foto de Lara Rocha
Era uma vez uma linda praia, de águas calmas e transparentes, onde dava para ver o fundo e os peixes raros que lá viviam.
Tudo corria bem, até que um dia...um grupo de humanos ambiciosos, que só pensavam em ganhar dinheiro com pesca de espécies raras e exóticas daquela ilha, montaram uma armadilha.
Pintaram um arco-íris na água que parecia natural, mas era na verdade óleo que despejaram nas águas, e brilhava como o arco-íris com o sol.
Uns raios de luz do sol com esse falso arco-íris entraram na água e espalharam-se para atrair os peixes.
Todos os habitantes submarinos acharam estranho. Nunca tinham visto nada assim. Era realmente muito bonito, mas a rainha dos mares, que passava naquela altura, sentiu um cheiro diferente na água.
Todos os habitantes submarinos acharam estranho. Nunca tinham visto nada assim. Era realmente muito bonito, mas a rainha dos mares, que passava naquela altura, sentiu um cheiro diferente na água.
Olhou para cima e viu aquele misterioso arco-íris.
- O que é isto? - Perguntou a rainha
- Não sabemos. - respondem todos
- Há aqui um cheiro estranho. Grisalho...vai lá ver o que é. Com cuidado!
Grisalho é um peixe guarda da rainha. Rapidamente, vai à superfície e volta.
- Então…?
- Viste alguma coisa?
- Vi, e não gostei nada!
- Como?
- Vi um bando de homens a deitar qualquer coisa nojenta na água. Óh, já sei… era igual a este arco-íris.
- Estão a poluir a água?
- Sim, infelizmente!
- Não posso acreditaaaaaaaaaaaaaaaarrrrrrrrrrrrrrrrrrrr…. - grita estrondosamente a rainha cheia de raiva.
Todos estremecem e encolhem-se. A rainha pior que furiosa, ganha a forma de um tubarão gigante. Na água apanha todos de surpresa, prende os homens na sua bocarra, eles gritam em pânico, enquanto ela vê de onde vem o arco iris.
Ela cospe-os com tanta força que eles vão parar quase às dunas da praia, e caem uns por cima dos outros. Olham para a rainha assustados.
- O que é isto? - Perguntou a rainha
- Não sabemos. - respondem todos
- Há aqui um cheiro estranho. Grisalho...vai lá ver o que é. Com cuidado!
Grisalho é um peixe guarda da rainha. Rapidamente, vai à superfície e volta.
- Então…?
- Viste alguma coisa?
- Vi, e não gostei nada!
- Como?
- Vi um bando de homens a deitar qualquer coisa nojenta na água. Óh, já sei… era igual a este arco-íris.
- Estão a poluir a água?
- Sim, infelizmente!
- Não posso acreditaaaaaaaaaaaaaaaarrrrrrrrrrrrrrrrrrrr…. - grita estrondosamente a rainha cheia de raiva.
Todos estremecem e encolhem-se. A rainha pior que furiosa, ganha a forma de um tubarão gigante. Na água apanha todos de surpresa, prende os homens na sua bocarra, eles gritam em pânico, enquanto ela vê de onde vem o arco iris.
Ela cospe-os com tanta força que eles vão parar quase às dunas da praia, e caem uns por cima dos outros. Olham para a rainha assustados.
Ela está gigante, olha-os nos olhos, com os seus olhos que parecem balas de canhões, mostra uns dentarrões e grita-lhes:
- Quem são vocês, malditos?
A voz da rainha parece um tufão. Eles nem se atrevem a falar.
- Não falam seus covardes? Não saem daqui inteiros se não falarem.
Ela dá uma sacudidela com a enorme barbatana na areia a olhar para eles nos olhos.
- Para a próxima a barbatana cai em cima de vocês! Vamos…não tenho o dia todo. Expliquem que porcaria é aquela?
- É... óleo. - confessa um dos homens cheio de medo
- Cala-te palerma. - Grita outro homem
- Óleo… - diz a rainha como se estivesse calma, mas com vontade de os esfarrapar - Que óleo? - Grita a rainha
- Óleo… - respondem todos
- Que óleo?
- É...para… para…
- Para quê? - grita a rainha
- É que…nós… - diz outro homem
- Ai, que paciência… - resmunga a rainha e bate com a barbatana na areia - despachem-se - grita
- É que…
- Querem servir de refeição para nós, é? - pergunta a rainha zangada
- Na...na...não.
- Então?
- Nós queríamos levar as espécies tão bonitas que há aqui.
- Mas era só o que mais faltava. Levá-las para onde?
- Para… muitos sítios. Precisamos de dinheiro.
A rainha explode, desata a bater sem dó nem piedade nos homens com as barbatanas pesadas e gigantes, e grita-lhes:
- Isto foi só uma amostra! Porcos. Vão limpar imediatamente aquela porcaria… ou querem ser almoço, jantar, pequeno almoço, lanche, almoço, jantar, ceia… para o meu povo?
- E como é que vamos limpar?
- Isso não é comigo! - grita - com a vossa língua a ver se gostam. Onde já se viu…? Levem uma garrafinha para meterem pela boca abaixo. Imbecis. Ainda não aprenderam o mal que estão a fazer, a eles próprios, e aos semelhantes! Já para não falar em nós… Vamos… - grita - souberam poluir, agora também tem de saber como tirar aquela porcaria dali, ou eu faço-vos engoli-la. Rápido… antes que eu perca a pouca paciência que me resta…nem consigo olhar para vocês. Que nojo.
Os homens aterrorizados, recolhem a água poluída com óleo para umas garrafas limpas. A rainha assiste a tudo, e com as suas explosões de raiva, forma redemoinhos no mar para complicar o trabalho dos homens.
- Quem são vocês, malditos?
A voz da rainha parece um tufão. Eles nem se atrevem a falar.
- Não falam seus covardes? Não saem daqui inteiros se não falarem.
Ela dá uma sacudidela com a enorme barbatana na areia a olhar para eles nos olhos.
- Para a próxima a barbatana cai em cima de vocês! Vamos…não tenho o dia todo. Expliquem que porcaria é aquela?
- É... óleo. - confessa um dos homens cheio de medo
- Cala-te palerma. - Grita outro homem
- Óleo… - diz a rainha como se estivesse calma, mas com vontade de os esfarrapar - Que óleo? - Grita a rainha
- Óleo… - respondem todos
- Que óleo?
- É...para… para…
- Para quê? - grita a rainha
- É que…nós… - diz outro homem
- Ai, que paciência… - resmunga a rainha e bate com a barbatana na areia - despachem-se - grita
- É que…
- Querem servir de refeição para nós, é? - pergunta a rainha zangada
- Na...na...não.
- Então?
- Nós queríamos levar as espécies tão bonitas que há aqui.
- Mas era só o que mais faltava. Levá-las para onde?
- Para… muitos sítios. Precisamos de dinheiro.
A rainha explode, desata a bater sem dó nem piedade nos homens com as barbatanas pesadas e gigantes, e grita-lhes:
- Isto foi só uma amostra! Porcos. Vão limpar imediatamente aquela porcaria… ou querem ser almoço, jantar, pequeno almoço, lanche, almoço, jantar, ceia… para o meu povo?
- E como é que vamos limpar?
- Isso não é comigo! - grita - com a vossa língua a ver se gostam. Onde já se viu…? Levem uma garrafinha para meterem pela boca abaixo. Imbecis. Ainda não aprenderam o mal que estão a fazer, a eles próprios, e aos semelhantes! Já para não falar em nós… Vamos… - grita - souberam poluir, agora também tem de saber como tirar aquela porcaria dali, ou eu faço-vos engoli-la. Rápido… antes que eu perca a pouca paciência que me resta…nem consigo olhar para vocês. Que nojo.
Os homens aterrorizados, recolhem a água poluída com óleo para umas garrafas limpas. A rainha assiste a tudo, e com as suas explosões de raiva, forma redemoinhos no mar para complicar o trabalho dos homens.
Ri-se, e quando o trabalho fica completo, ela faz um aviso:
- Ponham-se bem longe! Ai de vocês que vos veja em praias aqui das redondezas… o dinheiro vai pagar a vossa saúde? Vai…claro que sim...vão ver onde vão parar com o que andam a fazer. O que vão comer, quando no nosso e vosso planeta só houver plástico, lixo, e óleo nos mares e na terra, e não houver peixe? Vão sobreviver, a comer lixo? Vão? Vão continuar a pescar peixes bonitos para ganhar dinheiro...e vão comer o dinheiro? E o que fazem aos peixes que levam? Eles vão alimentar-se de plástico e lixo. Vai ser o que vocês vão comer…? Vocês, humanos… e nós, peixes. Pensem nisso, se a vossa ambição pelo dinheiro, pelo vender peixes raros, a poluir, vai dar-vos saúde e matar a fome. Vai? Mergulhem para ver o vosso futuro muito próximo! Desapareçam. E não quero voltar a ver-vos aqui.
Os homens fogem o mais rápido que conseguem, sem olhar para trás, e quase sem respirar. A rainha volta para o seu reino marinho, conta aos outros o que aconteceu. Todos aplaudem a decisão e coragem da rainha, agradecem, e prometem estar atentos a todos os sinais de poluição.
- Ponham-se bem longe! Ai de vocês que vos veja em praias aqui das redondezas… o dinheiro vai pagar a vossa saúde? Vai…claro que sim...vão ver onde vão parar com o que andam a fazer. O que vão comer, quando no nosso e vosso planeta só houver plástico, lixo, e óleo nos mares e na terra, e não houver peixe? Vão sobreviver, a comer lixo? Vão? Vão continuar a pescar peixes bonitos para ganhar dinheiro...e vão comer o dinheiro? E o que fazem aos peixes que levam? Eles vão alimentar-se de plástico e lixo. Vai ser o que vocês vão comer…? Vocês, humanos… e nós, peixes. Pensem nisso, se a vossa ambição pelo dinheiro, pelo vender peixes raros, a poluir, vai dar-vos saúde e matar a fome. Vai? Mergulhem para ver o vosso futuro muito próximo! Desapareçam. E não quero voltar a ver-vos aqui.
Os homens fogem o mais rápido que conseguem, sem olhar para trás, e quase sem respirar. A rainha volta para o seu reino marinho, conta aos outros o que aconteceu. Todos aplaudem a decisão e coragem da rainha, agradecem, e prometem estar atentos a todos os sinais de poluição.
FIM
Lálá
(22/Maio/2019)