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sábado, 4 de outubro de 2025

O susto coletivo

Foto de Lara Rocha (2016) 
Foto tirada por Lara Rocha (2016) 

     Era uma vez um grupo de crianças que seguia a caminho da praia, e passou por um pinhal, onde havia um passadiço. Felizes, a cantarolar, a conversar, a rir, quando de repente, a professora olha para os pés de um grande cogumelo e vê uma coisa comprida, castanha, enrolada. 

    Para, manda parar toda a gente, dá um grito estridente: 

- Cuidado, vamos fugir! Está ali uma coisa...parece um cobra grande! - grita aflita 

- Óh professora, eu acho que deve ser um gato deitado! - diz um menino 

- Ou outro cogumelo! Já vi muitos cogumelos muito diferentes, com formas esquisitas, uns ao lado dos outros, que vão para cima de outros, ou ficam inclinados sobre as cabeças dos outros.- diz uma menina 

- Óh professora, isso parece mais um tapete, um rolo de palha seca que alguém deixou aí para os animais, de feno.. - diz outro menino 

- Não se aproximem! - grita a professora 

- Acho que é um tapete velho, um rolo daqueles que se põe aos pés das portas, para não entrar vento! - Comenta um menino 

- É...a minha mãe e a minha avó também têm esses rolos, parece isso! 

- Eu acho que é um ouriço! 

- É uma ratazana. 

- Que nojo! - dizem todos num grito 

- Nada disso! Só pode ser um animal. E daqueles perigosos - diz a professora 

    A coisa que parecia uma cobra, comprida, enrolada e castanha, ou um rolo de palha, um tapete, um ouriço, acorda sobressaltada, endireita-se, olha para todo o lado, muito assustado e sobre à árvore rapidamente. Todos gritam em coro, assustados. 

- Uma cobra? Ouvi bem ou sonhei? Onde está? - pergunta o esquilo assustado 

- Um esquilo…! - gritaria e gargalhada geral 

- Sim, sou um esquilo! Onde é que está a piada? Nunca viram? Ouvi falar numa cobra, ou sonhei? Onde está ela? - assustado 

- Ouviste! Pensávamos que podias ser uma cobra! - diz a professora assustada 

- Não estás a ser simpática comigo! O que é que eu tenho a ver com isso? 

- Estava aí aos pés do cogumelo… já desapareceu! Mas temos que ter cuidado, não é? Vamos ver se está aqui próximo. 

    As crianças correm desorientadas, aos gritos, em várias direções, a olhar para o chão e para todo o lado. A professora ordena que se juntem. 

- Não. Desculpa jovem, eu é que estava aos pés desse cogumelo! A dormir! Acordei com os teus gritos. Nunca vi nenhuma cobra. A cobra que viste, devia ser a minha cauda, não? 

- Era dessa cor, da tua cauda. Mas eu tenho quase a certeza que era uma coisa dessas! Que nojo! - diz a professora 

- A minha cauda não tem nada a ver com esse animal. Queres confirmar? - reforça o esquilo

    Volta a descer a árvore, e fica novamente na mesma posição em que estava a dormir. A professora e as crianças voltam a gritar. O esquilo dá um salto, estremece: 

- O que viste agora? Minha Nossa! Tudo te assusta. Olha bem. - volta a deitar-se como estava. - Vê como é a minha cauda! (diz o esquilo a olhar para ela enrolado) 

- Áhhhh…estavas enroladinho! - diz a professora - é que só vi a tua cauda! Nunca e tinha visto por aqui. 

- E cobras, já viste? - pergunta o esquilo

- Felizmente não, mas...imagino que nestes sítios haja! - diz a professora 

- Sempre vivi aqui, nunca vi nenhuma! 

    As crianças riem sem parar, e a professora também. 

- Estão-se a rir? Também pensaram que era uma cobra não foi? 

- Sim! - Todas as crianças riem. 

- Desculpa, esquilinho! Não te queríamos assustar. - diz a professora 

- Não faz mal. - diz o esquilo a rir 

- Podemos dar-te um abraço, esquilo? 

- Sim, claro! 

    Cada menino e a professora fazem mimos e abraçam o esquilo, ele sorri. 

- Vamos até à praia! - diz a professora 

- Está bem! Boa praia, divirtam-se, e espero que não encontrem nenhuma dessas lá. - diz o esquilo a brincar 

    Começam todos a gritar outra vez, e aos saltinhos assustadas. O esquilo dá uma gargalhada: 

- Estou a brincar. Podem ter a certeza que não vão encontrar nada disso na praia, nem aqui! 

- Áh! Que susto. Ufa! - diz a professora. 

    O esquilo ri: 

- Assustas-te com pouco! Eu assustei-me mais com os vossos gritos, e quando ouvi o nome desse ser...que nunca vi por aqui, mas podia acontecer. Agora com as mudanças do clima, como ouço para aí dizer, e confirmo, tem acontecido coisas diferentes e estranhas! Essa podia ser uma delas. Mas para já, não. Vão descansados! - diz o esquilo a rir 

- Obrigada! - dizem todos 

    A professora lá segue para a praia com as crianças, sempre alerta, a olhar para todo o lado, e o esquilo volta a deitar-se mais um pouco, aos pés do grande cogumelo, enroscadinho, mas desta vez com o focinho virado para quem passava, para não assustar a professora nem as crianças outra vez. 

    Ainda deu umas boas gargalhadas sozinho, ao lembrar-se do susto da professora com a sua cauda. O esquilo adormeceu. As crianças foram para a praia com a professora. No regresso, para pedir desculpa ao esquilo, enquanto ele dormia, apanharam baldinhos com nozes e bolotas que viram no chão do pinhal, silenciosos, sorridentes, e maravilhados por ver um esquilo. 

    Deixaram os baldinhos na árvore ao lado, e seguiram caminho. Quando o esquilinho acordou, viu os vários baldes com alimento que ele adora. Percebeu logo que tinha sido a professora e as crianças que o deixaram lá. 

- Óh! Que simpáticos. Se voltarem, vou agradecer-lhes! - diz o esquilinho a sorrir

    E voltaram mesmo no dia seguinte de manhã, a professora e as crianças passam pelo mesmo pinhal. 

- Bom dia! - gritam todos 

- Bom dia! Ontem tiveram um bom dia de praia? - pergunta o esquilo 

- Sim, muito bom. Obrigada. 

- Hoje não se assustaram comigo. - diz o esquilo a rir 

- Agora já sabemos que és tu! - diz a professora 

- Áh! Boa. 

- Não encontraram nada, pois não...? - pergunta o esquilo 

- Felizmente não! - diz a professora 

- Que bom! Eu disse. - diz o esquilo a sorrir e acrescenta - Muito obrigado pela surpresa tão agradável, que me deixaram aqui! Se quiserem levar os baldinhos, já podem! Eu já guardei os alimentos! 

- Está bem! Obrigada. - dizem em coro 

- De nada, obrigada eu. 

- Foi para pedir desculpa pelos nossos gritos de susto que te acordaram, e por te termos confundido com aquelas coisas todas, uma delas aquele bicho. - explica a professora 

- E para agradecer. - diz uma menina 

- Áh! Não tem problema. Eu se calhar também me assustava. 

    As crianças pegam nos seus baldes e vão para a praia. 

- Até já. - dizem todos 

- Até já. Boa praia. - diz o esquilo 

- Obrigada. - dizem todos 

    Foram para a praia, e o esquilo ficou no pinhal. À chegada e à saída todos se cumprimentavam, abraçava, o esquilo, faziam-lhe mimos, e ele sorria, retribuía. Mesmo quando o viam enroscadinho, só mostrava a cauda, depois do primeiro dia, não voltavam a gritar, nem a assustar-se. 

    Afinal a cauda do esquilo, não era o que parecia. Isto é o que acontece connosco, quando vemos algumas coisas que parecem ser o que na realidade não são. Nem tudo o que parece é. 

                                                                                    FIM 

                                                                                Lara Rocha 

                                                                              4/Outubro/2025 

E vocês? O que é que já viram, que vos parecia uma coisa, e na realidade era outra? 

    Podem deixar nos comentários, se quiserem. 

    



As raízes dos segredos

Foto tirada por Lara Rocha (2016) 

     Era uma vez uma árvore muito alta, de tronco largo e muito velha. Já tinha uma série de raízes à superfície, que pareciam bancos, com mesas finas, parecidas com prateleiras e mesmo assim aguentava. Conheciam-na de um pinhal, no meio de tantas outras, mas esta era diferente! Especial. 

    Os habitantes mais antigos chamavam-lhe a árvore dos segredos, e contavam histórias muito bonitas sobre elas, que tinha poderes. Essas histórias já vinham dos bisavós, que contaram aos filhos, estes aos netos e todas as gerações as conheciam. 

    Os mais novos adoravam ouvir essas histórias, mas não acreditavam muito que tivesse poderes como diziam, por isso também não experimentavam. Passeavam pelo pinhal, viam essa árvore como todas as outras, entre tantas com as raízes de fora. 

    Os antepassados chamavam-lhe a Árvore dos Segredos, porque...contavam eles...pessoas de todas as idades, escreviam tudo aquilo que podiam contar. Todas as palavras que não podiam dizer, tudo o que achavam que não era bom pensar. 

    Escreviam todas as dores, todas as desilusões, frustrações, raivas, todas as zangas, todas as mágoas, tristezas, medos, todas as respostas que não puderam dar a quem muitas vezes os ofendia, tudo o que não compreendia, o que achavam injusto e tudo o que tinham de silenciar.

    Pediam desejos, e entregavam à árvore, escrevendo com os papéis, antes era nas folhas da árvore, com uma pena. Depois metiam tudo nos buracos entre as raízes, cobertos de terra, ou onde outros não chegassem para ler. 

    E conseguiam! Não mexiam nas folhas uns dos outros, respeitavam, porque cada um que escrevia, não queria que outros lessem, por isso, se eles fizessem isso, quem tinha escrito também não gostaria que lessem. 

    A árvore dos segredos era uma espécie de ouvinte, ou...leitora! Era segura porque não contava a ninguém, nem lia! Só recebia. Apenas os desejos, que escreviam e pediam para contar às estrelas, para os realizar. 

    Quando muitos não eram realizados, quem os tinha escrito, sentava-se numa raiz e chorava. A árvore sentia pena, juntava as raízes e envolvia-as, num abraço. Apesar de se assustarem, gostavam desse carinho, e escreviam o desagrado, a tristeza pelas estrelas não realizarem seus desejos. 

    Outras vezes, usavam as suas raízes para sentar e meditar, relaxar, apreciar a paisagem, sentir o vento na cara, e nos cabelos, ouvir a variedade de sons, e ver a beleza de tantas cores diferentes dadas pelo sol. 

    Os Bisavós e Avós contavam que dezenas, às vezes centenas de pessoas de várias aldeias, juntavam-se nesse pinhal, penduravam presentes feitos em croché e paninhos bordados, ou deixavam flores, saquinhos de sementes, uma peça de fruta que os  nas raízes dessa árvore. 

    Diziam que era para agradecer as coisas boas que a Natureza dava, e para não faltasse nada do que era preciso, nas mesas das famílias, principalmente, daquelas muito numerosas. As raízes dessa árvore também serviam de abrigo para pequenos animais, habitantes do pinhal; ficavam todos enroscadinhos e protegidos do frio, do calor, do vento, onde dormiam. 

    Era uma árvore quase como um diário com chave, onde guardamos os nosso segredos, as coisas que não são tão agradáveis, as boas recordações, o que gostamos mais, o que não gostamos, os nossos medos, o que nos deixa tristes, magoados, aborrecidos. 

                                                                            FIM 

                                                                        Lara Rocha 

                                                                      4/Outubro/2025 

    E vocês? Gostavam mais de ter um diário com chave em papel, verdadeiro, uma árvore dos segredos, como esta? Porquê? 

    Podem deixar nos comentários, se quiserem. 


quinta-feira, 2 de outubro de 2025

A estranha nuvem

    Era uma vez numa aldeia, há muitos, muitos anos atrás, com famílias numerosas. Não eram muito ricos em dinheiro, mas tinham alimentos que a terra dava, amor, carinho, dedicação, entreajuda, amizade, partilha e alegria. 

  Faziam muitas festas, mesmo com pouca luz das ruas, às vezes reforçada pela luz da Lua, momentos maravilhosos que fazia sonhar. Reuniam-se ao ar livre na praça para ouvir e contar histórias, ver as estrelas e conviver. Os adultos conversavam, as crianças corriam, brincavam, cantavam, saltavam, faziam jogos coletivos, e era uma grande animação.  

    Além dos habitantes, voavam sobre as flores e pousavam nas janelas, nas árvores, nos vasos, nos arbustos, em todo o lado, centenas, milhares de pirilampos que encantavam toda a gente com a sua misteriosa e maravilhosa luz. 

   Não havia poluição, nem prédios, por isso iluminavam com toda a força. Até os que fugiam das cidades vizinhas, juntavam-se a estes. Um dia, infelizmente, a aldeia começou a crescer, as construções aumentaram, e com elas, os candeeiros com luzes fortes, iluminação pública por todo o lado. 

    A poluição quase tanta como nas cidades. Os pirilampos começaram a refugiar-se na flores, não saíam à noite, ou se o faziam era por pouco tempo. Começaram a sentir o peso da poluição e das luzes, que os deixavam confusos, irritados, perdidos, cansados. 

  A sua luz começou a enfraquecer, os habitantes mais velhos ainda perguntavam por eles. Comentavam entre si, o que seria feito dos pirilampos, porque tinham deixado de os ver quando saíam para os procurar. 

   Algumas noites, ainda tiveram a sorte de ver uma pequenina luzinha dentro de algumas flores. Espreitaram e viram que eram os pirilampos, mas estranharam ser uma luz tão fraquinha. 

- Acho que os pirilampos estão doentes - comenta um habitante 

- Também acho! - dizem todos 

- Quase não brilham! - diz outro 

- Estão em vias de extinção. 

- Que pena! 

- Porque será? 

- Não sei! 

- Coitadinhos. 

   Como não aguentavam aquele ambiente, decidiram procurar outro sítio. Numa noite, saíram todos juntos, praticamente sem luz nas caudas. Formaram uma nuvem escura, parecia uma invasão de mosquitos, com umas pintinhas luminosas, quase pareciam estrelas no céu noturno. 

   Voaram devagar, bem juntinhos uns aos outros para se ajudarem, se precisassem e dar força coletiva. Estavam tristes. Os habitantes, e quem viu do solo, assustou-se: 

- Olhem aquela nuvem, parece de mosquitos...a ondular! - repara um dos habitantes

- É mesmo! 

- Acho que é melhor irmos para dentro. 

- Eles parece que vão noutra direção! 

- Pois, mas podem voltar para aqui. 

- Hummmm....não me parece! 

- Eu acho que aquilo é uma nuvem no céu noturno...algum fenómeno astrológico! Tem umas pintinhas brilhantes, e mexem-se. 

- Cá para mim é concentração da poluição. 

- Também pode ser infelizmente. 

- Áh! Pois é... - concordam todos 

    Ficam a apreciar a nuvem negra que parecia do espaço, ou o bailado dos pássaros à noite, a ondular, a mexer em bando, pontos negros, com pontos luminosos. 

- Parece o bailado dos pássaros, à noite! 

- Mas eles não voam de noite, nem fazem bailados no escuro, a não ser que sejam morcegos. Só que os morcegos não têm luz. 

- Que estranho!

- Sim, é verdade. Só espero que não seja uma praga de insetos para dar cabo das nossas plantações e alimentos. 

- Também acho. - dizem todos 

- Longe vá o agouro. 

  Quando olham para as flores onde costumavam ver as luzes dos pirilampos, viram-nas escuras. Muito intrigados, espreitam e não veem nada! Nem rasto dos pirilampos. 

- Onde estão os pirilampos? 

- Desapareceram…! 

- Óh! Não acredito. - Lamentam

- Eram tão bonitos. - comenta outro 

- Pois eram. 

- Para onde terão ido? 

- Acho que para o papo de algum animal ou bando de animais esfomeados. 

- Que horror. 

- É a lei da sobrevivência. 

 Enquanto os habitantes procuravam explicações para o desaparecimento dos pirilampos, a nuvem afastava-se cada vez mais. Ao passarem na grande cidade, ninguém reparou neles. 

   Aqui voaram depressa, e fugiram para o monte da cidade, onde se respirava um ar mais fresco, e aparentemente puro. Descansaram, estavam exaustos. Gostaram desse lugar, ficaram por lá alguns dias, a sua luz tornou-se novamente mais forte. 

    Adoravam voar livres, no escuro, com a aragem fresca do vento, outras vezes quente, conseguiam ver a lua, as estrelas. Pessoas que gostavam de ir a esse monte, viam-nos, fotografavam-nos, e foram espalhando a novidade que havia pirilampos no monte. 

  A partir desse dia, todas as noites, dezenas de pessoas iam vê-los, maravilhados, tentavam apanhá-los para ter em gaiolas como se fossem grilos, mas eles não deixavam, fugiam, apagavam as suas próprias luzes. 

- Já não se está sossegado em lado nenhum! - reclama um pirilampo nervoso 

- Que perseguição! - comenta outro irritado 

- Realmente…! - concordam todos 

- Para que é que nos querem apanhar? Não somos grilos nem borboletas...ora! - lamenta outro pirilampo intrigado

- São um perigo, estes terráqueos. 

- São mesmo! - dizem todos 

- Se calhar iam vender-nos! - comenta outro pirilampo

- Mas era só o que faltava. Nós fomos feitos para andar cá fora. 

- Pois! Mas essas criaturas nem devem saber isso, ou não querem saber. 

- Também é verdade. 

- Daqui a pouco temos de mudar de sítio outra vez! - diz um pirilampo 

- Que horror! 

    De dia ninguém os via, de noite, para terem paz, começaram a sair do monte, e foram visitar o Jardim da Cidade. Gostaram muito desse lugar, não foram vistos, sentiram segurança, e paz, deliciaram-se com as flores, a terra fresca, as gotas da rega, a escuridão. 

   Quem os via no monte à noite, deixou de os ver. De vez em quando revisitavam a aldeia de onde saíram, em forma de nuvem negra que pareciam insetos, ou uma nuvem no espaço com estrelas em movimento. 

  Mas ninguém os via, porque os habitantes achavam que tinham desaparecido, e não procuraram mais. Nas cidades ninguém os via, e nesse jardim, estavam sossegados, não gostavam daquelas luzes. 

  Afinal, a nuvem misteriosa, eram os pirilampos em voo, juntos, à procura de um espaço sossegado. 

                                                         FIM 

                                                  Lara Rocha 

                                                28/Abril/2025 


E vocês, veem pirilampos na vossa cidade? 

O que acham que podiam fazer para chamar pirilampos?  

Acham que eles gostam mais do campo, ou da cidade? 

E vocês? Se fossem pirilampos, por onde andavam? 

Podem deixar nos comentários, se quiserem.