Era uma vez uma grande quinta onde viviam várias famílias de pessoas e animais, entre eles cavalos.
Mas estes cavalos que pareciam iguais aos outros, não eram. Tinham um poder especial, totalmente desconhecido dos seus donos, dos outros animais e dos próprios cavalos.
Numa noite de tempestade com tudo incluído: chuvadas, vento forte e trovoadas assustadoras, os animais estavam com tanto medo quanto as pessoas, e corriam de um lado para o outro, à procura de abrigo, pois tinham andado a pastar num outro terreno ao lado, e os donos não tiveram tempo de os recolher porque a tempestade começou de repente.
Os cavalos desatam a correr, e dos seus pelos começam a sair rosas de várias cores, umas em botão, outras mais abertas, nem perceberam o que estava a acontecer. Os animais ficaram boquiabertos, parados a olhar para os cavalos e para o chão, a ver tanta rosa.
Pelo caminho de regresso à corte, enchem o chão de rosas, e os humanos que estavam a ver a tempestade da janela, dentro de casa viram as rosas a sair do pelo dos cavalos.
- Que coisa estranha!
- O que há?
- Está qualquer coisa a cair do pelo dos cavalos.
- É água.
- Não. É outra coisa!
- Estás a imaginar, só pode. É normal que seja água, eles andaram à chuva.
Quando a tempestade parou, foram investigar para tirar as dúvidas e ver quem tinha razão. A senhora tinha razão, o caminho estava cheio de rosas de todas as cores que os cavalos largaram dos seus pelos.
- Vês, como eu tinha razão?
- Eu também tinha razão, olha tanta água.
- Está bem, tem muita água, mas como explicas tantas rosas?
- Não sei. Podem ter caído das roseiras, ou levadas pelo vento, ou vieram agarradas às patas.
No estábulo, o pelo dos cavalos está seco, mas à volta das patas, no chão, cheio de rosas.
- Como pode ser?
- Mas o que se passa com estes cavalos?
Chamam o veterinário que não faz a mais pequena ideia do que se passa com os cavalos, nunca tinha visto nada assim.
Outra vizinha também foi perguntar de onde vinham tantas rosas, e nem acreditou que fosse dos cavalos.
De repente, sente-se uma variedade de cheiros horríveis que provocavam náuseas, vinham da lixeira próxima da casa.
Os cavalos ficam nervosos, e inquietos com os cheiros, e galopam até à lixeira. Os donos seguem-nos para ver o que iam fazer, e mais uma vez os maus cheiros ficaram abafados pelo delicioso e leve perfume de milhares de rosas que os cavalos largam.
Os humanos não podiam estar mais orgulhosos e felizes, mesmo sem saber como é que aqueles seus animais tinham tal poder.
Os donos arranjaram mais uma fonte de rendimento, pois aproveitaram as rosas que os cavalos largavam, e venderam-nas na cidade. Num instante, todos ficaram a saber dos cavalos que largavam rosas, e quiseram conhecê-los, sendo fotografados, para casamentos, revistas e festas.
Quando os cheiros da lixeira tomavam conta do ar na aldeia, os cavalos corriam para lá, enchiam o espaço de rosas, e assim melhoravam o ar.
Foi assim que os cavalos ganharam o nome dos Cavalos das Rosas.
E vocês, gostavam de conhecer os cavalos das rosas?
E se vocês fossem os cavalos das rosas? Por onde andariam? O que veriam?
Podem deixar as vossas respostas nos comentários
:)
FIM
Lara Rocha
5/Setembro/2021
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