Era uma vez uma menina que foi passear
até à Lua. Na Lua, encontrou-se com as estrelas que a levaram até um sítio
nunca antes descoberto. Nesse sítio que era enorme…parecia
vários campos de futebol juntos, o chão era feito de pedaços de rocha de
vulcões adormecidos há muitos milhões de anos, por isso, eram de cor escura.
Espalhadas
por todo o lado, estavam umas grutas, e rochas de vulcão com crateras onde
repousavam unicórnios pequeninos, póneis, cavalos e outros animais que não
existem na terra. Alguns animais eram muito estranhos, mas todos mereciam ser
vistos e acarinhados. Eram meigos.
A
menina brinca com uma espécie de animal, que parecia um cão, mas tinha rabo de
porco, e pelo branco, olhos de lobo, orelhas de coelho e focinho de gato, com
uns cornos. Apesar de ser…não muito bonito, era simpático e muito educado,
brincalhão e saltitão, traquina.
Logo
aparece outro muito ciumento, que tinha corpo de vaca, patas de pato, pelo de
ovelha e orelhas de cão, que a levou a conhecer as suas crias…parecidas com dálmatas.
Pelo
caminho cruza-se com unicórnios grandes e cavalos altos, de pelo brilhante,
patas elegantes…lindos! Montou numa linda unicórnio, azul, e cavalgaram para um
jardim cheio de flores lindas, umas grandes, outras pequenas, umas estavam com
as pétalas abertas, outras tinham as pétalas fechadas.
Porque
estavam elas fechadas? A unicórnio respondeu à menina que umas estavam fechadas
porque estavam a dormir, outras estavam fechadas porque eram envergonhadas,
outras, porque guardavam segredos e tristezas, desabafos das pessoas da terra,
e outras para proteger borboletas.
Ainda
encontrou flores que voavam em cima de pipocas. Quer dizer…para a menina eram
pipocas, mas na verdade, eram os carros das flores, feitos de estrelas que se
desfizeram há muito tempo. Outras flores, voavam pelo espaço sem pressa, sem
rumo, só para…descansar, meditar, e relaxar, porque eram flores reformadas.,
algumas já velhinhas, e outras quase sem cor.
Além
das flores, e dos animais estranhos que viviam lá, também havia umas lindas
casas, feitas de estilhaços de planetas que explodiam, pedaços de estrelas e
pedras da lua. Nessas casas viviam umas fadas, centenas delas, e duendes,
elfos, bruxas e até feiticeiros que tinham ficado desempregados na terra.
Depois,
a menina dá um mergulho com as fadas num lago com água cor-de-rosa, quente. Todas
saltitaram e brincaram na água, com golfinhos que faziam habilidades.
Foi-se secar à praia de areia branca,
com sol, e uma temperatura muito agradável. Refrescou-se à sombra de uns anéis de
metades de planetas, que de vez em quando soltavam pequenos salpicos de água
morna para a menina, que bem que sabia. Um belo sereio serve-lhe uma água com
limão. Huummm…que fresco…que bom que estava.
De repente…o céu fica escuro, e
forma-se uma violenta tempestade. A menina regressa à Terra e grita.
- O que foi, filha? – Pergunta a mãe da menina.
- O que foi isto?
- Está a começar uma tempestade lá fora…!
- Mas…eu não estou na Lua?
- Na Lua? Não…estás na terra, na tua casa!
- Óhhh…eu não saí daqui?
- Não…onde querias ir?
- Eu ainda agora estava lá em cima...a apanhar
sol, mas de repente…o céu ficou muito escuro, e formou-se uma tempestade.
- Lá em cima, onde?
- Na praia da Lua.
- Onde é isso?
- É no Universo…lá em cima, onde moram as
estrelas, e a Lua.
- Áh! (sorri) Já percebi. Estavas a sonhar!
- Estava a sonhar?
- Sim. Tu adormeceste.
- Óh…mas…eu até andei numa unicórnio azul… (a
menina descreve tudo à mãe) Óh. Foi só um sonho?
- Sim, claro, filha…foi só um sonho! Mas foi um sonho
muito bonito! A tempestade é que te fez acordar.
- Pois foi! Óóóhhh…parecia tão real. Eu gostava
muito que tivesse sido real.
Não faltava nada, naquele cantinho do
Universo…havia piscinas, campos de animais e de cultivo, jardins, igrejas,
escolas, consultórios e hospitais, restaurantes, supermercados, lojas, centros
comerciais…tudo! Mas que grande agitação…parecia quase uma grande cidade do planeta
terra, cheias de trânsito, em hora de ponta, a todo o minuto. Ou…um batalhão de
formigas que procuravam alimento desesperadas. A única diferença é que aqui não
havia buzinas de carros, nem maus cheiros, nem fumos, nem gritaria. Não havia
Guerra, porque todos os seus habitantes sorriam uns aos outros, quando se
cruzavam, abraçavam-se e beijavam-se, davam apertos de mãos e diziam bom dia! E
tudo não passou de um sonho!
FIM
Lálá
(18/Dezembro/2013)
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