Era
uma vez uma senhora velhinha, muito meiga, doce e simpática que vivia sozinha
numa casinha pequena, protegida por enormes árvores, era solteira, não tinha
filhos, mas nunca se sentia sozinha.
Nem estava muito tempo em casa, porque na floresta
todos gostavam tanto dela que estavam sempre a chamá-la para passear e fazer na
casa dos outros, bolos, decorações, roupas e muito mais. Ela nunca se negava a
ajudar.
A boa senhora era filha e neta de duas mulheres muito
especiais, de quem também recebeu alguns poderes mágicos, como a bondade, o
jeito para pintura, cozinha e costura.
Nessa floresta
viviam outros anões, fadas e borboletas muito bonitas. Um dia, misteriosamente,
aterra uma cegonha com um bebé no bico, exausta, ofegante, e fraca à beira do
lago da saúde.
Todos correm para
junto dela, preocupados.
- Por favor…ajudem-nos! Estou
doente! Tomem conta do bebé. – Pede a cegonha
Uma anã pega no bebé e os anões levam a cegonha em ombros
para o veterinário.
- Não te preocupes. – Diz um
anão
- Vamos cuidar de ti! –
Diz outro anão
- E do bebé também. –
Garante a anã
- Tu vais ficar bem. –
Reforça outra anã
Levam-na para o veterinário, e a anã leva o bebé para casa da
senhora velhinha. Ela alimenta-o, veste-o e olha para ele. Quando o bebé sorri,
voam centenas de pequeninas fadas à sua volta, felizes. A velhinha diz, sorridente:
- Este bebé vai ser muito
especial!
Ninguém percebeu o que ela queria dizer com aquilo, mas ela
sentia alguma coisa muito boa e especial. Enquanto o bebé dorme sossegado, a
velhinha senta-se na máquina de costura, pensativa.
- Aquele bebé tem alguma
coisa de muito especial! O que posso fazer para ele? Também terei de fazer
alguma coisa especial… (pensa uns segundos) Já sei…
E põe mãos à obra. Chama as suas borboletas de prata, que a
ajudam a decorar roupas para épocas especiais.
- Meninas…quero alguma
coisa muito especial, para aquela criança muito especial.
- Deixe connosco! – Dizem as
borboletas de prata, felizes
A velhinha e as borboletas fazem uma
linda manta de prata brilhante para o bebé. Cada borboleta abana as suas asas e
delas caem pequeninas bolinhas brilhantes de cor prateada, e a velhinha prega
pacientemente bolinha por bolinha num lençol bem macio, com fininhos fios
também de prata.
Nessa noite, a manta
fica pronta. Está um sonho de manta. A velhinha enrola-o carinhosamente na
manta de prata, pega nele ao colo e ele sorri.
- Vais ser muito especial…
A manta tinha os poderes da velhinha, e
das borboletas. Uns dias depois, a cegonha recuperou, e levou o menino enrolado
na manta.
O menino cresceu, e a velhinha tinha razão…ele era
mesmo muito especial. Sensível, bondoso, e curava pessoas com as suas palavras
de prata.
Ele nunca largou
essa mantinha, e foi muitas vezes à floresta visitar a querida velhinha que o amava
como um filho, ou um neto. E todos o adoravam.
FIM
Lálá
(3/Outubro/2014)
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