Era uma vez uma noite de Verão, numa aldeia, onde todos os meninos já dormiam. Enquanto dormiam, aconteceu uma coisa muito estranha…acordaram e ficaram sem sonhos! Voltaram a dormir e continuaram sem sonhos. Nunca tinha acontecido. E mais estranho ainda…na manhã seguinte, todos os meninos descobriram que nenhum tinha os sonhos.
DIANA –
Como pode ser? Tivemos todos o mesmo sonho?
NUNO –
Não pode ser, dormimos em casas diferentes, e em camas diferentes, não falamos
uns com os outros antes de dormir…
SARA –
Ficamos todos sem sonhos!
RITA –
Como é que isto aconteceu?
TODOS –
Não sei.
HUGO –
Alguém roubou os nossos sonhos.
FRED –
Mas roubou, para quê? Como?
ISABEL –
Cada um tem os seus sonhos!
PEDRO –
Pois…e os sonhos não são objectos, como os roubaram?
DIANA –
Então como explicas o desaparecimento deles?
SARA –
Alguém os veio buscar!
TODOS –
Quem?
NUNO –
E como os roubou? Abriu-nos a cabeça e aspirou os nossos sonhos?
ISABEL – Tens
alguma ferida ou marca na cabeça?
NUNO –
Não.
FRED –
Pode ter sido com uma máquina super poderosa a leyser ou qualquer outra
tecnologia.
HUGO –
A nossa cabeça não é nenhuma caixa de abrir e fechar para se poder meter e
tirar coisas de lá, nem sonhos, nem pensamentos.
TODOS –
Pois não.
RITA –
Então, o que aconteceu com os nossos sonhos?
TODOS –
Não sei.
ISABEL –
Será que dormimos esta noite?
TODOS –
Sim!
ISABEL –
Então se dormimos, tínhamos de ter sonhado.
DIANA – Espera…será
que não sonhamos…ou será que sonhamos e não nos lembramos do que sonhamos?
TODOS –
Huumm…
PEDRO –
Eu lembro-me muito bem que estava a sonhar, e de repente acordei…aí deixei de
sonhar, mas devia ter continuado a sonhar, quando voltei a adormecer, e tenho a
certeza que não sonhei.
SARA –
E que tal se procurássemos os sonhos?
TODOS –
Boa!
HUGO –
Temos aqui um grande mistério.
NUNO –
Estaremos atentos a tudo o que acharmos estranho.
TODOS –
Sim.
NARRADORA –
Durante todo o dia procuraram os sonhos por todo o lado. Treparam às árvores
para ver se estavam lá em cima, mexeram as folhas todas para ver se estavam
entre as folhas, ou se algum animal os estaria a comer…Umas árvores riem,
outras resmungam.
ÁRVORE 1 (a rir) – Ai, estás a fazer-me cócegas! Pára quieto.
ÁRVORE 2 (a rir) – Pára…olha que eu deito-te abaixo!
ÁRVORE 3 (resmunga) – O que estás a fazer aqui rapariga? Os rapazes é
que se penduram nas árvores.
SARA (ri) –
Desculpa lá…até parece que as meninas não podem fazer o mesmo!
ÁRVORE 3 –
Não é comum…
SARA (ri) –
Não é comum mas acontece! Se eu fosse um rapaz tu deixavas-me trepar?
ÁRVORE 3 –
Dependia.
SARA –
Dependia do quê?
ÁRVORE 3 –
Do que me fizesses, e de como me tratasses.
SARA – Estou
à procura dos meus sonhos.
ÁRVORES –
Dos teus sonhos?
ÁRVORE 3 –
Que sonhos?
SARA –
Esta noite fiquei sem sonhos.
ÁRVORE 2 – Não
dormiste?
SARA –
Dormi.
ÁRVORE 1 –
Então…?
SARA –
Dormi, mas não tive sonhos.
ÁRVORE 2 –
Não é preciso ter sonhos todas as noites!
ÁRVORE 1 – Até
podemos sonhar de olhos abertos, e acordados.
ÁRVORE 3 – Sim,
claro. Além disso…o que é que as árvores têm a ver com isso?
ÁRVORE 2 –
Estás a dizer que fomos nós?
ÁRVORE 1 –
Nós não saímos daqui.
ÁRVORE 3 –
Nós nem passarinhos roubamos quanto mais…isso de…sonhos…!
SARA (sorri) –
Não estou a dizer que foram vocês. Estou só a ver se alguém nos tirou os sonhos
e deixou em qualquer sítio seguro…Podia ter acontecido, não?
ÁRVORES –
Difícil.
ÁRVORE 1
– Nós não somos assim tão
seguras…pelo menos…para esconder coisas facilmente.
ÁRVORE 2 –
Isso jamais poderia ter acontecido…os únicos que se escondem aqui são os bichos
entre as minhas folhas, para se protegerem da chuva e dos caçadores.
ÁRVORE 3 –
Somos qualquer coisa, menos esconderijos de sonhos.
SARA –
Não viram por aqui ninguém estranho?
ÁRVORES –
Não.
SARA –
Então se calhar estavam a dormir.
ÁRVORE 1 –
Minha filha…nós ouvimos os barulhos das profundezas da terra, e a revolta das
nuvens…como não ouviríamos passos…o nosso descanso é leve!
SARA – Ouvem
os barulhos da terra? Como?
ÁRVORE 2 –
As nossas raízes, também são os nossos ouvidos.
SARA –
E que barulho faz a terra?
ÁRVORES –
Muitos!
ÁRVORE 1 – Muitas
vezes ouvimos o seu coração a bater…
ÁRVORE 2 –
A sua respiração…
ÁRVORE 3 –
O seu frio.
ÁRVORE 1 –
O seu calor…
ÁRVORE 2 –
A sua revolta…
ÁRVORE 3 –
E tudo o que ela sente, nós também sentimos.
ÁRVORE 1 –
Queres um conselho, menina…? Mesmo que não queiras, eu vou-te dar…vai
dormir…que os sonhos voltam a aparecer…
(Todas riem)
ÁRVORE 2 (a rir) – Bela sugestão.
ÁRVORE 3 (a rir) – É a melhor solução de todas as que alguma vez
imaginei! Muito boa! E fácil…
SARA –
Vocês não sonham?
ÁRVORES –
Às vezes…
ÁRVORE 1 –
Mas somos mais…fabricantes de sonhos…
ÁRVORE 2 –
É…quando se sentam no nosso colo, muitos pintores e poetas, constroem sonhos…
SARA –
E os sonhos constroem-se?
ÁRVORES –
Claro.
ÁRVORE 1 –
Depois de construídos, uns não funcionam, outros perdem-se e desfazem-se,
outros não se realizam, e outros…até acontecem! Mas fabricam-se todos…
SARA –
Então porque não funcionam todos?
ÁRVORE 2 –
Talvez porque são mal construídos, ou faltam pedaços para funcionarem na
perfeição.
SARA –
Então, se não funcionam bem, ou se faltam peças, deviam concertá-los não?
ÁRVORES –
Sim.
ÁRVORE 2 –
Mas há sonhos que não têm concerto.
SARA –
Porque não? Muita coisa tem concerto, por isso, acho que os sonhos também
podiam ter.
ÁRVORE 3 –
Filha, os sonhos são construídos, também com sentimentos e emoções, quando se
estragam não têm concerto.
ÁRVORE 1 –
E há sonhos que são únicos…insubstituíveis…se são destruídos pela desilusão,
não têm concerto.
SARA – E
o que fazem com esses?
ÁRVORE 1
– Ficam guardados para recordação,
como as fotografias.
ÁRVORE 2 –
Usamos para reconstruir alguns sonhos.
ÁRVORE 3 –
E para construir novos.
SARA –
Áh! Estou a ver…
ÁRVORES –
Encontraste-os?
SARA –
Os sonhos não…só disse que estou a perceber o que querem dizer…bem, vou
procurar noutro sítio.
ÁRVORES –
Isso!
ÁRVORE 1 –
Boa sorte!
ÁRVORE 2 –
Não desistas.
ÁRVORE 3 –
Estamos a torcer por ti.
SARA (sorri) –
Obrigada. Se virem alguma coisa estranha, por favor, digam.
ÁRVORES –
Sim, está bem!
Procuram
nos troncos das árvores que têm buracos, nas flores, nos cogumelos, na relva,
nas flores, nas cascatas, nos riachos, campos, nas tocas dos coelhos, nos
lagos, entre as folhas das espigas de milho, nos legumes que estão a nascer…e
nada! Dos sonhos nem sinal. Chega a noite, e todos estão na expectativa para
ver se esta noite os sonhos voltarão. Os meninos deitam-se, adormecem, e esta
noite, como na anterior, ficam outra vez sem sonhos…quem roubou os da noite
anterior, também roubou os dessa noite. Ontem ninguém tinha visto nada, porque
quem roubou tornou-se invisível e não passou por ali, mas hoje, a coruja que
estava pousada na árvore mais alta da aldeia, de olho bem aberto, atenta ao
mais pequeno ruído, sentiu alguma coisa estranha.
CORUJA –
Quem está aí?
O ladrão dos sonhos ficou gelado, e não tinha como fugir, transformou-se em humano.
Ele sabia que com as corujas não se brinca, então, achou melhor dizer a
verdade.
CORUJA – Quem
és? Sei que estás algures por ai…é melhor apareceres.
LADRÃO (resmunga) – Mas que raio de olhos…estou feito!
CORUJA –
Bem me parecia…! Não falha. O que fazes aqui, intruso?
LADRÃO –
Vim…só…passear!
CORUJA –
Passear a esta hora, por aqui…pela fresca, claro! Sei…! Achas que eu nasci
ontem…estás enganado! Sei muito bem quem vive aqui, e quem vem aqui…quantas
vezes…sei muito bem que nunca nos vimos antes. Além disso, está tanto calor,
que vieste de colete, não foi? O que tens debaixo do colete…?
LADRÃO –
Ora…debaixo do colete, tenho…a minha pele e o meu esqueleto…
CORUJA – Sim,
sim…e os teus músculos, e as tuas veias, e o teu sangue…desenrola…sei que tens
aí outra coisa!
LADRÃO – Não
tenho nada!
CORUJA –
Tens sim.
LADRÃO (nervoso) – Ora, para que é que queres saber? És algum
fiscal?
CORUJA –
Sou.
LADRÃO –
És polícia?
CORUJA –
Sou. Toda a gente que aqui passa, tem que ser revistado.
LADRÃO –
Até os habitantes?
CORUJA –
Até os habitantes.
LADRÃO –
Porquê?
CORUJA –
Por segurança. Este é um sitio de paz…Mostra!
LADRÃO –
Já disse que não tenho nada!
CORUJA –
Vamos…
LADRÃO –
Que chata. És mesmo gaja.
CORUJA –
Isso é bom ou mau? Sim, sou mulher…
LADRÃO –
Vê-se logo! Tão chata, com tanta pergunta…já descobriste tudo!
CORUJA (sorri) –
As mulheres são assim!
LADRÃO –
Ninguém vos pode dizer nada.
CORUJA –
Pode…o pior é que temos sensores de mentiras e vocês não!
LADRÃO –
Infelizmente tenho de concordar contigo.
CORUJA –
Até já sei o que levas aí…mas quero ouvir da tua própria boca.
LADRÃO –
O quê?
CORUJA –
És tu a dizer-me! E aconselho-te a dizer o que realmente é…caso contrário, ligo
o alarme e será muito pior.
LADRÃO –
Alarme?
CORUJA –
Claro! Quem rouba dispara o alarme!
LADRÃO –
Roubo? Mas…mas, eu…não roubei nada!
CORUJA (irónica) – Não? Óh…mas que injustiça a minha…estou a
acusar-te de uma coisa que não fizeste! Coitadinho! Mil desculpas…continuas a
achar que eu nasci ontem? Se não roubaste, porque não mostras o que tens
debaixo do colete?
LADRÃO –
Já te disse que não tenho mais nada além do que todos temos.
CORUJA –
Sei…mas então…o que é esse volume?
LADRÃO –
Não é nada!
CORUJA –
Não é nada…pois…(irónica) sou eu que estou a ver a mais, não é?
LADRÃO –
É. Com esses olhos grandes demais!
CORUJA (ralha) –
Anda…mostra. Abre o colete, ou eu ligo o alarme e vamos ter sérios problemas.
Já estou a perder a paciência contigo.
LADRÃO –
Ah…não…não…não é preciso! Calma.
CORUJA –
Se não roubaste, podes mostrar…é bom partilharmos.
LADRÃO –
Sim, sim.
Ele abre o colete e todos os sonhos voam, como se fossem bolas de sabão com
asas, e vão para os meninos que estão a dormir e voltam a ter sonhos.
LADRÃO (triste) – Óóóhhh…
CORUJA –
Que bonito…! Não tinhas nada…só tinhas a tua pele, os teus músculos, as tuas
veias, o teu sangue…o que toda a gente tem, não é?
LADRÃO (suspira, triste) – Ai! (envergonhado)
CORUJA –
Os sonhos dos meninos andavam a voar por aí, perdidos, e tu…como és
bonzinho…apanhaste-os e guardaste-os aí, no teu colete para não terem frio, ou
para não lhes acontecer nada, não foi?
LADRÃO (envergonhado) – Foi!
CORUJA –
Foi. Claro que sim…eu sei que sim! Mais uma vez, eu fui injusta contigo, não
foi?
LADRÃO –
Não!
CORUJA –
O que estavas a fazer com os sonhos dos meninos?
LADRÃO –
Nada!
CORUJA –
O que querias fazer com os sonhos dos meninos?
LADRÃO –
Nada!
CORUJA –
Nada? Roubaste os sonhos aos meninos para nada…? Isso não existe.
(O ladrão começa a chorar,
envergonhado)
CORUJA –
Que coisa mais feia…primeiro, roubar…e depois…roubar para nada!
LADRÃO – Óh,
eu não roubei nada.
CORUJA –
Então porque os tinhas no colete?
LADRÃO –
Porque queria ver o que são sonhos!
CORUJA –
O quê?
LADRÃO –
Sim! Eu não sei o que são sonhos…toda a gente fala em sonhos, e eu não sei o
que é…sou pobre! Não tenho dinheiro para comprar sonhos.
CORUJA –
Óh, santa ignorância…os sonhos não se compram! Ricos ou pobres…todos têm
sonhos.
LADRÃO –
Eu não tenho.
CORUJA –
Como não tens? Não dormes?
LADRÃO –
Muito pouco.
CORUJA –
Então tens sonhos.
LADRÃO –
Durmo mas não tenho sonhos.
CORUJA –
Tens sonhos sim…mas não sabes o que são…quando dormes, não vês imagens como se
estivesses a ver um filme?
LADRÃO –
O que é um filme?
CORUJA –
É o que dá na televisão.
LADRÃO –
Não tenho televisão.
CORUJA – Não
tens televisão? Mas sabes o que é não sabes?
LADRÃO –
Aquela caixa quadrada que tem um vidro com pessoas a falar lá por trás?
CORUJA –
Isso mesmo.
LADRÃO –
É. Não tenho.
CORUJA –
Mas vês imagens a dormir?
LADRÃO –
Acho que sim.
CORUJA –
De certeza que sim. E também podes sonhar de olhos abertos. Imaginar coisas que
gostavas de ter, ou de fazer, ou de ser…
LADRÃO –
O meu sonho é sobreviver e acordar cada manhã.
CORUJA –
Ora aí está. Esse é um sonho que realizas todos os dias, mas tens mais…!
LADRÃO –
Sim, ser rico!
CORUJA –
Outro sonho…todos sonhamos ser ricos…uns conseguem, outros não. Uns são mais,
outros são menos.
LADRÃO –
Uma casa maior…
CORUJA –
Outro sonho. Já fizeste alguma coisa para esse sonho se realizar?
LADRÃO –
Ainda não recebi dinheiro. Era por isso que eu ia roubar os sonhos dos meninos
para vender e ter dinheiro para os meus sonhos.
CORUJA –
Óh, filho…não é a roubar aos outros que conseguimos realizar os nossos sonhos!
Os sonhos pertencem a cada um neste nosso mundo. Cada um, tem sonhos comuns, e
tem os seus próprios sonhos. Os sonhos não são como a roupa, ou como os
alimentos que se vendem ou que se trocam…são de cada um.
LADRÃO –
Então eu não ia vender aqueles?
CORUJA – Não.
Podes ter a certeza que ninguém tos ia comprar.
LADRÃO –
Porquê?
CORUJA – Porque
os sonhos…são construídos, por cada um. Não servem para todos. Cada sonho é
diferente, cada pessoa tem um sonho diferente.
LADRÃO –
E os meus sonhos?
CORUJA –
Tens de os construir, e fazer alguma coisa para os conseguir, sem roubar, e sem
fazer mal aos outros.
LADRÃO –
E como é que eu os construo?
CORUJA –
Na tua mente…como aqueles de ter uma casa, uma televisão, e todos os outros. Lembra-te
que infelizmente nem todos os nossos sonhos se realizam, mas há muitos que são
possíveis, só que para isso temos de reunir tudo, e fazer o que se pode…
LADRÃO –
Não consigo!
CORUJA –
Não consegues o quê?
LADRÃO –
Sonhar!
CORUJA –
Claro que consegues sonhar.
LADRÃO –
Não tenho sonhos!
CORUJA –
Claro que tens sonhos, e esses que disseste podes muito bem realizá-los.
LADRÃO –
Como? Se não tenho dinheiro?
CORUJA –
Tens de trabalhar para conseguires dinheiro! Ele não cai das árvores, nem nasce
por aí…tens de te dedicar a eles.
A Coruja e o rapaz têm uma longa conversa, sobre sonhos e como realizá-los. O
rapaz fica muito mais feliz, e cheio de força, vai procurar trabalho. Muita
gente ajuda-o, e aos poucos, sempre com um sorriso na cara, o rapaz junta
dinheiro para realizar o seu sonho de ter uma casa, e uma televisão. Com tanto
dinheiro que juntou deu muito melhores condições de vida à família e ficou
muito mais feliz e orgulhoso, por conseguir realizar os seus sonhos sem ter de
roubar. Os meninos que andavam à procura dos sonhos, nunca mais ficaram sem
eles. No dia seguinte, o rapaz pediu à coruja para reunir os meninos, e
pediu-lhes desculpa pelo que fez. Eles perdoaram-no e ao saberem que era muito
pobre, ofereceram-lhe roupas e outras coisas que não precisavam, e o pai de um
dos meninos tratou das obras de reconstrução da casa dele que estava prestes a
cair. Ganhou novos amigos…uma segunda família e sempre que podia, agradecia às
famílias e aos meninos, com pequeninas ofertas. É mesmo assim…todos precisamos
de ter sonhos para vivermos, e para ter algum coisa por que lutar…uns
conseguimos concretizar, outros não…mesmo assim, devemos sempre construí-los e
lutar por aqueles que são bons, essenciais ou mais possíveis de realizar. Os
outros…ficam guardados na nossa caixinha dos desejos. E não precisamos de
roubar ou fazer mal…tirar aos outros o que é deles, para termos e construirmos
os nossos sonhos. Basta fecharmos os olhos, e deixar que as bolas de sabão com
asas que povoam a nossa cabeça, os construa.
FIM
Lálá
(10/Fevereiro/2014)
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