Escrevo-te como se fosses ler o que escrevo, mas talvez não leias o que te escrevo, ou será que lês? Porque não respondes! Pergunto-te como se fosses responder-me, talvez leias as minhas perguntas, mas por qualquer motivo, não me respondes!
Desabafo contigo, como se fosses dizer-me alguma coisa que me consolasse...Quer dizer, que eu gostava de ouvir de ti, ou esperava ouvir de ti. Mas de ti só ouço o teu silêncio que me congela. Se é o teu silêncio que recebo, então porque te escrevo, pergunto e desabafo?
Como se me fosses ler, responder, consolar…? Se sei que a única resposta que me devolves
É o silêncio, a indiferença. Escrevo-te, pergunto-te, desabafo contigo, como se me ouvisses, como se me compreendesses, como se me consolasses.
Envio-te carinho...Como se mo devolvesses, nem que fosse só com palavras. converso contigo, como se conversasses comigo, como se me acarinhasses nem que fosse com as tuas palavras doces.
Escrevo-te, pergunto-te...Como se me fosses responder, talvez na esperança de que um dia destes
eu receba de ti palavras, respostas, consolos.
Diz-me...O que vou fazer com todo o carinho que tinha para te dar, Que ficou preso em mim, e que tu me obrigaste a fechá-lo? Sim, todo o que ficou contigo, e o que ainda era para ti, Antes de receber o teu silêncio e indiferença?
Diz-me...E o carinho que te dei? O que fizeste com ele? Chegou a ti, ou fechaste-lhe a entrada do teu coração? Diz-me...O que vou fazer a todos os restos de desilusão que deixaste me mim? Com todas as mensagens que ficaram sem resposta, com toda a ingratidão?
Diz-me...O que vou fazer com o teu gelo? O que vou fazer com os sentimentos bons que fizeste nascer em mim? Já fiz! Esses guardei-os num lugar especial, aqueles em que trocamos algumas palavras simpáticas, e fugazes.
Aqueles momentos em que pelo menos agradecias...Porque deixaste de o fazer? Porque é que descaradamente passaste a ignorar-me? Como se eu não existisse, como se não me visses...É claro que me vias! É claro que sabias, e sabes que eu existo, porque fazes isso comigo?
Diz-me...O que vou fazer contigo? Isso não precisas de dizer, mesmo que queiras...Já sei qual é a tua resposta...É igual às anteriores. Indiferença! Silêncio! Distância! Ingratidão! Diz-me...O que vou fazer contigo, com o gostar de ti, mesmo sem ser correspondida, com a tua energia boa.
Porque não dizes nada? Desliguei-me de ti. Não porque quisesse, Mas porque és tu que me fazes agir assim. Sim, tu! Eu não queria ser como tu: desligada, indiferente, fria, distante. Não queria ser nada como tu, apesar de gostar de ti.
Mas a forma como me tratas, é assim que me obriga a tratar-se...É uma retribuição. Acredita. Não queria fazer isso, mas fi-lo...Porque...CANSEI! As tuas respostas cansaram-me, a tua indiferença cansou-me, a tua ingratidão cansou-me, o teu silêncio cansou-me!
Cansei-me de te dar o que não me davas, nem o mais essencial e primário...um...«obrigada/o». A DESILUSÃO apoderou-se de mim. Como podes ser assim? Eu não sou perfeita, e podias não gostar de mim, nem podias gostar...Não tens tempo, não é?
Claro, tempo...o tempo tem as costas largas, e anda de mãos dadas com a vontade. Querias preza fácil, e rápida, para consolares os teus olhos, mas o que ia adiantar…? Isso iria preencher a tua alma?
Não tens tempo para mi, mas tens para todos os outros/as...Só para mim é que não tens tempo?
Porquê? Não tens tempo para conhecer alguém difícil, que não se mostra facilmente, mas mostra-se. Só tinhas de ter tentado...Só tinhas de ter «perdido algum tempo». Diz-me...O que vou fazer com a decisão que tomei?
Igual à tua, mas difícil de aceitar? Sim, para mim é difícil...Porque eu não queria fazer o mesmo que tu. Diz-me...Porque te afastaste, sem dizer nada? Diz-me...Como vou desprender tudo o que eu tinha de bom para ti?
A quem vou dar? A quem vou abrir o meu coração? A quem vou mostrar a minha luz? Foi a minha luz que não te permitiu olhar para mim, e receber tudo o que eu tinha para ti? Diz-me...Porque decidiste não dizer mais nada? Porque passaste a ignorar-me? Porque te tornaste indiferente a mim? Porque me obrigaste a mudar?
Diz-me...Já sei que não me dizes nada!
Lara Rocha
Sem comentários:
Enviar um comentário
Muito obrigada pela visita, e leitura! Voltem sempre, e votem na (s) vossa (s) história (s) preferida (s). Boas leituras