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sábado, 6 de novembro de 2021

MONÓLOGO DESILUSÃO, LIBERTAÇÃO DE MÁGOA E RAIVA

          Chegaste á  minha vida embrulhado em sorrisos, e em palavras simpáticas, em trocas de mensagens, e de repente mudaste...Passei a ser o quê, para ti? Parece que me eliminaste da tua vida...Ainda tinha tanto para te dar! Tanto para te mostrar! Tínhamos tanto para viver, conversar, escrever, partilhar, criar, aprender, construir...

        O que aconteceu? Porque passaste a ser gelado comigo? É a indiferença que me ofereces? Depois de te oferecer carinho? É a indiferença que queres receber de mim? É com o teu silêncio que retribuis?
A tua indiferença dói em mim...O teu silêncio dói em mim...Todas as mensagens que te mando e não respondes, doem em mim.

        Nem quando digo que preciso do teu abraço, das tuas palavras...Dói em mim o teu gelo e dói a minha decisão de responder com indiferença, quando a minha vontade é de te dizer essa dor toda que me sufoca. 

        O que faço para me livrar da dor que a tua indiferença causa em mim? Como faço para reagir aos teus silêncios que doem em mim? Como vou lidar com uma indiferença sem respostas, que não compreendo, e que me dói?

        Dói em mim ter de te ignorar, para ver se sentes a minha falta. Sentirás? Não sei se é o melhor que faço, porque dói muito em mim. Não sei se me vou livrar da dor, porque dói muito em mim. Neste momento...Obrigas-me a ser também indiferente contigo...Talvez isso te deixe livre. E se as nossas almas tiverem algo para viver juntas. 

        Viverão...Não fugirás mais...Não teremos medo. Talvez agora tenhamos. Talvez só nessa altura saberei a resposta, à pergunta se esta é a melhor decisão...Dói muito em mim,
Mas talvez seja isso que queiras.

        Diz-me...O que vou fazer com todo o carinho que tinha para te dar, que ficou preso em mim, e que tu me obrigaste a fechá-lo? Sim, todo o que ficou contigo, e o que ainda era para ti, antes de receber o teu silêncio e indiferença? 

        Diz-me...E o carinho que te dei? O que fizeste com ele? Chegou a ti, ou fechaste-lhe a entrada do teu coração? Diz-me...O que vou fazer a todos os restos de desilusão que deixaste me mim? Com todas as mensagens que ficaram sem resposta, com toda a ingratidão? 

        Diz-me...O que vou fazer com o teu gelo? O que vou fazer com os sentimentos bons que fizeste nascer em mim? Já fiz! Esses guardei-os num lugar especial, aqueles em que trocamos algumas palavras simpáticas, e fugazes, aqueles momentos em que pelo menos agradecias...Porque deixaste de o fazer? 

        Porque é que descaradamente passaste a ignorar-me? Como se eu não existisse, como se não me visses...É claro que me vias! É claro que sabias, e sabes que eu existo. Porque fazes isso comigo? Diz-me...O que vou fazer contigo? 

        Isso não precisas de dizer, mesmo que queiras...Já sei qual é a tua resposta...É igual às anteriores. Indiferença! Silêncio! Distância! Ingratidão! Diz-me...O que vou fazer contigo, com o gostar de ti, mesmo sem ser correspondida, com a tua energia boa. 

        Porque não dizes nada?  Desliguei-me de ti. Não porque quisesse, mas porque és tu que me fazes agir assim. Sim, tu! Eu não queria ser como tu. Desligada, indiferente, fria, distante, Não queria ser nada como tu, apesar de gostar de ti. mas a forma como me tratas, é assim que me obriga a tratar-se...É uma retribuição. 

        Acredita. Não queria fazer isso, Mas fi-lo...Porque...CANSEI! As tuas respostas cansaram-me, a tua indiferença cansou-me, a tua ingratidão cansou-me, o teu silêncio cansou-me! Cansei-me de te dar o que não me davas, nem o mais essencial e primário...um...«obrigada/o» A DESILUSÃO apoderou-se de mim. 

        Como podes ser assim? Eu não sou perfeita, e podias não gostar de mim nem podias gostar...Não tens tempo, não é? Claro, tempo...o tempo tem as costas largas, e anda de mãos dadas com a vontade. Querias preza fácil, e rápida, para consolares os teus olhos, mas o que ia adiantar...? 

        Isso iria preencher a tua alma? Não tens tempo para mi, mas tens para todos os outros/as...Só para mim é que não tens tempo? Porquê? Não tens tempo para conhecer alguém difícil, que não se mostra facilmente, mas mostra-se. Só tinhas de ter tentado...Só tinhas de ter «perdido algum tempo». Diz-me...

        O que vou fazer com a decisão que tomei? Igual à tua, mas difícil de aceitar? Sim, para mim é difícil...Porque eu não queria fazer o mesmo que tu. Diz-me...Porque te afastaste, sem dizer nada? Diz-me...

        Como vou desprender tudo o que eu tinha de bom para ti? A quem vou dar? A quem vou abrir o meu coração? A quem vou mostrar a minha luz? Foi a minha luz que não te permitiu olhar para mim, e receber tudo o que eu tinha para ti? 

        Diz-me...Porque decidiste não dizer mais nada? Porque passaste a ignorar-me? Porque te tornaste indiferente a mim? Porque me obrigaste a mudar? Diz-me...Já sei que não me dizes nada! 

                                                            Lara Rocha 


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