LETRA A
(Identificar todas as palavras
começadas por A. Estimular a Atenção e a memória)
A Águia Ana saiu do seu ninho, quando
o dia estava a amanhecer. Acordou com o galo que vivia no jardim da Avó Luísa, e
do Avô André.
Com
os primeiros raios de sol, que hoje não está por trás das nuvens, o Galo começou
a cantar alto e bom som.
A
águia voou à procura de alimento pelos campos fora. A Avó Luísa e o Avô André
acordaram, lavaram-se, vestiram-se, tomaram o pequeno-almoço e prepararam-se
para mais um dia de trabalho.
Hoje
o trabalho não ia ser ao ar livre, e estavam bem agasalhados, pois estava um
dia cinzento, o céu estava cheio de nuvens enormes e escuras, pesadas, que mais
pareciam grandes bolas de algodão, carregadas de água.
A
Avó Luísa foi buscar a sua neta, Ana Paula, que vivia umas casas á frente da
sua. Ana Paula estava de férias mas os seus pais ainda não…então, para não ficar
sozinha, ia ficar com a sua Avó Luísa que muito amava.
As
duas costumam fazer muitas coisas juntas, e muito divertidas, como: apanhar
flores, frutos, legumes, alimentar e dar de beber aos animais, arrumar roupa,
cozinhar e conversar, cantar, passear, brincar, ler histórias, fazer colares de
flores naturais, e muito mais.
Chegam
a casa, Ana Paula abraça e beija alegremente o Avô André, e faz-lhe um pedido:
- Avô…posso
ir andar de bicicleta?
O Avô André responde-lhe:
- Hoje, não,
filha…não vês que está a chover?
- Óóóóhhh…!!!
– Exclamou a Ana Paula muito triste.
- Podes
ficar doente, se apanhares chuva. – Acrescentou o Avô André.
- Claro
querida, o Avô tem razão. E podes cair e magoar-te. Vens connosco para a Eira,
e ajudas-nos a apanhar as nozes e as aveias que caíram das árvores, para
fazermos um belo bolo de chocolate, com esses frutos, ao lanche…pode ser? –
Pergunta a Avó.
- Está bem,
Avó, eu ajudo-te a apanhar as nozes e as aveias, adoro bolo de chocolate com
esses frutos, feito por ti. – Concordou a Ana Paula, a sorrir, e disse
orgulhosa da Avó.
- E também
temos as amêndoas, que tornam o bolo mais saboroso não acham? – Lembrou o Avô André, ciumento.
- Sim, é
verdade! – Respondem as duas.
- Vamos
então! – Ordenou o Avô.
A Avó Luísa, o Avô André, e a neta Ana
Paula, levam o guarda-chuva e vão para a eira. A Ana Paula pergunta:
- Óh Avó…já
deram de comer aos animais?
- Sim,
querida. Enquanto a tua Avó te foi buscar, eu alimentei os animais! – Responde o
Avô André.
- E deitaste-lhes
água? – Perguntou a neta.
- Sim,
deitei-lhes água…eles precisam dela, como nós. – Respondeu o Avô.
- Pois é,
Avô. Eu também bebo muita água. – Respondeu a Ana Paula.
- Fazes tu
muito bem. Queres beber agora? – Responde, e pergunta a Avó.
- Não, Avó…agora
não! Obrigada! – Respondeu Ana Paula.
- Mais
tarde, bebemos chá…ao almoço! – Diz a Avó.
- Boa! –
Respondeu a menina.
Os três apanham as aveias, as
amêndoas, e as nozes na eira, para o bolo. Lá fora, a Águia Ana apanhou o seu
alimento preferido, e pousou numa rocha da grande montanha, para procurar um
sítio onde não chovesse.
A águia não consegue voar, porque está vento e ameaça
chover a qualquer altura. Encontra uma pequenina gruta, e entra.
- Áh! Finalmente
encontrei um sítio. Fico aqui. Acho que não vive aqui ninguém. Se aparecer
alguém, eu peço desculpa por ter entrado, e explico que não foi por mal…foi só
para me abrigar da chuva e do vento, e digo que…não consigo voar.
Começa a chover muito forte! O vento
abana tudo por onde passa, assobia, sacode as árvores, as flores, as antenas
das casas, caem folhas às centenas…as nuvens parecem algodões a desfazer-se, e
as gotas de chuva são enormes, pesadas, com pedras de gelo.
- O que é
isto? – Perguntou um morcego que vivia na gruta onde estava a Águia Ana.
A Águia Ana estremece.
- Ai, que
susto!
O morcego ri.
- Desculpa,
não te queria assustar! – Diz o morcego.
- Tu vives
aqui na gruta? – Perguntou a Águia.
- Sim…quer
dizer…para já sim! Eu não fico muito tempo na mesma casa.
- Desculpa,
acho que invadi a tua casa! – Diz a Águia preocupada e envergonhada.
- Não. Fica descansada.
– Responde o morcego, simpático.
- Não te
tinha visto!
- Não me
tinhas visto…? Com esses olhos que vêem tudo a longa distância? – Diz o
morcego, surpreso.
- Olhei,
estava tudo sossegado, não ouvi barulho, nem vi ninguém, pensei que estava vazia.
– Explica a Águia.
- Não te
preocupes…! – Recomenda o morcego.
- Estou a
abrigar-me da chuva e do frio, do vento… - continua a Águia.
- Cala-te um
bocadinho, por favor…eu não te estou a pôr para fora! – Pede o morcego.
- Eu sei…mas
não quero estar a incomodar-te…não gosto de ser atrevida, e de entrar na casa
dos outros, sem pedir licença. – Explica a Águia.
- Não
incomodas nada. Fica á vontade. O tempo não está para brincadeiras, nem para
caçadas, nem nada. Só para estar recolhido! – Comenta o morcego.
- Pois é! –
Concorda a Águia.
- Está muito
escuro. – Repara o morcego.
Os animais estão recolhidos, e
continuam a falar um com o outro sobre vários assuntos.
Chove torrencialmente,
mas dentro de casa não chove, e a Ana Paula está na cozinha a fazer o delicioso
bolo com a Avó.
O Avô está sentado à lareira a aquecer-se. Enquanto o bolo fica
no forno a crescer, a Ana Paula ajuda a Avó a dobrar a roupa, a arrumar uns
armários, e a enfeitar umas jarras.
De repente…começa a trovejar. A Ana
Paula tem muito medo da trovoada, mas a Avó Luísa é muito corajosa.
O Avô André
senta a sua neta no colo, e conta-lhe uma linda e divertida história que a faz rir
muito com o que o Avô lhe conta. O bolo fica pronto, e comem-no deliciados,
acompanhado com chá.
- Huuummm…está
mesmo bom. – Elogia o Avô André.
- Sim…os
bolos da Avó são sempre mais que bons. – Acrescenta a neta.
A Avó Luísa sorri vaidosa.
- Tu também
ajudaste querida! – Valoriza a Avó.
A trovoada desfaz as nuvens que mais
pareciam algodões gigantes e o sol volta a brilhar no dia seguinte.
Na manhã seguinte:
o galo da Avó Luísa e do Avô André, voltou a cantar, a Águia tornou-se uma
grande amiga do morcego que a acolheu na sua casa, o morcego sai de noite, mas
recebe muitas vezes a sua amiga na gruta, que também leva alimento para ele.
A
Avó Luísa e o Avô André saíram para o campo, e a menina Ana Paula foi passear
pelos campos, apanhou flores, amoras silvestres, ajudou os Avós a fazer as
tarefas simples, deitou-se à fresca e brincou com os cãezinhos, gatinhos, coelhinhos,
patinhos e outros que com o sol puderam andar à vontade pela quinta.
FIM
Lara Rocha
7/Junho/2013
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