duas pernas e m… (interrompem, todos olham para ela na expectativa)
TROVADOR – Então…menos…estão aqui crianças.
EMPREGADA (ralha) – Eu não ia dizer nada de mais…! Sua mente poluída…! Só ia dizer que… esses porcos têm duas pernas, e m… m… muita porcaria na cabeça.
TODOS – Ááááhhh…!
(Empregada ri maliciosa, com ar de inocente)
REI – Bem, deixem-se lá de conversas, e vamos limpar isto.
MULHERES (resmungam) – Não faltava mais nada.
PRINCESA LUA (zangada) – Eu vou atrás daqueles malditos porcos, e eles é que vão limpar.
TROVADOR – Menina, não sabes quem foram.
PRINCESA GIRASSOL – Eles devem voltar.
PRINCESA LUA – Eu vou encontrá-los, nem que seja na China.
PRINCESA FLOR – Nós vamos apanhá-los…mana, tenho a certeza.
RAINHA – Claro. As meninas têm razão.
REI – Mete-se-vos cada uma na cabeça…vocês acham mesmo que eles vão voltar?
MULHERES – Sim.
NARRADORA – Todos falam uns com os outros, e nesse dia esperam que alguém apareça. Realmente, aparecem mesmo, mas infelizmente para sujar ainda mais a praia. Fazem outra festa. Mas desta vez, a menina estava atenta, e quando vê outra invasão, fica tão nervosa, tão zangada, que vai falar com a sua amiga feiticeira.
(Bate à porta do quarto da torre do castelo)
LANTERNINHA – Sim…
PRINCESA LUA – Olá, sou eu…a Lua…posso entrar?
LANTERNINHA – Sim, entra.
(A Lua abre a porta, e entra)
LANTERNINHA (sorri) – Olá.
PRINCESA LUA – Acordei-te?
LANTERNINHA – Não, eu não estava a dormir.
PRINCESA LUA – Então, o que estavas a fazer?
LANTERNINHA – Estava a ler.
PRINCESA LUA – Desculpa, interrompi-te…
LANTERNINHA – Não faz mal. Diz…
PRINCESA LUA – Preciso muito da tua ajuda.
LANTERNINHA – Para…?
PRINCESA LUA – Quero que me dês poderes, para castigar uns porcos, que estão a poluir a praia toda.
LANTERNINHA – Porcos…? O que posso fazer com…porcos…?
PRINCESA LUA – Não são porcos…aqueles animais.
LANTERNINHA – Então?
PRINCESA LUA – São pessoas…que estão a poluir a praia toda. (p.c) Eu quero que me dês poderes para os apanhar, e obrigá-los a limpar.
LANTERNINHA – Mas…o que é que aconteceu?
PRINCESA LUA – Não viste?
LANTERNINHA – O quê?
PRINCESA LUA – A praia toda suja.
LANTERNINHA – Não…!
PRINCESA LUA (intrigada) – Como não viste…?
LANTERNINHA – Hoje não sai. (p.c) Mas…o que poderei fazer…?!
PRINCESA LUA – De certeza que vais ter alguma solução.
LANTERNINHA – É para apanhar…agora…?
PRINCESA LUA – Sim.
LANTERNINHA (pensativa) – Então…acho que… (p.c) pode ser… (p.c) Aaahhh…não…isso não… (p.c) Isto…Aaahhh…acho que não funcionaria… (p.c) Naaaa…
PRINCESA LUA – Por favor…pensa rápido…eles não podem sair daqui sem limpar.
LANTERNINHA – Não me interrompas…!
PRINCESA LUA – Pensa rápido.
LANTERNINHA – Cala-te…não me cortes o pensamento.
PRINCESA LUA – Desculpa…
LANTERNINHA – Não sejas impaciente…eu não trabalho sob pressão. (p.c) Não te preocupes…eles não vão sair daqui hoje.
PRINCESA LUA – É que eu quero mesmo dar-lhes uma boa lição.
LANTERNINHA – Sossega. (p.c volta a ficar pensativa) Esta…hummm…não… (p.c) Também não… (pega num livro, fecha os olhos, folheia-o, e abre numa folha. Olha…sorri, saltita) Sim…sim…é esta…! Sim…! (A Princesa Lua estremece, assustada)
PRINCESA LUA – Então…?
LANTERNINHA – Vais ter o poder…de…atirar uns pedregulhos e formar um cerco à volta deles, para que não tenham qualquer hipótese de sair. E se tentarem sair, as pedras dão choquezinhos eléctricos…só quando tudo estiver bem limpo…é que as pedras permitirão sair.
PRINCESA LUA (sorridente) – Que boa ideia…! (p.c) Muito obrigada. Mas…como é que eu consigo estes poderes.
LANTERNINHA – Come este chocolate.
PRINCESA LUA (sorridente) – Huuuummmm…chocolate…?! (p.c) Que bom. (A princesa dá umas trincas no chocolate) Mas…não acontece nada…!
LANTERNINHA – Agora…amassa isto…faz bolinhas
PRINCESA LUA – Mas…eu vou atirar-lhes isto…? (p.c) Isto não vai dar para nada…! Nem vão sentir.
LANTERNINHA – Faz o que eu estou a dizer… não sejas precipitada.
PRINCESA LUA – Está bem… (p.c) Eu acho que tu estás a enganar-me.
LANTERNINHA – Que chata. Faz o que eu estou a dizer e mais nada. (p.c) Que impaciente.
NARRADORA – A Princesa Lua amassa, e faz bolinhas.
LANTERNINHA – Agora…atiras essas bolinhas com toda a tua força e raiva, ali pela janela, assim…de forma a formar um muro à volta da praia onde há lixo, e onde eles estão.
NARRADORA – A Princesa Lua faz tudo o que a Lanterninha diz…atira com força e raiva as bolinhas, depois de comer o chocolate, e de uma forma mágica, as bolinhas transformam-se em pedras enormes quando chegam à areia. E a princesa atira-as de forma a construir um muro alto à volta de todos os sítios onde há lixo. A Princesa desata a rir, e fica maravilhada.
PRINCESA LUA (feliz) – Muito obrigada…!
LANTERNINHA (ri) – Vês, sua desesperadinha…?! (p.c) Valeu a pena ou não, deixares-me pensar…?
PRINCESA LUA (ri) – Sim. Foi uma óptima ideia. (p.c) Muito obrigada…boa noite… (p.c) Desculpa ter-te incomodado.
LANTERNINHA (sorri) – Não faz mal, és sempre bem-vinda, mas tenta ser mais paciente, está bem? (p.c) As coisas para saírem bem-feitas, não podem ser de forma rápida, nem com gente a pressionar, para nos despacharmos, entendes? (p.c) Nem com mau humor, nem contrariados! (p.c) Tudo tem que ser feito com entrega, boa disposição, sem pressões para que tenhamos excelentes ideias.
PRINCESA LUA – Mas é muito chato esperar.
LANTERNINHA – Mas tens de te habituar…! (p.c) Não podemos ter tudo na hora, assim que temos vontade. Às vezes temos de lutar pelas coisas que queremos, e pode demorar. (p.c) Mas se queremos muito isso, devemos esperar, o tempo que for preciso. (p.c) As coisas não fogem. (p.c) E não precisamos de pisar os outros para termos o que queremos.
PRINCESA LUA (sorri) – Entendi. Boa noite.
LANTERNINHA (sorri) – Dorme bem.
NARRADORA – A Princesa Lua vai para o quarto dela feliz. Na manhã seguinte, os jovens que fizeram a festa na praia, deixaram a praia ainda mais poluída do que já estava. Mas…surpresa…não encontraram a saída. A princesa acorda decidida a dar uma lição aos jovens. Senta-se em cima de uma das pedras e aprecia os jovens que mais pareciam baratas tontas à procura da saída.
PRINCESA LUA (murmura) – Ai, que divertido…! Sinto-me enorme!
JOVEM 2 – Esperem aí…mudamos de sítio sem dar conta?
TODOS – Não.
JOVEM 4 – Eu bebi um bocado, mas tenho a certeza que me lembro que este sítio não era assim.
PRINCESA LUA – Realmente…parece qualquer coisa menos uma praia.
JOVEM 6 – Mas o que é isto…?
PRINCESA LUA (a rir) – Eu perguntei o mesmo quando vi estas porcarias que deixaram aqui.
JOVEM 8 – Deixaram…quem?
PRINCESA LUA (a rir) – Fui eu, queres ver?
JOVENS – Não sei.
PRINCESA LUA (levanta-se) – Já viram a esterqueirada que fizeram aqui?
JOVENS – Esterqueirada?
PRINCESA LUA (grita) – Sim, esterqueirada…isto parece uma pocilga.
JOVEM 6 – Eu não estou a ver nenhum porco aqui!
PRINCESA LUA (grita) – Eu estou a ver muitos porcos mesmo à minha frente.
JOVENS – Áááááhhh…!
JOVEM 9 – Essa agora…nós só fizemos uma festa. (p.c) Fazem-se muitas festas nesta praia e noutra praia qualquer.
JOVEM 10 – Sim.
PRINCESA LUA (grita) – Só fizeram uma festa… (p.c) E a minha praia estava assim quando vocês chegaram por acaso?
JOVENS – A tua praia?
PRINCESA LUA – Sim, esta praia é minha!
JOVEM 3 – Desde quando?
PRINCESA LUA – Desde que os meus Avós existiam.
JOVEM 5 – Tu deves ser uma vadia e gostarias que este lugar fosse todo teu.
JOVEM 7 – Onde é que está a placa a dizer que esta praia é tua?
PRINCESA LUA (grita) – Que placa? Tudo isto é meu! Pertence à minha família, àquele castelo.
JOVEM 2 – Vives ali?
PRINCESA LUA – Sim.
JOVEM 4 – Por isso é que tens a mania que és dona disto.
PRINCESA LUA – Eu sou mesmo dona disto.
JOVEM 1 – Estamos fechados.
PRINCESA LUA (grita) – Sim, estão presos. E só vão sair quando limparem esta porcaria toda.
JOVEM 2 – Não faltava mais nada!
PRINCESA LUA (grita) – Não faltava mais nada, era a minha praia ficar com esta porcaria toda. (p.c) Fizeste esta estrumeira toda, limpa…seu porco…mais porco que os porcos.
JOVEM 3 – Estamos presos…cercados.
PRINCESA LUA – Sim.
JOVEM 5 – E limpamos como?
PRINCESA LUA (grita) – Limpa, nem que engulas o lixo! Ou mete-o no bolso.
JOVEM 8 – Mas não cabe.
PRINCESA LUA – Tens aí muitos sacos do lixo! (p.c) Têm de enchê-los e levem – no daqui para fora. (p.c) Vocês por acaso gostavam de chegar a uma praia que está quase sempre limpa…e de repente encontra-la toda porca. (p.c) Se na vossa casa fazem lixo e deitam-no pelo chão, é problema vosso.
JOVEM 2 (resmunga) – Mas que raio!
JOVEM 1 – Que seca!
JOVEM 3 – Se a minha mãe visse isto…!
PRINCESA LUA (ri) – Ia ficar com certeza muito orgulhosa de ti…!
JOVEM 5 – Que vergonha.
PRINCESA LUA (ri) – Vergonha foi isto que tu fizeste, óh porco. (p.c) Com todo o respeito por esses animais, porque eles são mais limpos que vocês todos juntos.
JOVEM 7 – Que nojo!
PRINCESA LUA (ri) – É um nojo, é…mas quem o fez não fui eu…foram vocês!
JOVEM 8 – Que seca!
PRINCESA LUA – Seca, onde? (p.c) Aqui? (p.c) Só se for na tua boca, de tanto que comeste e bebeste!
JOVEM 9 – Que seca! Deves ter a mania que és muito inteligente.
PRINCESA LUA – Cala-te e limpa.
NARRADORA – Num instante, enchem todos os sacos do lixo, com o que apanham na areia e no mar. Dezenas de sacos do lixo cheios. Estão que quase nem se mexem no fim no fim da limpeza.
PRINCESA LUA – Olhem bem a quantidade de lixo que iam deixar aqui! (p.c) Que vergonha! E ia ficar aqui para nós, e para quem viesse procurar paz e ar puro. (p.c) Que coisas mais feia! (p.c) Podem continuar a vir, mas se querem fazer lixo vão para outra! (p.c) Pensem muito bem antes de voltarem a fazer lixo nesta praia, pois a próxima consequência vai ser bem pior!
NARRADORA – Ela estala os dedos e as pedras desfazem-se, transformando-se em areia.
PRINCESA LUA - Agora…ponham-se a andar…e levem a porcaria dos sacos do lixo. (p.c) Agora sim, a minha praia está outra vez limpa! (p.c) Tinhas razão Lanterninha…valeu a pena esperar, para ver os resultados. (p.c) É que eu queria muito dar-lhes uma lição por serem tão porcos, mas achei que não ia funcionar. Também não queria ser muito má com eles…era só dar-lhes um susto.
(Aparece Lanterninha a rir)
LANTERNINHA (a rir) – Eu disse-te que ia funcionar…! (p.c) Só tinhas de fazer o que eu estava a dizer, e esperar um pouco.
PRINCESA LUA – Mas eu não queria esperar. Tive medo que eles fugissem, enquanto eu estava a dormir, e depois a praia ficasse toda suja!
LANTERNINHA – Princesa…todos os dias temos de esperar por algumas coisas…não temos tudo ao nosso dispor…! (p.c) Por exemplo, temos de esperar que as sementinhas das flores nasçam, cresçam…temos de as regar, de as acarinhar, e tudo isso demora o seu tempo! (p.c) Também temos de esperar pelas refeições, mesmo que estejamos com muita fome, porque elas não se fazem sozinhas. (p.c) E muitas, muitas outras situações que temos de esperar. (p.c) Se vamos ficar impacientes por tudo o que não temos na hora que queremos…a vida perde a piada! (p.c) Enquanto esperamos, temos um motivo para ficarmos alegres, e lutar pelo que queremos.
PRINCESA LUA – Sim, tens razão. Não tinha pensado nessa. Os meus papás também tiveram de esperar por mim, não foi?
LANTERNINHA – Claro! (p.c) E ainda que esperaram…olha se eles fossem impacientes como tu…? (p.c) Um bebé demora nove meses a chegar aos papás! (p.c) E eles esperam! (p.c) As outras coisas são pequenas esperas…!
PRINCESA LUA – Ai, tanto tempo…nove meses á espera…?! (p.c) Eu não esperava esse tempo todo.
LANTERNINHA (ri) – Se fosses mamã esperavas! (p.c) Com a tua idade é claro que não esperas. (p.c) A pressa, e a impaciência, fazem-nos passar muita coisa ao lado…fazem com que não vejamos muitas coisas bonitas à nossa volta. (p.c) Enquanto esperamos, estamos a aprender, e a ver o que há à nossa volta. (p.c) Além disso, se os meninos soubessem esperar uns minutinhos, quando os papás e os avós dizem para esperar…os meninos não levavam tantos ralhetes, nem os papás e avós ficavam tão chateados com os meninos.  
PRINCESA LUA – Ai é?
LANTERNINHA – Claro…pensa bem…achas que os papás e os avós ficam felizes por ralhar com os meninos, ou quando vos vêem tristes, ou a resmungar…? (p.c) De maneira nenhuma…!
PRINCESA LUA – Às vezes ainda parece que gostam…não fazem outra coisa.
LANTERNINHA – Mas não gostam. (p.c) Experimenta o seguinte: da próxima vez que estiveres à espera de alguma coisa que queiras muito, olha à tua volta e vê o que há…todas as belezas…vais ver…essa coisa até chega mais depressa!
PRINCESA LUA (sorri) – A sério?
LANTERNINHA (sorri) – Sim. (p.c) O que queremos muito, não foge de nós…mesmo que não seja na hora que queremos, essas coisas aparecem, e temo-las na mesma! (p.c) Não precisamos de ficar impacientes.
PRINCESA LUA (sorri) – Sim, é verdade! Muito obrigada.
LANTERNINHA (sorri) – De nada!
(As duas continuam a falar mais um pouco).  
NARRADORA – Primeira lição…habituarmo-nos a esperar pelo que queremos. Se não for naquele minuto ou naquela hora…será mais tarde…mas será! (p.c) Tudo vem ter connosco! (p.c) E é como a Lanterninha diz…há muita coisa pela qual temos de esperar para que seja nosso…porque não se fazem sozinhas…! (p.c) Enquanto esperamos, estamos a aprender coisas novas, e a ver coisas bonitas…depois até dá mais gosto quando recebemos as coisas que queremos, e elas até chegam mais rápido. (p.c) Segunda lição… (p.c) Todos os anos há toneladas de todo o tipo de lixo nas praias. Aquele que é causado pelas ondas…lixo natural, como paus, pedras, e outro lixo industrial, que por vezes até sufoca animais e provocam-nos doenças! (p.c) Infelizmente não é fácil de eliminar o lixo todo das praias, mas cada um de nós pode fazer com que esse lixo não aumente ainda mais. E há programas que põem várias gerações a limpara as praias! (p.c) Isso é uma ajuda preciosa para todos nós e para o planeta. Deviam ser postos em prática todo o ano, e não só uma vez por ano…não acham? (p.c) Já sabem amigos…quando forem para a praia não poluam a areia que pisam, nem o mar! (p.c) A praia e o mar incluído são muito nossos amigos, dão-nos muita saúde e muitas coisas de que precisamos, mas também podem ser perigosos para nós se houver neles…lixo! E moscas. (p.c) Na praia para onde vão há muito lixo? (p.c) Como é que se sentem, ao ver tanto lixo? (p.c) O que fariam se vissem alguém a deitar lixo na praia ou no mar? (p.c) Acham que os jovens fizeram bem em ter poluído a praia? (p.c) O que é que eles deviam ter feito no fim da festa? (p.c) Podem responder a estas perguntas com os meninos da vossa escola e fazer desenhos se quiserem, ou escrever uma lista de todas as atitudes correctas e incorrectas.

FIM
Lálá
(23/Dezembro/2012)




Sem comentários:

Enviar um comentário

Muito obrigada pela visita, e leitura! Voltem sempre, e votem na (s) vossa (s) história (s) preferida (s). Boas leituras