Número total de visualizações de páginas

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Já imaginaram?

         Já imaginaram…? Já imaginaram o que era, se o interior da nossa cabeça fosse feita de areia? 
    Não precisávamos de ir para a praia! 
   A praia, é praia, e nós somos nós. 
    Pois. A praia é feita de areia, se o interior da nossa cabeça fosse feita de areia, éramos pedras ou peixes, algas ou outra coisa qualquer. 

      E como é que chegávamos lá? Para a praia podemos ir a pé ou de carro, mas como íamos para o interior da nossa cabeça se ela fosse feita de areia? Não sei! Através da nossa imaginação, podíamos estar sempre lá! 

     Se o interior da nossa cabeça fosse feita de areia escrevíamos as coisas más na areia, depois vinha a água do mar e apagava! E achas que era possível? Acho! Se o interior da nossa cabeça fosse feito de areia. 

  Era bom! Ou então se pudéssemos transformar os maus pensamentos, as más recordações, os nomes das más pessoas, na areia, ou em pedra, até podia ser mais fácil esquecê-las! 

    É. Mas o interior da nossa cabeça fosse feito de areia e do que éramos mais felizes. Ou não...porque as coisas boas também podiam desaparecer. 

    Não! Não escrevias as coisas boas na areia, onde houvesse mar perto. Escrevia-se noutro sítio, com uma pena de gaivota ou estrelas. Boa. 

      Se o interior da nossa cabeça fosse feito de areia, nós não éramos humanos, cheio de dunas, ondas, ilhas, grutas, parecem colchões insufláveis, ou caminhos. 

    É por isso que não esquecemos facilmente o que nos faz sofrer, nem quem nos magoa. Se o interior da nossa cabeça fosse feito de areia, acho que não tínhamos histórias para boas para contar, as nossas vitórias, e lembrar aquelas que nos fazem rir, nem podíamos, comer, nem andar, nem falar...Pois, isso é verdade! 

    Mas para algumas coisas era bom que o interior da nossa cabeça fosse feito de areia! Nem que fosse só um cantinho, onde escrevêssemos as coisas que gostávamos de esquecer, as pessoas que nos magoam, as desilusões, as frustrações, os sonhos não realizados, os nossos desejos e projetos que ficaram na nossa mente, ou no papel, e depois vinha o mar e levava tudo para longe. 

    Era bom! Eu também gostava, dizem que é tudo importante...mas podíamos pôr as coisas más na areia, e o mar devolvia para esse sítio, as coisas más, transformadas em coisas boas, memórias felizes pessoas boas. Se o interior da nossa cabeça fosse feito de areia, éramos mais saudáveis, mais felizes. 

    Se pudesses ver o interior da tua cabeça feito de areia, de que cor era a areia? 

Era do tamanho de uma praia, tinha rochas? Mar? 

De que cor era o mar? 

Tinha cantos para escrever coisas boas, e outro para escrever coisas más? 

O que escrevias mais? 

     Imaginem essa praia e escreve em dois sítios: as coisas boas, e as coisas más. 

    As coisas boas, escreve com uma pena, imagina essa pena como quiseres, e imagina-a a escrever essas situações boas, ou com estrelas. 

    As coisas más, escreve-as enquanto imagina que as transformas em pedras, e vê-as ir com o mar, com um sorriso, ou em formato de barco, navio a ir para longe. Podes imaginar outras coisas.

       Bom passeio pela praia do interior da tua cabeça feito de areia. 

                                                  FIM 

                                              Lara Rocha  

                                            29/Agosto/2023 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Muito obrigada pela visita, e leitura! Voltem sempre, e votem na (s) vossa (s) história (s) preferida (s). Boas leituras