Era
uma vez um sol que estava na sua casa muito sossegado e quando sentiu cheiro a
fumo foi à janela…não queria acreditar no que estava a ver…o fumo vinha da
Terra, a sua vizinha de quem tanto gostava.
O
sol sentiu um calor enorme apoderar-se dele, e ouviu a Terra a pedir socorro.
- Então
vizinha…precisas de ajuda…Ááááhhhhh…estás a deitar fumo…
- Socorro…estou
a arder. – Grita a Terra muito assustada
- Como?
- São aqueles
malditos lá de baixo que me habitam.
- As tuas
bactérias.
- Nossas.
A
Terra tosse. O sol quase explodia e ficou vermelho de raiva. Era mesmo vermelho
que ele estava, e era dessa cor que se via da Terra, por trás da nuvem escura
de fumo.
Estava
prestes a explodir de raiva pela maldade que estavam a fazer com a Terra e a
Natureza…e por isso sentiam-no escaldante. O sol começou a tossir com tanto
fumo, e decidiu recolher-se. Só uns dias depois voltou à sua cor normal.
Noutro
dia, umas crianças de um colégio com os avós, construíram um gigantesco sol, de
espuma e pintaram-no com muito carinho. Puseram-no a secar no jardim, o sol
corou, fizeram uma roda, dedicaram-lhe poemas, canções, aplausos e danças.
O
sol ficou vermelho de felicidade, carinho, vaidade e gratidão, enviou beijinhos
em forma de borboletas vermelhas que invadiram o jardim e pousaram nas
bochechas de cada um.
Ficaram
muito surpresos, brincaram com elas, elas dançaram para todos, foram aplaudidas
e delicadamente acariciaram com as suas leves asas.
Quando
voltam à sala, as crianças construíram outro sol e pintaram-no de vermelho e
puseram-no à beira do outro. O sol sorriu corado.
Um
grupo de pessoas crescidas recortou muitos sóis de várias cores e tamanhos, com
mensagens muito bonitas, positivas, de coragem e força, e distribuíram pelas
pessoas que estavam doentes.
O
sol viu lá de cima, enviou um raio da sua luz, em forma de lágrima de cristal,
rubi, pela tristeza de os ver doentes, mas eram lágrimas curativas, e para
retribuir esse gesto tão bonito, abriu um grande sorriso, ficou vermelho e
todos os que receberam as suas lágrimas recuperaram a sua saúde e alegria.
Mas
houve uma situação em que ele ficou outra vez vermelho de raiva, quando viu uma
imagem igual à sua transformada num espelho, e numa porta da casa de uma bruxa
que vivia numa montanha. Quase explodia…
- Como é
possível, este monstro usar a minha imagem neste sítio e para maldades? Não
pode ser…no meio destas figuras! Horrendas.
Lança
um raio vermelho e a sua imagem desaparece desse lugar. A bruxa fica fora de
si, e tenta por outra vez a imagem do sol vermelho, mas o sol não deixa e
grita-lhe. O sol consegue vencer.
O
sol ficou vermelho para ajudar a cozinhar num grande pote que tinha muita
comida saudável para pessoas que só comiam coisas que faziam mal.
O
sol ficou vermelho para aquecer uma aldeia que estava congelada há muitos
meses, e as pessoas estavam a precisar dele. Fizeram uma grande festa para lhe
agradecer, e ele ficou vermelho de vaidade e felicidade. Agradeceu e brilhou
forte nos dias seguintes.
Ao
fim da tarde, quase à noitinha, o sol fica vermelho quando vê a lua a passar,
tão bonita, com os seus vestidos tão elegantes e leves. Ela é uma das suas
paixões, a outra é a Terra.
À
noite, a Terra acende milhares de luzes, que o sol adora ver, por isso ele não
aparece…fica no seu cantinho, a vê-las, e vai passeando pelo espaço para dar os
bons dias a outros pontos do Mundo, onde às vezes fica vermelho de vaidade,
outras vezes vermelho de raiva, outras vezes corado de ternura, e gratidão, e
outras vezes de paixão e felicidade.
É
melhor que o sol fique sempre vermelho por boas razões como nós não é? E vocês,
já viram o sol de cor vermelha? Quando? Onde? Em que parte do dia? Porque acham
que ele ficou vermelho?
Às
vezes o sol é vermelho!
Fim
Lálá
(9/Agosto/2016)
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