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sexta-feira, 15 de março de 2013

OS CESTINHOS


NARRADORA – Era uma vez uma jovem adulta, que se chamava Diana. Tinha uns longos cabelos pretos, compridos, e encaracolados, a pele branca e os olhos verdes. Era simpática e todos os vizinhos gostavam muito dela. Vivia numa longe da sua terra para trabalhar, numa aldeia, numa casinha pequenina, ao rés-do-chão e tinha um jardim pequenino, onde Diana plantava flores e legumes. Ela vivia feliz, e embora falasse muitas vezes com a sua família, sentia-se muitas vezes sozinha. Suspirava e à noite pedia às estrelas que lhe dessem uma companhia, nem que fosse um bichinho, pois ela gostava muito de animais e sonhava com eles. Quando saia de casa, sempre muito cedo, pedia às fadas do lar que protegessem a sua casa, e com um sorriso aberto, ia trabalhar. Pelo caminho cumprimentava toda a gente e trocava algumas palavras, desejava bom dia, saúde, e até logo. Depois…olhava para a paisagem e ficava maravilhada! Isto dava-lhe mais força para o resto do dia, aquele ar puro…era tão bonito, tudo o que ela via à sua volta! Enquanto ela trabalhava, as Fadas tomavam conta da casinha. Um dia, em que Diana foi trabalhar, uma Fada deixou um cestinho à porta da sua casa, fechado. O que teria esse cestinho? Quando Diana chega a casa, vê o cestinho, fica muito surpresa.
DIANA – Um cestinho à minha porta? O que é isto? (Olha em volta para ver se passa alguém) Quem é que deixou isto aqui? Eu não pedi nada! Áááhh…deve ter sido algum vizinho que veio trazer alguma sobremesa apetitosa, com frutos da terra, ou fruta fresca…ou legumes! Estes vizinhos são mesmo queridos! (pega no cestinho) É levezinho! (Abre o cestinho) Ááááááhhhh…um bebé? Mas…não…é um boneco…! (tira o boneco do cestinho, pousa o cestinho no chão, pega nele ao colo, sorri) Que lindo! Óóóhhhh…que coisa tão fofa…tão perfeitinho. E os olhinhos dele! Parece um bebé verdadeiro! Mas…quem é que terá deixado isto aqui? Será que é mesmo para mim?
(A Fada responde de uma flor a rir)
FADA – Sim, Diana…é para ti.
DIANA – Quem é que respondeu?
FADA (ri) – Eu!
DIANA – Mas…és uma menina…?
FADA – Sou…! Mais ou menos.
DIANA – Mais ou menos, o quê? Não há mais ou menos meninas…ou são meninas ou são meninos…
FADA (ri) – Não sei.
DIANA – Não sabes o quê?
FADA (ri) – Se sou menina, ou menino…!
DIANA – Como assim…? Aparece…para eu te ajudar a saber quem és!
FADA (ri) – Sou menina, mas sou uma Fada.
DIANA (sorri) – Ááááhhh! Entendi! Claro…só podia ser. És uma fada do Lar?
FADA – Sou fada de muitas coisas…
DIANA – Ãhhh…?
FADA – Sim…tomo conta das casas, e dos meninos, dos animais…das flores…de tudo!
DIANA – Deves ter muito trabalho…!
FADA (sorri) – É a minha vida, e eu gosto. Não é trabalho, faço com todo o meu coração!
DIANA (sorri) – Sim, é como eu faço o meu trabalho.
FADA (sorri) – Pois é.
DIANA – Mas onde estás…que eu não te vejo…?
FADA (ri) – Estou aqui.
DIANA – Onde…? Só estou a ouvir a tua voz.
FADA – Estou mesmo ao teu lado!
DIANA – Ao meu lado?
FADA – Sim. Aqui!
(Ela procura a Fada. A Fada ri)
FADA (ri) – Eu dava-te uns óculos, mas não tenho…! Aqui…numa flor…a mais brilhante! Segue o meu riso e o meu brilho.
DIANA – Obrigada pela tentativa de me ajudares a encontrar-te, mas na verdade não é grande ajuda, porque todas as flores estão a brilhar com a luz do sol.
FADA (ri) – Vocês humanos, são mesmo complicados. Segue a minha voz…
DIANA – Aparece logo, querida fadinha…
FADA – Pensas que é tudo fácil…? Não! Os teus desejos demoraram uns dias a concretizar-se, por isso…se não me encontras à primeira…continua a procurar…! Eu estou aqui. Segue a minha voz.
(Diana encontra a Fada, e esta acena)
DIANA – Ááááááhhhh…! Estás aqui! Desculpa. É que és tão pequenina…
FADA – Sou pequenina, mas chego onde todas chegam. Somos todas pequeninas…! É por isso que nem toda a gente nos vê…mas acreditam que existimos. E existimos, mas quando aparecemos, nem reparam em nós. Só reparam nas coisas boas e bonitas que recebem! E é aí que nós estamos.
DIANA (sorri) – Áh! Por isso é que te estou a ver.
FADA – Sim! Isso quer dizer que recebeste uma surpresa.
DIANA (sorri) – Eu sei que vocês tomam muito bem conta da minha casa. Por acaso sabes quem deixou esta fofura aqui para mim?
FADA – Fomos nós.
DIANA – Nós…quem?
FADA – Eu, e as outras…que tomamos conta da tua casa.
DIANA (sorri) – Óh…tão queridas! Muito obrigada…mas, eu não pedi nada.
FADA – Não?
DIANA – Não…pedi às estrelas.
FADA – Sim, mas achas que as estrelas iam mandar-te um boneco lá de cima, cá para baixo…? De pára-quedas não? Tu pediste uma companhia…elas disseram-nos o teu desejo, e nós tratamos do resto.
DIANA (sorri) – Ááááááhhhh…que queridas! Então o meu desejo realizou-se…
FADA (sorri) – Sim. É um boneco para te sentires mais acompanhada.
BONECO – Olá Mamã…!
DIANA (sorridente) – Ele fala…?
BONECO – Mamã…
FADA (sorri) – Sim, claro…se não, que companhia é que podia ser um boneco…que não falasse…?
DIANA (sorri) – Sim…mas se não falasse, pelo menos, a presença dele já me fazia companhia, e já tinha alguém para abraçar.
BONECO – Trata bem de mim, mamã!
DIANA (sorri) – Claro que vou tratar muito bem de ti.
FADA – Podes falar com ele.
DIANA (feliz) – Que surpresa maravilhosa. (Abraça o boneco, e dá-lhe um beijo). Olhem…vou ter de entrar, desculpem Fadas, vou ter de entrar…tenho coisas para fazer lá dentro.
FADA (sorri) – Vai à vontade! Nós estamos aqui. Queres ajuda?
DIANA (sorri) – Não, obrigada…Até já!
FADA (sorri) – Até já!
NARRADORA – Diana senta o boneco na mesa da cozinha, e os dois têm uma longa conversa, enquanto Diana faz o jantar. Janta na companhia dele, telefona aos pais, e fala com eles contente. No fim de jantar, Diana fala mais com o boneco, deita-o, e deita-se também, e agradece às estrelas. Diana dorme feliz. Na manhã seguinte, Diana leva o boneco para o trabalho, a pedido deste, e com a promessa que ia portar-se muito bem, ficar caladinho. Porta-se mesmo bem, e fica mesmo caladinho. De vez em quando Diana fala baixinho com ele, e acaricia-o. À saída de casa recomenda às Fadas que tomem conta da casinha. As Fadas têm mais uma surpresa para ela. Quando chega a casa, numa conversa muito animada com o boneco e muitos risos, vê outro cestinho à porta. A Diana fica muito surpresa. Ouve miar, mas não sabe de onde vem o som.
DIANA – Outro cestinho?
BONECO – Estou a ver que sim. Deve ser um carinho de algum vizinho, com uma coisa boa.
DIANA – Sim…estes vizinhos são muito boas pessoas…espera…estou a ouvir miar…
BONECO – Eu também.
DIANA – Mas…estás a ver algum gatinho…
BONECO – Não. Deve estar escondido atrás das flores…O que tem aquele cestinho?
DIANA – Não sei, vamos ver.
NARRADORA - O miar torna-se mais audível, à medida que Diana se aproxima do cesto. Pega no cestinho, abre-o, e lá dentro estão dois gatinhos bebés, pequeninos: um de pêlo preto, e outro de pêlo branco, com olhos muito verdes. Que lindos! Diana sorri, feliz, saltita.
BONECO – Gatinhos…!
DIANA (sorridente) – Que lindos…olha filho!
BONECO – Gostei. Mas não vais deixar de me dar carinho, nem de gostar de mim, pois não, Mamã?
DIANA (ri) – Claro que não, meu fofinho…nunca! Eu tenho amor e carinho que chegue para ti e para todos! São para mim, Fada?
FADA (sorri) – São! Tu pediste já há muito tempo um bichinho. Lembras-te?
DIANA (sorri) – Sim, claro que me lembro! São lindos! Muito obrigada. Agora tenho três companhias. Que bom…estou mesmo feliz! Vou cuidar muito bem de vocês!
BONECO – De mim também vais cuidar muito bem, não vais Mamã?
DIANA (ri) – Claro que sim, filho.
NARRADORA – Diana tira os gatinhos do cesto, carinhosamente, acaricia-os, e eles miam, sobem para o colo dela, e ela brinca com eles e com o boneco. Os gatinhos fazem gracinhas, Diana ri e aplaude, até à noite. À hora de jantar, Diana entra com os três novos membros da família, e faz o jantar. Os gatinhos bebem leite, e ficam instalados numa alcofa muito confortável; e o boneco está sentado à mesa. Diana fala com ele, ele responde. Jantam, e Diana deita o boneco, acaricia-o, canta para ele, e os gatinhos também adormecem com a sua cantiga. Faz carinhos a todos, deita-se, e dorme feliz até ao dia seguinte. Na manhã seguinte, Diana o pequeno-almoço aos gatinhos e ao Boneco, e também toma o dela. Distribui carinhos por todos e sai para trabalhar. As Fadas com eles, e os três brincam juntos, com elas, alimentam-nos e tomam conta da casa. Deixam mais um cestinho à porta de Diana, com mais uma surpresa. É mais um desejo de Diana. Quando regressa do trabalho, vê o cestinho.
DIANA – Outra surpresa? Meus amores…cheguei!
TODOS – Mamã…!
DIANA – Quem deixou este cestinho aqui?
BONECO – Não sei!
NARRADORA – Diana sorri, pega no cestinho, e tem lá dentro um lindo cãozinho bebé, pequenino, preto e castanho.
DIANA (feliz e sorridente) – Óóóhhhh…que maravilha! Um cãozinho! Óh! Que querido…tão fofinho.
FADA (sorridente) – É para te fazer companhia…trata muito bem dele.
DIANA (sorri) – Há tanto tempo que queria um cãozinho…é lindo…! Muito obrigada, Fadinhas e estrelas. Agora sim, estou muito feliz…e muito completa! Ganhei uma segunda família. Agora estou mesmo muito bem acompanhada. Filho…temos mais uma companhia…gatinhos, têm mais um amigo.
NARRADORA – O Boneco e os gatinhos recebem o cãozinho de forma carinhosa, acolhedora, e amigável. Todos brincam juntos, alegremente enquanto Diana faz o jantar, e fala com eles. Todos gostam muito uns dos outros, dão-se muito bem, brincam juntos, e com Diana, por quem têm um grande amor. Ela é para eles uma verdadeira mãe, carinhosa, dedicada, simpática, meiga, presente, e brincalhona. O Boneco e os animais têm por ela muito carinho, respeito, e amor. Tornam-se uma família feliz. Diana, nos seus tempos livres leva os novos elementos para os pais, e restante família, e todos os adoram e acolhem como se fizessem mesmo parte da família. Passeiam todos os dias com ela, pelo campo. Todos devemos tratar os animais como animais, não como pessoas, mas com carinho, com respeito, porque eles quando gostam, gostam mesmo…eles também têm sentimentos, e tal como as pessoas gostam de se sentir queridos, e gostam de fazer parte da família dos humanos. Os animais são excelentes amigos dos seres humanos, e se os temos, devemos tratá-los bem! E vocês leitores…? Se vos oferecessem três cestinhos, o que haveria neles para vocês? Quem é que vos teria oferecido? Imaginem…e podem desenhar, ou fazer uma composição sobre isto. E se vos pedissem para encher três cestinhos, e entregar a alguém: com o que é que encheriam os cestinhos? A quem ofereceriam? Desenhem ou façam uma composição sobre esses cestinhos. E lembrem-se…se têm animais…eles fazem parte da vossa família, por isso, tratem-nos bem.

FIM
Lálá
(15/Março/2013)


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