Era uma vez uma aldeia um pouco isolada da cidade, onde as pessoas não iam facilmente à cidade, que recebeu a surpresa visita de um circo.
Os artistas estavam cheios de alegria, por ter enchido aquele lugar com muitos habitantes, crianças, adultos e avós, de encanto, espantos, palmas, muitas surpresas, magia, sorrisos e olhos brilhantes.
Para os artistas era o melhor que podiam receber. Prometeram voltar em breve, e nessa noite ficaram lá a dormir.
Um dos palhaços que também era mágico, tirou o seu fato colorido de atuar, e foi apanhar um pouco de ar, pois estava uma noite quente, com uma Lua Cheia gigante, e um céu cheio de estrelas.
O rapaz estava relaxado, a apreciar todo aquele quase silêncio, só cortado pelos animais noturnos, caminhou sem pressa pelo jardim iluminado, respirou aquele ar puro, ouviu o sussurro e o cantar das águas das fontes, dos riachos, dos tanques, e da cascata do monte, mais ao longe.
Viu flores fechadas, borboletas maravilhosas gigantes e com umas asas tão bonitas que pareciam vestidos de bailarinas a dançar levemente. Fotografou-as e a tudo o que achou bonito.
Ficou tão agradecido e tão feliz com a reação das crianças e dos adultos ao seu espetáculo, e a todas as atuações que pensou deixar uma surpresa.
Pensou em várias coisas, mas achava que não seria o ideal. Lembrou-se de um gelado gigante:
- Sim, boa ideia! Um gelado especial como eles. - murmurou ele
Rodou os dedos, e começou a fazer pequeninos círculos que rodavam com os outros dedos. Ele foi esticando, alargando-os para formarem o cone do gelado.
Um cone que começou estreito, e alargou, como todos os cones dos gelados, mas este mesmo muito alto.
A parte de cima, também gigante, podia comer-se: era cremoso, fofo, cheio de cores, e doce, com brilhantes.
Sorriu, satisfeito, porque este era só o início da surpresa. Foi deitar-se na sua tenda, e dormiu até de manhã.
Tomou o pequeno-almoço com os amigos e família do circo, e ouviram uma grande gritaria.
Quando foram ver o que se passava, viram crianças e adultos muito surpresos a olhar para o gelado gigante, a perguntar se seria de comer, quem teria posto ali aquilo, e que bonito que ele era.
O mágico disse aos seus amigos que foi ele que pôs o gelado naquele sítio.
Foi ter com eles, e antes de chegar ao gelado, mexeu os dedos para que saíssem bolinhas doces, cheias de cor, e poderem comer.
As crianças e os adultos estavam pasmados. O mágico aproxima-se mais deles:
- Bom dia! Já aqui?
- Bom diiiiiiiiaaaaaaaaaa....! - gritam todos numa grande alegria
Milhares de bolas, como as bolas de sabão, de tamanhos diferentes e todas as cores, saíram do recheio.
- Podem comer estas bolinhas! À vontade!
- Foste tu que fizeste este gelado?
- Fui!
- Obrigada! Obrigado! - dizem todos em coro
- Uau! Tem brilhantes. - diz uma menina
- Também podes comê-los.
E transforma-se uma bola de brilhantes, que o mágico põe à frente da menina.
Todos batem palmas, e dezenas de bolas flutuam perto das pessoas, para que possam pegar-lhes, e prová-las.
Umas de todas as cores, outras de uma cor só, voavam por cima, por baixo, atrás, livremente.
- Hummmm...que delícia. - Diz uma menina
- Esta também é muito boa! Com estas cores...Huuuummmm! - diz outra menina.
Tanto as crianças como os adultos apanham as bolas que gostam mais, as de uma cor só, as de várias cores, as suas favoritas, algumas comem-nas, deliciados com o sabor.
- Podemos levar algumas para casa? - pergunta uma senhora
- Claro que sim! Todas as que quiserem! Elas são para vocês. - diz o mágico
- Que lindo! - diz um pequenote
- Nunca tinha visto um gelado assim! - comenta
- Nem eu! - diz outro
- O cone não se pode comer, mas também tem surpresas. - diz o mágico
- Nós vamos a casa, e já voltamos. - dizem alguns
- À vontade.
Alguns vão a casa buscar recipientes para guardar as bolas e enquanto isso o mágico, sem que ninguém se apercebesse, transformou o cone, num parque de diversões, com brinquedos, carrocéis, cabines surpresa, desafios, atividades de aprendizagem, descobertas, marionetas que se mexiam sozinhas e falavam, tocavam instrumentos, cantavam, bonecos que faziam acrobacias, e habilidades, e uma porta grande que não existia no cone.
Os artistas do circo apreciam das janelas, orgulhosos e felizes.
- Muito obrigada por todo o vosso carinho! Pelos vossos sorrisos, pelo vosso brilho no olhar, pelas gargalhadas, pelas palmas. - diz o mágico
- Nós é que agradecemos esta noite tão agradável que vos tivemos aqui, esta surpresa, alegria e beleza que trouxeram à nossa aldeia! - diz o Presidente.
- Foi um gosto enorme, ter-vos aqui. Muito obrigada! - acrescenta a esposa do Presidente
- A vossa aldeia é maravilhosa, tal como vocês! - diz o mágico a sorrir
- Muito obrigada! - dizem todos a sorrir
- Até breve! Voltaremos. - diz o mágico
- São sempre muito bem vindos! - diz o Presidente
O mágico volta para a caravana, e todos os habitantes acompanham a saída dos artistas, com palmas, e felizes.
Os artistas gostaram tanto daquela aldeia que voltaram poucas semanas depois, com a mesma receção, de grande alegria, e magia que foram recebidos da primeira vez, abraços, beijos, apertos de mãos, já eram quase família, filhos daquela terra.
Ofereceram petiscos da terra aos artistas, levaram-nos a conhecer a aldeia, antes do espetáculo, e neste, os artistas mostraram algumas atuações diferentes, fantásticas, o mágico mostrou outros truques, os palhaços fizeram novas brincadeiras, e muitas outras surpresas.
O público deu muitas gargalhadas, sorrisos, bateu muitas palmas, soltou muitas exclamações de surpresa, muita magia, e carinho.
Os artistas adoravam ser os olhares brilhantes de felicidade do público, da interação com eles, das respostas, das gargalhadas e das palmas.
Enquanto o circo não voltava, as crianças e os adultos divertiam-se no mundo mágico do cone.
E vocês, gostam de circo?
Já assistiram a algum?
O que gostaram mais nesse circo? E o que gostaram menos?
Se trabalhassem no circo, o que fariam?
Podem deixar nos comentários as vossas respostas.
FIM
Lara Rocha
6/Janeiro/2023
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