Era uma vez umas fadinhas pequeninas
que viviam nas rochas de uma praia. Saem de casa com o dia a clarear, algumas
ainda cheias de sono e de olhos quase fechados, a bocejar e a espreguiçar-se,
outras, já de olhos bem abertos e cheias de energia tinham por hábito tomar uma
bela banhoca no mar para acordarem e fazerem a sua higiene matinal.
A hora do banho era sempre de grande
festa. As pequeninas tiravam os pijaminhas, sentavam-se em conchas que
flutuavam na água ao sabor das ondas carneirinhas, e muito transparentes.
Diziam bom dia umas às outras e boa noite às estrelas que iam dormir.
Esperavam pelos primeiros raios de sol
que apareciam no céu e começava a festa! Já bem acordadas, saltavam para a
água, gritavam e fechavam-se nas conchas. A primeira entrada custava sempre
muito. Voltavam a sair das conchas e já conseguiam mergulhar, porque a água
geralmente estava muito agradável.
De mãos dadas saltavam dentro da água e
mergulhavam felizes, dançavam livremente na água, sozinhas e em roda, conviviam
e falavam umas com as outras, davam muitas gargalhadas e saltos, rodopiavam e
brincavam, até o sol se tornar mais quente.
Depois de tanta brincadeira, lavam as
suas delicadas peles e enormes cabelos com sabonetes feitos de muitas algas
variadas e perfumadas. Penteiam-se com os pentes em forma de estrelas-do-mar e
dentes de búzios, e já de manhã, cada uma saía da água, aquecia-se nas conchas,
vestia as suas belas roupinhas: vestidos finos, leves e brilhantes.
Juntavam-se
todas de mãos dadas em círculo e em silêncio, sobre o mar para receberem a
energia, força, calma, paz e frescura do mar, o calor, a energia e a luz do
sol, agradeciam, gritavam bom dia e rezavam baixinho.
Rezavam
para que o seu dia corresse bem, e para que estivessem atentas para ajudar quem
precisasse. Rezavam para ter boa saúde, rezavam pelas famílias delas e das
crianças do mundo, pelas próprias crianças e pela paz.
Também nunca se esqueciam de agradecer
tudo o que tinham de bom, todas as coisas maravilhosas da natureza. Enquanto rezavam
havia pessoas que viam o mar muito brilhante ao longe e não sabiam o que era!
Pensavam que era o sol a bater na
água! Bom…era…mas o que tornava o brilho mais forte e mais bonito, era a
presença das pequeninas fadinhas aquáticas que recolhiam e desapareciam para os
seus trabalhos, noutros sítios.
Agora…meninos e adultos: quando virem
o mar a brilhar, lembrem-se que são as belas princesinhas mágicas com asinhas
finas, que estão a rezar por todos, e pelo mundo em círculo de mãos dadas por
cima da água.
É por isso que gostamos tanto de ver
essa imagem, e sentimos a sua força…a luz delas é tão pura e tão boa que quase
não conseguimos olhar para ela!
Não se esqueçam de agradecer. Elas
gostam de ser vistas, mas são livres é por isso que elas desaparecem.
FIM
Lálá
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