A lenda nasceu há muitos séculos atrás, e diziam ter começado como forma de prémio dado pela Mãe Natureza, a uma família muito generosa, pobre, mas muito lutadora, trabalhadora, onde não faltavam legumes, vegetais, frescos, grandes, suculentos, e ainda partilhavam com os outros vizinhos.
Por tanta dedicação, a Mãe Natureza estava sempre a retribuir, enchendo os campos com todas as culturas, incluindo espigas gigantes, para terem sempre pão.
Acontecia durante o mês de Setembro e Outubro, com a chegada da época das vindimas e a entrada do Outono.
Nesta aldeia, a lenda também acontecia, mesmo que os habitantes nunca tivessem visto, as espigas juntavam-se, faziam pratos deliciosos para comer, dançavam iluminados com o reflexo da lua cheia gigante, brincavam, corriam livres, soltas, saltavam, tocavam músicas, e cantavam.
As espigas entregavam pequenas surpresas a todos os habitantes. Deixavam bolinhos e pãezinhos de milho, fofos e deliciosos às portas e janelas das casas da aldeia.
Ofereciam colares de bolinhas douradas pintadas com sol, amarelas e outras cores, pendurando-as nas janelas, principalmente dos quartos das crianças e dos casais, para trazer alegria, saúde e riqueza de alimentos.
Além dos mimos de comer, e dos fios, enchiam conchas, búzios e frascos, com bolinhas de milho, brincos embrulhados em folhas verdes, davam milho aos animais das casas.
Os habitantes não sabiam quem, nem como apareciam aqueles mimos nas portas e janelas, mas faziam uma grande festa para agradecer à Mãe Natureza, tudo o que ela dava.
A Natureza não é uma lenda, é bem real e mesmo muito nossa amiga! Por isso devemos retribuir os presentes que ela nos dá todos os dias! As espigas devemos ser nós.
Se vocês fossem espigas, o que ofereceriam às casas?
FIM
Lara Rocha
5/Setembro/2021
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