O nosso cérebro é luz e escuro, pesado e leve! Às vezes fica pesado como a noite, parece que entramos numa gruta sem saída, nas profundezas da terra, assombrada pela dor, pela angústia, pelo medo, pela tristeza.
A escuridão torna o nosso cérebro pesado, quando estamos confusos, vazios de coisas boas, sem pensamentos positivos, alegrias, boas recordações, amor, amizade, abraços, carinhos, conversas agradáveis, sem sonhos, desejos, boas companhias.
O nosso cérebro fica pesado e na escuridão, quando nos faltam objetivos, quando sofremos com desilusões, dores, doenças, deceções, frustrações, sonhos não realizados, lutas perdidas. O nosso cérebro pode ser leve como as borboletas, um dia de sol, um passeio pela natureza, pela praia, pela montanha, quando ouvimos o som dos pássaros, do vento, da chuva, das vozes de quem mais gostamos, o riso de uma criança, o termos saúde.
O nosso cérebro às vezes fica pesado e se o pudéssemos ver, teriam cores escuras, outras vezes, quando o nosso cérebro está leve, preenchido com coisas boas, as cores seriam alegres. Mas o nosso cérebro não tem de ser sempre pesado, nem pode ser sempre leve, às vezes fica com uma parte pesada, e outra leve, ou leve, com restos de pesado. Como deve ficar pesado o cérebro quando parece que todos os pensamentos desaparecem!
Como deve ficar pesado o nosso cérebro quando está repleto de maus pensamentos e maus sentimentos. Como fica pesado o nosso cérebro e o nosso coração, com as imagens que vemos, da guerra, da destruição, e da indiferença. Como fica pesada a nossa cabeça quando nos desiludem, seja de que maneira for.
Como fica pesado o coração e a mente quando pensamos e ouvimos tanta maldade a ser espalhada, em vez de espalharmos amor, tanta inveja uns contra os outros, em vez de nos apoiarmos na nossa totalidade, no que somos enquanto seres humanos, que vivemos com outros seres humanos.
Como fica pesado a nossa mente, e o nosso coração ao ver tanta crueldade espalhada pelo mundo, nas suas diferentes formas. Se pudéssemos pô-los na balança, talvez chegasse ao peso máximo. Como fica pesada a nossa mente e o nosso coração com algumas decisões que tomamos a pensar que vamos ajudar os outros, e o que recebemos do outro lado, indiferença, ingratidão, maus tratos, dores, sofrimentos.
Como fica pesada a nossa mente e o nosso coração ao perceber que não podemos fazer nada por tanta gente que precisava, mas infelizmente está longe, e encontramos uma série de obstáculos. Como fica pesada a nossa mente e o nosso coração, quando enfrentamos fracassos, quando os nossos objetivos não são cumpridos, e pensamos que tínhamos obrigação de ser perfeitos, de dar o nosso melhor, de sermos os melhores para retribuir o que fizeram por nós de bom.
Como fica pesada a mente e o coração, com a tristeza e a vontade de desistir, quando o cansaço e o desânimo tomam conta de nós! Como fica pesada a mente e o coração ao tomarmos consciência que falhamos, que erramos, que não conseguimos cumprir tudo o que planeamos e desejamos. Com certeza um peso que não se mostra na balança, mas nos comportamentos, expressões faciais e emoções quando conseguem sair. Muitas vezes a mente fica na mais completa noite sem estrelas.
Mas há sempre umas mãos que nos trazem de volta a luz, que pegam na nossa mente ao colo, que nos embalam e acalmam, em forma de anjos para quem acredita neles, em forma de palavras agradáveis e simpáticas, pequenos gestos de carinho, sorrisos, presença por mensagens ou gratidão!
Há sempre alguém ou pensamentos, sorrisos, abraços, contemplações que o tornam mais leve, como uma borboleta. Há tanta coisa que torna o cérebro mais leve: as cores, as flores, os rios, os animais, as praias. Nunca estamos sozinhos, nem mesmo quando achamos que não existe ninguém que nos compreenda! Essas mãos estão lá, essa luz, acende-se!
E a vocês, o que vos faz pesar mais o cérebro? O que vos faz tornar o cérebro mais leve?
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Boa noite, com um cérebro leve, e que mãos especiais nos protejam, segurem, abracem e cuidem de nós.
Lara Rocha
6/4/2021
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