Desenhado por Lara Rocha
Porquê?
Porquê tanta gente sem vida, ou vivas mas vazias? Porquê? Tanta gente violenta, com sede de vingança, porquê? Tanta cabeça perdida? Porquê tanta gente louca a fundir-se na terra, em lágrimas, em desespero? Porquê tanta gente em destruição, que vive entre gritos, os delas e os dos outros contra elas? Porquê tanta gente a suicidar-se?
Tantos porquês, que pensamos...tantos porquês que ficam sem resposta, apenas com a certeza...o mundo está doente! Tempestades absurdas nunca antes vistas, intempéries nunca antes sentidas, sismos e tsunamis que parecem descarregar toda a raiva que o ser humano exala a toda a hora, contra a terra, contra si, contra todos.
A raiva do ser humano que passa para a terra, e esta devolve, em forma de fenómenos atmosféricos perfeitamente escandalosos, que apenas faziam parte do nosso pior imaginário, dos nossos pesadelos, mas estão a materializar-se.
Que medo! Sim, muito! Isto é para acordar! Acordemos enquanto é tempo, se é que ainda o temos, porque ele voa. Tudo isto é para nos sacudir as consciências, para termos consciência do que andamos a fazer, a comportarmo-nos com a terra.
Devíamos amar a Terra, como amamos as nossas mães, avós, filhas, irmãs, é dela que viemos, é nela que vivemos desde que nascemos, é dela que vivemos.
Cuidemos dela, amemo-la, protejamo-la, ou então, ela vai ensinar-nos a amá-la, e já não iremos aprender, já será tarde demais, ela já nos terá ensinado. Continua a ensinar, fá-lo todos os dias, mas os seus filhos, todos nós, continuamos a não ouvir, a não querer aprender a ler as mensagens que ela nos manda todos os dias.
Ignorámo-la, e ela vai aprendendo a fazer o mesmo connosco. E não pensemos que as tempestades só acontecem fora, aqui no nosso cantinho sagrado não acontece nada!
Pois, mas os glaciares derretem a olhos vistos, os fenómenos naturais visitam-nos, nada está como antes! Nada será igual àquela terra onde já vivemos. Não é só lá fora que as desgraças acontecem, e que a terra dá lições, aqui, a nós, também dá e dará, mais cedo ou mais tarde.
Aliás, já estão a acontecer, nós é que com o corre corre, a ambição da produção, da riqueza, do dinheiro, da produção, esquecemos o resto, o principal. A nossa casa de origem! A nossa mãe de origem!
Somos todos responsáveis, vejamos bem o que estamos a fazer. Por causa do homem selvático, louco, assassino da Natureza, que a destrói, de todas as maneiras que pode, polui com tudo o que inventa, só a pensar em si, no seu viver bem, talvez aí esteja a explicação de tudo! Pobre terra. Doente e cheia de doentes!
Lara Rocha
8/Maio/2021
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