Era uma vez um Senhor já com
muita idade, elegante, de barbas e cabelos brancos, que vivia isolado numa
floresta muito sombria. Poucas vezes saia da sua floresta e da sua casa, pois
passava horas de volta de livros, enciclopédias e experiências no laboratório
que ele próprio tinha criado.
Quando saia,
toda a gente tinha medo dele, pelo seu ar misterioso só que não sabiam que na
verdade ele era muito bom homem e…inventor!
Isso mesmo…adorava
inventar: roupas, flores, perfumes, cores, bolos, brinquedos, instrumentos, e
muitas outras coisas. Já tinha inventado um pouco de tudo. Assim que lhe nascia
uma ideia na cabeça, ele ia à procura de tudo o que precisava e punha mãos à
obra no laboratório. Era um homem muito feliz, e orgulhoso das suas criações.
Desta vez
sentia-se muito triste porque queria inventar alguma coisa nova, que ajudasse
as pessoas, ou o mundo, mas não sabia o quê! Sentia alguma coisa a ferver e a borbulhar
dentro da sua cabeça, mas não sabia o que era…talvez fosse uma invenção, mas
ele não percebia qual era.
Então, foi
à procura da resposta, passeando pela cidade. Mas não descobriu. Depois de
voltar, sentou-se na berma do rio para ver se lhe davam a resposta que tanto
procurava.
Ele estava muito sossegado, olhou para todo o lado,
para a água, para a gruta, para as pedras, e borboletas, e não descobriu nada. De
repente, ouviu umas sonoras gargalhadas, limpas, sinceras, vindas do coração…cheias
de felicidade. Foi aí que se fez luz na sua cabeça. Deu uma gargalhada,
levanta-se e vai para o seu laboratório muito feliz.
Pega num
frasquinho e põe: água do rio, umas gotinhas de cristais, pozinhos de sorriso
de bebé, umas colheres de riso do coração, gotas de brilho, e mete na sua
máquina de transformação. A máquina mistura tudo, dá voltas e mais voltas,
endireita, vira ao contrário, faz borbulhar e está pronto.
O resultado
final foi uns comprimidos muito especiais, muito diferentes dos que se tomam
para doenças. Eram em forma de sol pequenino, amarelos às pintinhas pretas e
com brilhantes.
Pegou nos
comprimidos e pediu a algumas pessoas que se cruzaram com ele na cidade, para
os tomarem. Ele queria ver o que faziam. Todas as pessoas a quem ele pediu,
tinham caras tristes, tinham boca, mas não tinham sorriso, nem brilho nos
olhos.
Depois de
tomarem o comprimido transformaram-se totalmente. Ganharam lindos sorrisos, e
uma enorme vontade de rir, soltam enormes, sonoras e lindas gargalhadas,
cristalinas, naturais, sinceras. Ganham brilho nos olhos que parecem cristais e
parece que se tornam outra vez crianças.
O inventor
fica muito feliz, porque tinha acabado de inventar os comprimidos do riso, da
alegria e da felicidade. Desde este dia, o inventor oferece os comprimidos às
pessoas dos hospitais, que se curam mais depressa por ficarem felizes e por
rirem e foi muitas vezes à cidade para os vender.
Assim, ganhou o respeito de todos, e muito trabalho,
porque quando precisavam de alguma coisa, iam a casa dele. Que grande invenção,
não foi? E com coisas tão simples, mas tão boas. Não se esqueçam de rir muito,
e de usarem as coisas que mais gostam.
FIM
Lálá
(7/Setembro/2014)
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