Era uma vez uma joaninha muito bondosa,
simpática, que até dava luz. Vivia com a família, numa casinha em forma de
flor. Uma noite, a Fada das Flores acompanhou o João Pestana na sua
distribuição de soninho e de sonhos. Gostou muito da casa da joaninha, talvez
por ser em forma de flor.
O João Pestana já a conhecia e sabia que
ela era muito boa! E toda a sua família também. Então, a fada meteu no saquinho
dela, umas sementes, e deixou um bilhetinho, com as instruções.
Não eram umas sementes como todas as
outras. Eram sementes de amor, que só nasceriam se fossem plantadas por alguém
com um coração bom.
De manhã, a joaninha acordou e plantou
as sementinhas por vários sítios, onde ela achava que podiam nascer. Mas não
sabia que o João Pestana tinha um amigo, que era muito traiçoeiro! Ele achava
que podia confiar nele, como também não tinha maldade, pensava que todos eram
como ele. Mas não. Esse amigo dele, fazia-se amigo.
Era mandado por uma bruxa malvada, invejosa que
detestava tudo o que era bom, e bonito. O João Pestana, com a sua inocência,
contou – lhe que a doce e bela fada das flores tinha saído com ele, na noite
anterior, e tinha deixado no saquinho para a joaninha, umas sementes de amor,
que só podiam ser plantadas por corações bons.
O amigo foi logo a correr contar à bruxa, e é claro,
ela não gostou nada. Pôs logo a sua cabeça a funcionar, para o mal. Disfarçou-se
de flor, e viu a joaninha a plantar com muito carinho.
Mal a joaninha
virou costas, a bruxa preparava-se para destruir as sementes, mas apareceu a
fada das flores, para regá-las, por isso, a bruxa ficou quieta. Logo que a fada
saiu, a bruxa conseguiu fazer a sua maldade: deitou um pó na terra que atraía
toupeiras, e estas comeram as sementes todas.
Passados uns dias, a joaninha não vê nenhuma folhinha,
e só vê buracos na terra. Fica muito triste, e chora. A fada das flores vai ter
com ela e vê-a muito triste, a joaninha diz-lhe que as sementes desapareceram.
A fada das flores fica desconfiada que foi sua
excelência, bruxa. Dá outras sementes à joaninha e as duas plantam-nas. A bruxa
destrói também estas sementes. Disfarçada de pássaro, come todas as sementes. Nem
assim se torna uma pessoa boa.
Como as folhas nunca mais aparecem, descobrem que foram
comidas. A joaninha planta outras sementes, e a bruxa tenta destruir outra vez,
mas desta vez não consegue. É apanhada em cheio, pela fada das flores, que a
expulsa, e fica a tomar conta das sementes toda a noite.
De manhã, a fada das flores dá instruções às árvores
para não deixarem a bruxa aproximar-se das sementes. Elas ficam bem alerta, e
cumprem as ordens.
A bruxa faz várias tentativas e maldades para destruir
as sementes, mas as árvores não deixam…fazem tudo o que podem para a afastar,
mesmo quando ela aparece disfarçada, porque tem um cheiro horrível.
As sementes crescem rápido, e dão flores. Desta vez, a
bruxa consegue roubá-las, porque intoxica as árvores sem elas darem por isso. No
dia seguinte, elas parecem muito mais velhas e com má cor.
A fada das flores percebe logo. Com uma dança que faz,
perfuma tudo, e as árvores ficam como novas. Elas pedem desculpa. A fada sopra
e as flores renascem.
A joaninha fica
muito feliz, e a fada das flores também. As flores que a bruxa tinha roubado,
murcharam rapidamente pela sua maldade. A joaninha volta a plantar e para não
serem roubadas outra vez, nem esmagadas, a fada das flores, juntamente com a
joaninha fazem uma cerca cheia de flores de pé alto, cada qual a mais bonita. Estão
agora muito bem protegidas.
Das flores e das sementes sai um cheirinho tão bom que
a bruxa detesta, por isso foge, aos gritos e nunca mais volta a chatear a
joaninha que era tão boa.
O João Pestana também descobriu que aquele que pensava
ser seu amigo, e a quem ele contava as coisas boas que lhe aconteciam, afinal
não era de confiança. Era mandado pela malvada bruxa, por isso, afastou-se
dele.
A joaninha e a fada das flores fazem uma enorme festa,
cheia de flores, com muita alegria, muita cor, e onde todos os habitantes da
floresta participam vestidas com flores, e de flores.
A joaninha tinha
muito orgulho em si mesma, por ter um coração bom como a fada das flores.
FIM
Lálá
(4/Fevereiro/2015)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Muito obrigada pela visita, e leitura! Voltem sempre, e votem na (s) vossa (s) história (s) preferida (s). Boas leituras