Era uma vez um candeeiro num jardim
público, que tinha uma estátua de mulher a segurar uma bola de luz nas mãos, e
estava pousada debaixo de uma árvore centenária muito frondosa, com um tronco
muito grosso. Aí estava protegida, e a sua luz iluminava todo o jardim, aquecia
a árvore, e as folhas.
Debaixo do candeeiro, talvez pela sua
forma feminina, instalavam-se todas as noites, vários elfos e fadas, gatos e às
vezes cães vadios, borboletas, e aves que se enroscavam, encostavam e
abraçavam-no.
A estátua do candeeiro era muito
carinhosa, e ganhava vida para seres especiais, e quem ela aconchegava,
abraçava, protegia, aquecia, conversava e fazia companhia. Era adorada por
todos e a intensidade da sua luz aumentava e diminuía conforme as necessidades.
Um dia, uma ave de rara beleza voava aflita
à procura de um lugar seguro onde fazer um ninho para chocar os seus ovos. A mãe
candeeiro, como lhe chamavam, perguntou à ave se precisava de ajuda. A ave
explicou-lhe tudo, e logo lhe arranjaram um maravilhoso ninho, grande,
confortável e vigiado.
A ave instalou-se e descansou. Esteve vários
dias em que ao buscar comida e voltava, enquanto isso, todos tomavam muito bem
conta dos ovos, a mãe candeeiro aquecia-os com a sua luz e as fadas flores
tapavam os ovos com as suas pétalas macias para proteger dos perigos.
Chegou o grande dia. Os ovos começaram a
estalar, e os passarinhos saíram muito trôpegos, sem penas. Todos assistiram
muito entusiasmados, e enternecidos, ao ver a ave mãe toda carinhosa e
orgulhosa, feliz, aplaudiram e além da ave mãe, os bichinhos receberam muito
amor e carinho da mãe candeeiro e de todos.
Acompanharam
e festejaram todos os pequeninos voos, primeiro muito desajeitados, depois
grandes, abertos e maravilhosos, o nascimentos das penas, desde as primeiras
até ás últimas, que ficaram tão bonitas como as da mãe, deixando encantado quem
via aquela explosão de cores, e bailados maravilhosos.
As fadas
e os elfos ensinaram muito aos pequenitos, brincaram muito com eles, e construíram
uma verdadeira família do coração, muito felizes. A bela ave os filhos nunca
mais abandonaram esse lugar, nem a mãe candeeiro que estava sempre atenta,
aquecia e cuidava de todos.
FIM
Lálá
(9/Maio/2016)
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