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Era uma vez um grande grupo de árvores num parque da cidade, iguais às outras, verdes, castanhas no tronco, frondosas no Verão e na Primavera, com poucas folhas no Outono e no Inverno.
Umas tinham uns troncos largos e outros mais fininhos, mais largos e mais compridos, mais longos e mais curtos para os lados, e para cima.
Outras tinham os troncos mais estreitos e os raminhos esguios, uns mais curtos, outros mais compridos, uns para cima, outros para baixo e outros para os lados.
O parque era muito agradável, e visitado, principalmente de dia, mas à noite...acontecia algo mágico de grande beleza, que quase ninguém via.
Essas árvores que pareciam iguais às outras, absorviam toda a luz do sol, todo o calor, e à noite, pareciam autênticos candeeiros.
Ficavam todas iluminadas, a luz do sol que tinha guardada de dia, percorria o tronco principal, como se fossem fios elétricos.
A luz que saia deles era amarela dourada, brilhante, intensa, forte, e do tronco grande, passava para os seus troncos mais finos, nas diferentes posições.
Umas a seguir às outras acendiam-se e aqueciam o espaço frequentado por pessoas que gostavam de ir para lá à noite, passear, ler, meditar, desenhar, tocar música.
Algumas pessoas cortavam um tronco pequeno e plantavam como se fosse uma árvore num vaso, para ver se funcionava nas suas casas.
Não funcionavam! Porque não ficavam ao sol, e porque tinham sido cortadas da árvore principal. Além de iluminarem e aquecerem, ainda soltavam raios gigantes de luz amarela dourada por cima de todas as casas onde havia conflitos, doentes e problemas.
Iam aos hospitais, para ajudar as pessoas que lá estavam a curar-se. Algumas conseguiam, outras, infelizmente não.
Não viam os raios mas sentiam a sua energia, sorriam corajosos, do «nada», sentiam-se mais calmos, e mais fortes na sua passagem. Outras pessoas conseguiam ver os raios.
Os animais de rua adoravam dormir aos seus pés, para se aquecerem, e os troncos faziam carinhos aos cães e gatos.
Estas árvores pareciam ter telepatia, porque quando alguém pensava nelas, ou desejava ter a sua luz por perto, os raios dourados estendiam-se e iam mesmo para a beira dessas pessoas, enchê-las de luz.
As pessoas nem sempre a viam, mas sentiam a sua presença, energia calorosa, tranquila, relaxante. Já experimentaram tocar numa árvore?
Experimentem, e enquanto a abraçam, imaginem que saem dela, raios de luz dourada. Como se sentem ao abraçá-la? Sentem a sua luz? Como é?
As árvores são muito generosas para nós, fazem-nos tão bem que parecem ter luz dourada, como estas, não é?
Podem deixar nos comentários.
FIM
Lara Rocha
14/Janeiro/2024
Em pequena trepava a uma oliveira, quando ia para o campo, é através das árvores que recebemos oxigénio, apesar do oxigénio vir do fundo do mar (das algas).
ResponderEliminarComo cantava a minha avó:
"Caem folhas, uma a uma;
Na erva verde dos prados;
São folhas do Castanheiro, dos Choupos e do Sobreiro;
Do Carvalho esburacado!
As folhas amarelinhas, vão caindo, vão caindo;
Parecem o choro das plantas, marterizadas e santas, pelo sol que vai fugindo;
Pelo sol que vai fugindo."
Mariana Carramate
Olá Mariana, muito obrigada pelo comentário! :) Que bonita essa canção, que é quase uma «oração» ou uma declaração de gratidão à Natureza tão valiosa para nós e tantas vezes esquecida ou maltratada. Que linda recordação! São lembranças como estas que nos fazem sorrir e que nos dão uma força extra, nos momentos menos bons.
EliminarObrigada pela visita.
Volte sempre! :D
Até já.
Lara Rocha
L
É mesmo, é da natuzera que provém tudo, a minha avó era uma pessoa sábia.
ResponderEliminarNa nossa família sempre tivemos um grande respeito pela natureza.
As andorinhas faziam um ninho grande no terraço, também chegaram a criar no pátio, um dos passarinhos caiu do ninho, tentei ajudar, mas não consegui salvá-lo. Também chegámos a ter ninhadas de ouriços cacheiros no quintal.
Quando era pequena a avó cantava-me uma canção sobre os passarinhos:
"Os passarinhos tão engraçados;
Fazem os ninhos, com mil cuidados;
São para os filhinhos que estão para ter, que os passarinhos, os vão fazer;
São para os filhinhos que estão para ter que os passarinhos os vão fazer;
No bico trazem coisas pequenas, os ninhos fazem de musgo e penas;
Depois lá têm os seus filhinhos, tão pequeninos ao pé da mãe;
Depois lá têm os seus filhinhos tão pequeninos ao pé da mãe;
Nunca se faça mal a um ninho, à linda graça de um passarinho;
Que nos lembremos sempre também, do pai que temos da nossa mãe;
Que nos lembremos sempre também, do pai que temos da nossa mãe."
Beijinhos,
Mariana.
Olá Mariana, que linda canção de amor à Natureza que a sua Avó cantou. A Sra tinha muito jeito para rimas e canções. Tão bonitas essas memórias :) a Natureza também é uma fonte de inspiração para mim, e desde pequenina tive o privilégio de ir aos Domingos e nas férias para a aldeia da minha mãe conviver, brincar e contemplar a Natureza. O meu Avô adorava mostrar-nos coisas bonitas do campo. Também vi ninhos e passarinhos, os animais da quinta, imaginar formas nas nuvens, e ainda hoje adoro contemplar, ver imagens da Natureza e fotografar. Obrigada pela partilha. Beijinhos :) Lara Rocha
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