Era uma vez uma aldeia completamente gelada, as casas, e tudo o que estava fora delas. A neve era tanta que até congelou os fios de electricidade dentro dos postes de luz e ficou tudo às escuras.
Enquanto os flocos de neve caiam sem
parar, voavam baixinho, várias famílias de pássaros com penas de todas as
cores. Precisavam mesmo de se aquecer, e para isso, pensaram que o poste de
electricidade seria um bom sítio.
E seria, se não estivesse congelado. Mesmo assim, eles
pousaram lá, bem juntinhos, com as penas enganchadas umas nas outras, e os
pequeninos debaixo de si, e descansam um pouco.
O calor das suas penas juntas, e da sua amizade, aqueceram
os passarinhos, e derreteram o gelo dos fios de electricidade que estavam no
poste. Com esse calor, a luz voltou às casas, mas os bondosos passarinhos
ficaram congelados durante a noite.
Os habitantes das casas ficam com pena dos passarinhos, e põem-nos
à beira da lareira. O calor da lareira derrete a neve dos passarinhos e acordam
bem quentinhos.
As pessoas dão-lhes de comer e de beber, para agradecerem o
regresso da luz. Depois, todos abrem as portas dos seus jardins interiores, e
os passarinhos fazem lindos ninhos, com toda a rapidez e cuidado. Levam nos
bicos palhinha seca, tufinhos de ervas e folhas secas. Assentam com as patinhas
e instalam-se confortavelmente.
As pessoas gostaram tanto dos passarinhos, ficaram tão
felizes com o regresso da luz às suas casas, pelo calor das penas, que deixaram
os passarinhos viver felizes e em paz nos seus jardins interiores. Nesses jardins
eles podiam entrar e sair quando quisessem. Chamaram-lhes os pássaros da luz.
Os passarinhos sentiam-se tão bem naqueles jardins que todos
os dias chilreavam alegremente, cantavam em coro e individualmente, tão bem que
os senhores acordavam mais contentes.
A neve parou, e todos
foram brincar com os passarinhos que gostaram tanto desse sítio, e de lá não saíram
mais.
FIM
Lálá
(1/Outubro/2014)
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