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sábado, 8 de junho de 2013

Pequena história para estimular a aquisição de novo vocabulário, aprendizagem e a articulação das vogais: A, E, I, O, U


LETRA A

(Identificar todas as palavras começadas por A. Estimular a Atenção e a memória)

Um dia escuro!
         A Águia Ana saiu do seu ninho, quando o dia estava a amanhecer. Acordou com o galo que vivia no jardim da Avó Luísa, e do Avô André.
       Com os primeiros raios de sol, que hoje não está por trás das nuvens, o Galo começou a cantar alto e bom som.
A águia voou à procura de alimento pelos campos fora. A Avó Luísa e o Avô André acordaram, lavaram-se, vestiram-se, tomaram o pequeno-almoço e prepararam-se para mais um dia de trabalho.
Hoje o trabalho não ia ser ao ar livre, e estavam bem agasalhados, pois estava um dia cinzento, o céu estava cheio de nuvens enormes e escuras, pesadas, que mais pareciam grandes bolas de algodão, carregadas de água.
A Avó Luísa foi buscar a sua neta, Ana Paula, que vivia umas casas á frente da sua. Ana Paula estava de férias mas os seus pais ainda não…então, para não ficar sozinha, ia ficar com a sua Avó Luísa que muito amava.
As duas costumam fazer muitas coisas juntas, e muito divertidas, como: apanhar flores, frutos, legumes, alimentar e dar de beber aos animais, arrumar roupa, cozinhar e conversar, cantar, passear, brincar, ler histórias, fazer colares de flores naturais, e muito mais.
Chegam a casa, Ana Paula abraça e beija alegremente o Avô André, e faz-lhe um pedido:

- Avô…posso ir andar de bicicleta?

          O Avô André responde-lhe:

- Hoje, não, filha…não vês que está a chover?

- Óóóóhhh…!!! – Exclamou a Ana Paula muito triste.

- Podes ficar doente, se apanhares chuva. – Acrescentou o Avô André.

- Claro querida, o Avô tem razão. E podes cair e magoar-te. Vens connosco para a Eira, e ajudas-nos a apanhar as nozes e as aveias que caíram das árvores, para fazermos um belo bolo de chocolate, com esses frutos, ao lanche…pode ser? – Pergunta a Avó.

- Está bem, Avó, eu ajudo-te a apanhar as nozes e as aveias, adoro bolo de chocolate com esses frutos, feito por ti. – Concordou a Ana Paula, a sorrir, e disse orgulhosa da Avó.

- E também temos as amêndoas, que tornam o bolo mais saboroso não acham? – Lembrou o Avô   André, ciumento.

- Sim, é verdade! – Respondem as duas.

- Vamos então! – Ordenou o Avô.

          A Avó Luísa, o Avô André, e a neta Ana Paula, levam o guarda-chuva e vão para a eira. A Ana Paula pergunta:

- Óh Avó…já deram de comer aos animais?

- Sim, querida. Enquanto a tua Avó te foi buscar, eu alimentei os animais! – Responde o Avô André.

- E deitaste-lhes água? – Perguntou a neta.

- Sim, deitei-lhes água…eles precisam dela, como nós. – Respondeu o Avô.

- Pois é, Avô. Eu também bebo muita água. – Respondeu a Ana Paula.

- Fazes tu muito bem. Queres beber agora? – Responde, e pergunta a Avó.

- Não, Avó…agora não! Obrigada! – Respondeu Ana Paula.

- Mais tarde, bebemos chá…ao almoço! – Diz a Avó.

- Boa! – Respondeu a menina.

      Os três apanham as aveias, as amêndoas, e as nozes na eira, para o bolo. Lá fora, a Águia Ana apanhou o seu alimento preferido, e pousou numa rocha da grande montanha, para procurar um sítio onde não chovesse. 
        A águia não consegue voar, porque está vento e ameaça chover a qualquer altura. Encontra uma pequenina gruta, e entra.

- Áh! Finalmente encontrei um sítio. Fico aqui. Acho que não vive aqui ninguém. Se aparecer alguém, eu peço desculpa por ter entrado, e explico que não foi por mal…foi só para me abrigar da chuva e do vento, e digo que…não consigo voar.

          Começa a chover muito forte! O vento abana tudo por onde passa, assobia, sacode as árvores, as flores, as antenas das casas, caem folhas às centenas…as nuvens parecem algodões a desfazer-se, e as gotas de chuva são enormes, pesadas, com pedras de gelo.

- O que é isto? – Perguntou um morcego que vivia na gruta onde estava a Águia Ana.

          A Águia Ana estremece.

- Ai, que susto!

          O morcego ri.

- Desculpa, não te queria assustar! – Diz o morcego.

- Tu vives aqui na gruta? – Perguntou a Águia.

- Sim…quer dizer…para já sim! Eu não fico muito tempo na mesma casa.

- Desculpa, acho que invadi a tua casa! – Diz a Águia preocupada e envergonhada.

- Não. Fica descansada. – Responde o morcego, simpático.

- Não te tinha visto!

- Não me tinhas visto…? Com esses olhos que vêem tudo a longa distância? – Diz o morcego, surpreso.

- Olhei, estava tudo sossegado, não ouvi barulho, nem vi ninguém, pensei que estava vazia. – Explica a Águia.

- Não te preocupes…! – Recomenda o morcego.

- Estou a abrigar-me da chuva e do frio, do vento… - continua a Águia.

- Cala-te um bocadinho, por favor…eu não te estou a pôr para fora! – Pede o morcego.

- Eu sei…mas não quero estar a incomodar-te…não gosto de ser atrevida, e de entrar na casa dos outros, sem pedir licença. – Explica a Águia.

- Não incomodas nada. Fica á vontade. O tempo não está para brincadeiras, nem para caçadas, nem nada. Só para estar recolhido! – Comenta o morcego.

- Pois é! – Concorda a Águia.

- Está muito escuro. – Repara o morcego.

     Os animais estão recolhidos, e continuam a falar um com o outro sobre vários assuntos. 
       Chove torrencialmente, mas dentro de casa não chove, e a Ana Paula está na cozinha a fazer o delicioso bolo com a Avó. 
          O Avô está sentado à lareira a aquecer-se. Enquanto o bolo fica no forno a crescer, a Ana Paula ajuda a Avó a dobrar a roupa, a arrumar uns armários, e a enfeitar umas jarras.
          De repente…começa a trovejar. A Ana Paula tem muito medo da trovoada, mas a Avó Luísa é muito corajosa. 
          O Avô André senta a sua neta no colo, e conta-lhe uma linda e divertida história que a faz rir muito com o que o Avô lhe conta. O bolo fica pronto, e comem-no deliciados, acompanhado com chá.

- Huuummm…está mesmo bom. – Elogia o Avô André.

- Sim…os bolos da Avó são sempre mais que bons. – Acrescenta a neta.

          A Avó Luísa sorri vaidosa.

- Tu também ajudaste querida! – Valoriza a Avó.

          A trovoada desfaz as nuvens que mais pareciam algodões gigantes e o sol volta a brilhar no dia seguinte. 
        Na manhã seguinte: o galo da Avó Luísa e do Avô André, voltou a cantar, a Águia tornou-se uma grande amiga do morcego que a acolheu na sua casa, o morcego sai de noite, mas recebe muitas vezes a sua amiga na gruta, que também leva alimento para ele. 
         A Avó Luísa e o Avô André saíram para o campo, e a menina Ana Paula foi passear pelos campos, apanhou flores, amoras silvestres, ajudou os Avós a fazer as tarefas simples, deitou-se à fresca e brincou com os cãezinhos, gatinhos, coelhinhos, patinhos e outros que com o sol puderam andar à vontade pela quinta.

FIM
Lara Rocha 
7/Junho/2013

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